21 de outubro de 2010

Santana segue sua fórmula em 'Guitar Heaven'

Resenha de CD
Título: Guitar Heaven
- The Greatest Guitar Classics of All Time
Artista: Santana
Gravadora: Arista / Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Desde que o estouro mundial do álbum Supernatural (1999) revitalizou a carreira fonográfica de Carlos Santana, o guitarrista mexicano tem seguido com maior ou menor êxito a fórmula de regravações + solistas convidados. Nesse sentido, o CD Guitar Heaven - The Greatest Guitar Classics of All Time pouco difere de seus antecessores Shaman (2002) e All That I Am (2005). Nem por isso deixa de ser ter seu mérito próprio por conta do virtuosismo do guitarrista e pela força de alguns solistas, em especial India.Aire, convidada de While my Guitar Gentley Weeps (Beatles) ao lado do violoncelista Yo Yo Ma. Há vigor também no encontro de Santana com Scott Weiland - o vocalista do grupo Stone Temple Pilots - para reviver Can't You Hear me Knocking (Rolling Stones), faixa que, em seu final, ganha doses generosas do molho latino que caracteriza o som de Santana. Em Guitar Heaven, o músico até tenta algumas ousadias estilísticas - como convocar o rapper Nas para cantar Back in Black, um dos clássicos do grupo de heavey metal AC/DC - só que, no geral, preserva a estrutura original dos maiores clássicos da guitarra de todos os tempos. De toda forma, como unir rap e rock já é fórmula batida, surpresa mesmo é o encontro de Chester Bennington (o Chasy Chaz do Linkin Parak) com o tecladista Ray Manzarek, do lendário grupo The Doors, para rebobinar Riders on the Storm. Entre generosas passagens instrumentais para que Santana exiba mais uma vez suas habilidades na guitarra, perceptíveis em todas as 12 faixas, Guitar Heaven ainda apresenta a voz rouca de Joe Cocker em Little Wing (Jimi Hendrix). A receita do sucesso fácil é, enfim, repetida num disco que acena para multidões. Não fosse de Santana, Guitar Heaven seria álbum meramente banal. Mas é um disco de Santana. E isso pesa na balança a favor do guitarrista.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Desde que o estouro mundial do álbum Supernatural (1999) revitalizou a carreira fonográfica de Carlos Santana, o guitarrista mexicano tem seguido com maior ou menor êxito a fórmula de regravações + solistas convidados. Nesse sentido, o CD Guitar Heaven - The Greatest Guitar Classics of All Time pouco difere de seus antecessores Shaman (2002) e All That I Am (2005). Nem por isso deixa de ser ter seu mérito próprio por conta do virtuosismo do guitarrista e pela força de alguns solistas, em especial India.Aire, convidada de While my Guitar Gentley Weeps (Beatles) ao lado do violoncelista Yo Yo Ma. Há vigor também no encontro de Santana com Scott Weiland - o vocalista do grupo Stone Temple Pilots - para reviver Can't You Hear me Knocking (Rolling Stones), faixa que, em seu final, ganha doses generosas do molho latino que caracteriza o som de Santana. Em Guitar Heaven, o músico até tenta algumas ousadias estilísticas - como convocar o rapper Nas para cantar Back in Black, um dos clássicos do grupo de heavey metal AC/DC - só que, no geral, preserva a estrutura original dos maiores clássicos da guitarra de todos os tempos. De toda forma, como unir rap e rock já é fórmula batida, surpresa mesmo é o encontro de Chester Bennington (o Chasy Chaz do Linkin Parak) com o tecladista Ray Manzarek, do lendário grupo The Doors, para rebobinar Riders on the Storm. Entre generosas passagens instrumentais para que Santana exiba mais uma vez suas habilidades na guitarra, perceptíveis em todas as 12 faixas, Guitar Heaven ainda apresenta a voz rouca de Joe Cocker em Little Wing (Jimi Hendrix). A receita do sucesso fácil é, enfim, repetida num disco que acena para multidões. Não fosse de Santana, Guitar Heaven seria álbum meramente banal. Mas é um disco de Santana. E isso pesa na balança a favor do guitarrista.

21 de outubro de 2010 às 09:33  

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