17 de julho de 2010

Senhora da cena, Celine vai de Queen a Brown

Resenha de CD e DVD
Título: Taking Chances
World Tour - The Concert
Artista: Celine Dion
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Celine Dion nunca mais lançou um álbum arrasa-quarteirão como o açucarado Let's Talk About Love (1997). Só que suas turnês continuam mobilizando multidões pelo mundo afora. A perpetuada neste kit de CD e DVD recém-lançado no Brasil pela Sony Music é a turnê baseada no último álbum de estúdio gravado em inglês pela (ótima) cantora canadense, Taking Chances (2007), trabalho de menor teor de glicose em que Dion se permitiu até uma (vigorosa) incursão pelo rock em faixas como Can't Fight the Feelin' - infelizmente ausente do roteiro de 18 números. Quem ouviu o disco Taking Chances não vai se surpreender com o tributo ao grupo britânico Queen prestado pela cantora em medley que agrega We Will Rock You e The Show Must Go on. Como o Queen, Dion consegue a proeza de cativar multidões com megaproduções moldadas para estádios e arenas. Realizada entre 2008 e 2009, a Taking Chances World Tour transitou por 93 cidades de 25 países e cinco continentes, totalizando mais de três milhões de espectadores. São números superlativos típicos de um show grandioso captado em toda sua dimensão pelas lentes de Jean Lamoureux na passagem da turnê por Boston (EUA). Em cena, Dion mostra excelente domínio do palco e do público, ao qual pede que cante com ela o verso final de Because You Loved me para depois afagar o ego da plateia. Este tema do filme Íntimo e Pessoal é alocado no roteiro em medley de hits que inclui também It's All Coming Back to me Now e To Love You More, este rebobinado com o mesmo arranjo de violino da gravação original. Se ousa na produção, Dion pisa no freio na hora de embalar seu repertório. Os arranjos são fiéis aos registros dos CDs, a exemplo de All By Myself, balada forrada com piano tal como nas gravações de Celine e Eric Carmen (o autor, que lançou a canção nos anos 70). Dion não está errada. Ela oferece em cena o que querem fãs como os casais apaixonados flagrados na plateia enquanto a cantora faz (belo) dueto virtual com o tenor Andrea Bocelli em The Prayer. Mesmo o que pode soar como novidade - como o número flamenco e o acento árabe de Eyes on me, por exemplo - já foi experimentado no álbum que originou a turnê. E, quando realmente ousa - como ao incursionar pelo repertório de James Brown (1933 - 2006), com It's a Man's Man's Man's World, número feito na sequência de medley de soul sustentado pelos vocalistas - Celine não vai além do que se espera dela. E talvez seja isso que justifique o sucesso monumental de suas turnês mundiais.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Celine Dion nunca mais lançou um álbum arrasa-quarteirão como o açucarado Let's Talk About Love (1997). Só que suas turnês continuam mobilizando multidões pelo mundo afora. A perpetuada neste kit de CD e DVD recém-lançado no Brasil pela Sony Music é a turnê baseada no último álbum de estúdio gravado em inglês pela (ótima) cantora canadense, Taking Chances (2007), trabalho de menor teor de glicose em que Dion se permitiu até uma (vigorosa) incursão pelo rock em faixas como Can't Fight the Feelin' - infelizmente ausente do roteiro de 18 números. Quem ouviu o disco Taking Chances não vai se surpreender com o tributo ao grupo britânico Queen prestado pela cantora em medley que agrega We Will Rock You e The Show Must Go on. Como o Queen, Dion consegue a proeza de cativar multidões com megaproduções moldadas para estádios e arenas. Realizada entre 2008 e 2009, a Taking Chances World Tour transitou por 93 cidades de 25 países e cinco continentes, totalizando mais de três milhões de espectadores. São números superlativos típicos de um show grandioso captado em toda sua dimensão pelas lentes de Jean Lamoureux na passagem da turnê por Boston (EUA). Em cena, Dion mostra excelente domínio do palco e do público, ao qual pede que cante com ela o verso final de Because You Loved me para depois afagar o ego da plateia. Este tema do filme Íntimo e Pessoal é alocado no roteiro em medley de hits que inclui também It's All Coming Back to me Now e To Love You More, este rebobinado com o mesmo arranjo de violino da gravação original. Se ousa na produção, Dion pisa no freio na hora de embalar seu repertório. Os arranjos são fiéis aos registros dos CDs, a exemplo de All By Myself, balada forrada com piano tal como nas gravações de Celine e Eric Carmen (o autor, que lançou a canção nos anos 70). Dion não está errada. Ela oferece em cena o que querem fãs como os casais apaixonados flagrados na plateia enquanto a cantora faz (belo) dueto virtual com o tenor Andrea Bocelli em The Prayer. Mesmo o que pode soar como novidade - como o número flamenco e o acento árabe de Eyes on me, por exemplo - já foi experimentado no álbum que originou a turnê. E, quando realmente ousa - como ao incursionar pelo repertório de James Brown (1933 - 2006), com It's a Man's Man's Man's World, número feito na sequência de medley de soul sustentado pelos vocalistas - Celine não vai além do que se espera dela. E talvez seja isso que justifique o sucesso monumental de suas turnês mundiais.

17 de julho de 2010 às 19:07  
Blogger Alan said...

Ótimo texto. Preciso desse CD e DVD!! hehehe

19 de julho de 2010 às 13:25  

Postar um comentário

<< Home