23 de janeiro de 2010

Felicidade de Banhart ilumina What Will We Be

Resenha de CD
Título: What Will We Be
Artista: Devendra
Banhart
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2

Sim, Devendra Banhart já se permite rir - como afirma em Baby, destaque entre as 14 inéditas do sexto álbum do cantor e compositor norte-americano. Recém-lançado no Brasil, What Will We Be marca a estreia do artista na Warner Music, gravadora que o acolhe após longa militância no circuito indie. Sintomaticamente, a entrada no mainstream parece ter direcionado Banhart - fã extremado de Caetano Veloso e de Mutantes - para a trilha da felicidade. Solar, ele exala alegria em faixas como o rock Rats. A psicodelia que marca seu folk aparece em Goin' Back, mas sem diluir o tom pop que norteia o álbum. Difícil não se deixar seduzir pela levada de Angelika. Sim, há belos momentos mais instrospectivos - casos das baladas First Song for B (tocada ao piano) e Last Song for B (entoada ao violão) - mas, no todo, What Will We Be é disco alegre. A luz brilha logo na primeira faixa, Can't Help but Smiling, de leve acento caribenho. Mesmo quando resolver experimentar, como em Chin Chin & Muck Muck (faixa que alterna andamentos e climas), a dose de esquisitice é suportável. Assim como 16th & Valencia Roxy Music, faixa na qual Banhart presta tributo ao grupo de Brian Ferry. A influência de Mutantes e Caetano se faz notar especialmente na tropicalista Maria Lionza. E, ao fim, leve em seu paraíso tropical, Banhart se aproxima da praia do reggae em Foolin, reiterando a felicidade de seu ensolarado sexto álbum.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Sim, Devendra Banhart já se permite rir - como afirma em Baby, destaque entre as 14 inéditas do sexto álbum do cantor e compositor norte-americano. Recém-lançado no Brasil, What Will We Be marca a estreia do artista na Warner Music, gravadora que o acolhe após longa militância no circuito indie. Sintomaticamente, a entrada no mainstream parece ter direcionado Banhart - fã extremado de Caetano Veloso e de Mutantes - para a trilha da felicidade. Solar, ele exala alegria em faixas como o rock Rats. A psicodelia que marca seu folk aparece em Goin' Back, mas sem diluir o tom pop que norteia o álbum. Difícil não se deixar seduzir pela levada de Angelika. Sim, há belos momentos mais instrospectivos - casos das baladas First Song for B (tocada ao piano) e Last Song for B (entoada ao violão) - mas, no todo, What Will We Be é disco alegre. A luz brilha logo na primeira faixa, Can't Help but Smiling, de leve acento caribenho. Mesmo quando resolver experimentar, como em Chin Chin & Muck Muck (faixa que alterna andamentos e climas), a dose de esquisitice é suportável. Assim como 16th & Valencia Roxy Music, faixa na qual Banhart presta tributo ao grupo de Brian Ferry. A influência de Mutantes e Caetano se faz notar especialmente na tropicalista Maria Lionza. E, ao fim, leve em seu paraíso tropical, Banhart se aproxima da praia do reggae em Foolin, reiterando a felicidade de seu ensolarado sexto álbum.

23 de janeiro de 2010 às 10:04  

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