10 de março de 2010

Gorillaz adensa som (e ideias) em 'Plastic Beach'

Resenha de CD
Título: Plastic Beach
Artista: Gorillaz
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * 1/2

São muitos os sons, convidados e referências que inundam as 15 faixas do terceiro álbum de estúdio do Gorillaz, Plastic Beach, lançado esta semana em escala mundial. Contudo, o grupo virtual - criado em 1998 na Inglaterra por Damon Albarn e Jamie Hewlett - não morre na Praia de Plástico. Sem se banhar nas mesmas águas de Gorillaz (2001) e Demon Days (2005), 2D, Murdoc, Russel e Noodle mergulham em viagem conceitual que singra por mares eruditos - já na Orchestral Intro, urdida com a ajuda da Sinfonia ViVA - e segue até o Oriente, evocado pelos sons árabes ouvidos na introdução de White Flag. O grupo transita por diversos portos musicais. Como já sinalizara, aliás, o primeiro single, Stylo, faixa que une rap, soul e eletrônica com as presenças do rapper Mos Def e do veterano cantor de r & b Bobby Womack. Contudo, aviso aos navegantes: por estar ligeiramente poluída com tantos elementos, a Praia de Plástico do Gorillaz nem sempre parece convidativa no primeiro mergulho. Suas águas podem parecer turvas. Por isso mesmo, Welcome to the World of the Plastic Beach - faixa na qual figura o rapper Snoop Dogg - já dá as boas-vindas, mostrando que o som do Gorillaz está mais denso neste terceiro álbum. Distante da praia pop do primeiro, Gorillaz. Ainda que On Melancholy Hill contradiga seu título e refresque o disco com efervescência (electro)pop. Rhinestone Eyes também não nega a origem pop - assim como o rap Superfast Jellyfish, faixa funkeada que agrega De La Soul e Gruff Rhys (do Super Furry Animals). No meio de tudo, há a voz inconfundível de Lou Reed na faixa Some Kind of Nature. Por ser mergulho bem mais fundo do que Demon Days, Plastic Beach adensa sons e ideias reais do virtual Gorillaz. Caia na água!!

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

São muitos os sons, convidados e referências que inundam as 15 faixas do terceiro álbum de estúdio do Gorillaz, Plastic Beach, lançado esta semana em escala mundial. Contudo, o grupo virtual - criado em 1998 na Inglaterra por Damon Albarn e Jamie Hewlett - não morre na Praia de Plástico. Sem se banhar nas mesmas águas de Gorillaz (2001) e Demon Days (2005), 2D, Murdoc, Russel e Noodle mergulham em viagem conceitual que singra por mares eruditos - já na Orchestral Intro, urdida com a ajuda da Sinfonia ViVA - e segue até o Oriente, evocado pelos sons árabes ouvidos na introdução de White Flag. O grupo transita por diversos portos musicais. Como já sinalizara, aliás, o primeiro single, Stylo, faixa que une rap, soul e eletrônica com as presenças do rapper Mos Def e do veterano cantor de r & b Bobby Womack. Contudo, aviso aos navegantes: por estar ligeiramente poluída com tantos elementos, a Praia de Plástico do Gorillaz nem sempre parece convidativa no primeiro mergulho. Suas águas podem parecer turvas. Por isso mesmo, Welcome to the World of the Plastic Beach - faixa na qual figura o rapper Snoop Dogg - já dá as boas-vindas, mostrando que o som do Gorillaz está mais denso neste terceiro álbum. Distante da praia pop do primeiro, Gorillaz. Ainda que On Melancholy Hill contradiga seu título e refresque o disco com efervescência (electro)pop. Rhinestone Eyes também não nega a origem pop - assim como o rap Superfast Jellyfish, faixa funkeada que agrega De La Soul e Gruff Rhys (do Super Furry Animals). No meio de tudo, há a voz inconfundível de Lou Reed na faixa Some Kind of Nature. Por ser mergulho bem mais fundo do que Demon Days, Plastic Beach adensa sons e ideias reais do virtual Gorillaz. Caia na água!!

10 de março de 2010 às 22:09  
Anonymous Wagner said...

Um disco conceitual e bem interessante que merece ser ouvido diversas vezes para descobrirmos suas camadas e propostas.Há belos momentos como as faixas Broken, Cloud of Unknowing e Pirate Jet, além das citadas pelo crítico. Para uma praia ensolarada mas nada "popular".

11 de março de 2010 às 10:51  

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