31 de março de 2010

Maquinado prioriza guitarra no segundo álbum

Resenha de CD
Título: Mundialmente Anônimo
O Magnético Sangramento da Existência
Artista: Maquinado
Gravadora: Opium Records
Cotação: * * * 1/2

Projeto solo de Lúcio Maia, guitarrista da banda Nação Zumbi, Maquinado debutou em disco em 2007 com álbum, Homem Binário, que já evidenciou no título seu tom cibernético e eletrônico. Foi um disco de produtor, repleto de experiências e convidados. Segundo título da discografia de Maquinado, lançado neste mês de março de 2010, Mundialmente Anônimo desvia Maia da inicial rota individual. As guitarras assumem lugar de destaque e os sons orgânicos - também presentes em Homem Binário - se tornam prioritários, ainda que as bases ostentem molde eletrônico. Faixas como o rap Tropeços Tropicais - cujas versos são ouvidos na voz de Lourdes da Luz (do Mamelo Sound System) - e Pode Dormir quase roçam o convencional formato pop. Mesmo assim, pairam no álbum as distorções, a psicodelia e a influência de Jorge Ben Jor - cuja Zumbi é recriada em grande estilo na abertura do disco - que não deixam o ouvinte esquecer de que se trata de um álbum de Maquinado. Embora haja dois temas instrumentais no disco (a roqueira SP e Recado ao Pio, Extensivo ao Lucas), Mundialmente Anônimo é também o trabalho em que Lúcio Maia se assume cantor, entoando sete das oito faixas interpretadas sem virtuosismos vocais (uma dessas sete faixas é Super Homem Plus, extraída do repertório do grupo Mundo Livre S/A). Contudo, é o guitarrista Lúcio Maia - este, sim, um virtuoso - que brilha no CD. E o fim arrebatador com SP, tema supra-citado que traduz em sons de guitarra os desvarios urbanos da paulicéia, não deixa dúvidas de que o homem nem tão binário sabe o que toca - firme na posição de grande guitarrista da Nação.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Projeto solo de Lúcio Maia, guitarrista da banda Nação Zumbi, Maquinado debutou em disco em 2007 com álbum, Homem Binário, que já evidenciou no título seu tom cibernético e eletrônico. Foi um disco de produtor, repleto de experiências e convidados. Segundo título da discografia de Maquinado, lançado neste mês de março de 2010, Mundialmente Anônimo desvia Maia da inicial rota individual. As guitarras assumem lugar de destaque e os sons orgânicos - também presentes em Homem Binário - se tornam prioritários, ainda que as bases ostentem molde eletrônico. Faixas como o rap Tropeços Tropicais - cujas versos são ouvidos na voz de Lourdes da Luz (do Mamelo Sound System) - e Pode Dormir quase roçam o convencional formato pop. Mesmo assim, pairam no álbum as distorções, a psicodelia e a influência de Jorge Ben Jor - cuja Zumbi é recriada em grande estilo na abertura do disco - que não deixam o ouvinte esquecer de que se trata de um álbum de Maquinado. Embora haja dois temas instrumentais no disco (a roqueira SP e Recado ao Pio, Extensivo ao Lucas), Mundialmente Anônimo é também o trabalho em que Lúcio Maia se assume cantor, entoando sete das oito faixas interpretadas sem virtuosismos vocais (uma dessas sete faixas é Super Homem Plus, extraída do repertório do grupo Mundo Livre S/A). Contudo, é o guitarrista Lúcio Maia - este, sim, um virtuoso - que brilha no CD. E o fim arrebatador com SP, tema supra-citado que traduz em sons de guitarra os desvarios urbanos da paulicélia, não deixa dúvidas de que o homem nem tão binário sabe o que toca - firme na posição de grande guitarrista da Nação.

31 de março de 2010 às 14:04  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, só uma coisinha a corrigir.

"E o fim arrebatador com SP, tema supra-citado que traduz em sons de guitarra os desvarios urbanos da paulicélia, não deixa dúvidas de que o homem nem tão binário sabe o que toca - firme na posição de grande guitarrista da Nação."

Na verdade, não é paulicélia. É paulicéia. Ou melhor: pauliceia, obedecendo à reforma ortográfica.

Abraços,

Felipe dos Santos Souza

1 de abril de 2010 às 14:33  

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