31 de janeiro de 2010

Chico César, comandante da 'Estação Nordeste'

Paraibano nascido na interiorana Catolé do Rocha, Chico César morou em João Pessoa somente de 1980 a 1984. Contudo, Chico nunca esteve tão associado à capital do seu Estado Natal. Desde maio de 2009, o cantor e compositor vem conciliando sua agenda artística com os compromissos assumidos como Secretário de Cultura da Fundação Cultural de João Pessoa, a Funjope. Foi nessa função que Chico esteve por trás da organização do Estação Nordeste, o festival que movimentou João Pessoa ao longo deste mês de janeiro de 2010. Foram 24 atrações, numa programação plural que conciliou nomes da Paraíba (Zabé da Loca, Escurinho, Adeildo Vieira, Caiana dos Crioulos e Cabruêra) e do Norte do Brasil (Pinduca, o vivaz Rei do Carimbó) com artistas de projeção nacional (Pitty, Daniela Mercury, Jorge Ben Jor, Gilberto Gil e Mutantes) e até mesmo internacional (o cantor e pianista africano Ray Lema, com quem Chico já dividiu o palco no exterior) . "O artista ajuda o secretário", confidencia Chico no festival, entre um show e outro. O artista - visto acima em foto de Mauro Ferreira - alega que desempenha sua função política com "visão social". E reconhece que ser artista facilita o acesso aos colegas, bem como a negociação de contratos. Em contrapartida, por questões éticas, Chico César tomou a iniciativa de não fazer mais shows em João Pessoa, embora se permita fazer participações em apresentações de colegas - como aconteceu nos shows de Renata Arruda, Ray Lema e Gilberto Gil - as quais Chico chama de licenças poéticas.
P.S.: O blogueiro viajou a João Pessoa (PB) a convite da Funjope.

11 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Paraibano nascido na interiorana Catolé do Rocha, Chico César morou em João Pessoa somente de 1980 a 1984. Contudo, Chico nunca esteve tão associado à capital do seu Estado Natal. Desde maio de 2009, o cantor e compositor vem conciliando sua agenda artística com os compromissos assumidos como Secretário de Cultura da Fundação Cultural de João Pessoa, a Funjope. Foi nessa função que ele esteve por trás da organização do Estação Nordeste, o festival que movimentou João Pessoa ao longo deste mês de janeiro de 2010. Foram 24 atrações, numa programação plural que conciliou nomes da Paraíba (Zabé da Loca, Escurinho, Adeildo Vieira, Caiana dos Crioulos e Cabruêra) e do Norte do Brasil (Pinduca, o Rei do Carimbó) com artistas de projeção nacional (Pitty, Daniela Mercury, Jorge Ben Jor, Gilberto Gil e Mutantes) e até mesmo internacional (o cantor e pianista africano Ray Lema, com quem Chico já dividiu o palco no exterior) . "O artista ajuda o secretário", sintetiza Chico no camarim, entre um show e outro. O artista - visto acima em foto de Mauro Ferreira - alega que desempenha sua função política com "visão social". E reconhece que ser artista facilita o acesso aos colegas, bem como a negociação de contratos. Em contrapartida, por questões éticas, Chico César tomou a iniciativa de não fazer mais shows em João Pessoa, embora se permita fazer participações em apresentações de colegas - como aconteceu nos shows de Renata Arruda, Ray Lema e Gilberto Gil - as quais Chico chama de licenças poéticas.

31 de janeiro de 2010 às 13:59  
Blogger Wagner Hardman Lima said...

Mauro, duas observações:


- Moska também fez show

- Chico também fez participação no show de Moska e Daniela Mercury

31 de janeiro de 2010 às 14:44  
Anonymous Anônimo said...

Acredito que uma informação importante deve ser divulgada:

o blog viajou por conta ou a convite da organização do festival?

31 de janeiro de 2010 às 17:41  
Blogger Michele Nobrega said...

De uma coisa é super certa.. a presença de Chico a frente da cultura paraibana pode nos proporcionar e eventos maravilhosos nunca antes visto com tanta freqüência em nossa cidade.
Parabéns a Chico Cesar e a você Mauro pelo texto.

31 de janeiro de 2010 às 19:58  
Anonymous Denilson said...

Chico César é uma pessoa muito legal. Já encontrei com ele uma vez em um estúdio e fiquei encantado com a gentileza e a camaradagem dele.

Achei o máximo esse posicionamento ético dele. Quem dera outros artistas fossem como ele (até o grande mestre Gil pisa na bola de vez em quando em relação a isso...)

abração,
Denilson

1 de fevereiro de 2010 às 09:39  
Blogger Unknown said...

Começo pelo fim do primeiro post: P.S.: O blogueiro viajou a João Pessoa (PB) a convite da Funjope.

É lastimável saber que a dinheirama gasta com os shows musicais realizados nos últimos dois meses também tenha sido usada para financiar a vinda de um blogueiro carioca à nossa província cultural chamada de João Pessoa. O senhor Mauro Ferreira se equivoca duplamente ao escrever “o cantor e compositor vem conciliando sua agenda artística com os compromissos assumidos como Secretário de Cultura da Fundação Cultural de João Pessoa, a Funjope”. Primeiro porque não é verdade que Chico César esteja conciliando sua agenda artística. Já cansei de provar que ele prioriza esta sua agenda em detrimento das funções de funcionário “público” pela qual percebe mensalmente para resolver os inúmeros problemas nos quais a FUNJOPE está imersa. Segundo porque Chico César não é secretário de cultura, mas sim presidente da FUNJOPE. Que eu saiba não existe o cargo de secretário de cultura no organograma da PMJP. Parece que o próprio Chico se autodenomina soberbamente de secretário, pois afirma que “o artista ajuda o secretário”.

Outro absurdo escrito é o seguinte: O artista - visto acima em foto de Mauro Ferreira - alega que desempenha sua função política com "visão social". Que “visão social” é esta gente? Por favor, me apontem apenas UMA, umazinha sequer, não mais que uma ação que possamos chamar de social realizada pelo senhor Chico César nesses 9 longos meses com presidente da FUNJOPE. A organização da Estação Nordeste tem claramente a função político-eleitoreira de angariar votos para o prefeito da capital paraibana. Este é mais um evento musical promovido pela FUNJOPE, a promotora de shows musicais do município. Esta Fundação tem se especializado neste tipo de evento, enquanto abandona as outras artes. Atente para o estado de penúria que se encontra, por exemplo, o teatro local. Os poucos teatros da nossa província nos apresentam “peças” de péssimo gosto. E olha que ela é repleta de atores e grupos de renome nacional. Que dizer da literatura, da fotografia, do audiovisual etc. da nossa província cultural?

Para não dizer que ó aponto inverdades no post lido, destaco uma grande verdade: “E reconhece que ser artista facilita o acesso aos colegas, bem como a negociação de contratos. Concordo que o presidente da FUNJOPE deve ter tido fácil acesso aos seus colegas cantores e compositores. Se me aprofundar muito numa pesquisa, elenco alguns destes artistas que encheram seus bolsos neste evento e que são, digamos, “próximos” ao Chico: Lanny Gordin (tocou no primeiro disco de Chico), Ray Lema (são parceiros musicais e fizeram shows juntos. Veja em www.raylema.com), Paulinho Moska (parceiro de Chico), Pinduca (Chico gravou num disco dele) e Daniela Mercury (gravou A Primeira Vista). Um parêntese: nada de mais umas participaçãozinhas (licenças poéticas) nos shows dos colegas né Chico? Deve ser uma massagem bacana no ego. Tudo isto não deixa de ser uma forma de retribuir os favores recebidos de seus colegas parceiros. Só que é um método onde se usa dinheiro público. Falar em dinheiro público, onde é que publicaram os gastos com o Música do Mundo e com o Estação Nordeste? Na secretaria da transparência pública creio eu. Lá deve ter tudo direitinho: o cachê de uma show de artista local e de um não local. Aí dá pra gente comparar o quanto vale o nosso santinho de casa.

Mauro deve ter se esquecido de postar umas linhas sobre a programação do dia 28/01/2010. É gente, o Estação Nordeste foi tão bem sucedido que ainda rolou uma programação extra, divulgada pela mídia como democrática, pois oportunizou a chama música gospel. Pasmem! Nunca antes neste país, ôps, neste município, o mirrado orçamento municipal custeou um show musical gospel. Cadê o estado laico? Será que é mera coincidência que estejamos em ano eleitoral? Afinal de contas os crentes também votam né?

Haja paciência, com tanto coleguismo.

Ed

1 de fevereiro de 2010 às 16:40  
Blogger Unknown said...

esqueci: ed_porto@uol.com.br
Abs

2 de fevereiro de 2010 às 16:31  
Anonymous pvbrasileiro@gmail.com said...

Mauro, voce esqueceu de citar Ze Ramalho, entre as atrações que passaram no Estação Nordeste, já ouviu falar dele? Se ligue rapaz.

3 de fevereiro de 2010 às 02:57  
Anonymous Paulo Moura said...

Nada, nem ninguém, é pior do que o antigo secretariado do Cícero Lucena.

Salve Chico. Salve César!

5 de fevereiro de 2010 às 01:22  
Blogger Ju said...

Mauro, desculpe a intromissão neste comentário com uma pergunta que não está relacionada com seu post, mas talvez você saiba me dizer então não custa tentar... queria muito saber de quem é uma música que está passando como tema dos personagens Ramon e Ditta da novela Tempos Modernos da globo. É uma musica internacional, cantada por uma voz que lembra cold play mas ao mesmo tempo acho difícil ser, e tem uma gaita de fole tocando. Se souber me dizer, te agradeço mesmo. Um abraço.
PS: Caso tenha tempo de ouvir, a música aparece no fim desta cena http://temposmodernos.globo.com/videos/temposmodernos/ramon-e-ditta-se-beijam/1208111#/capítulos/20100209/page/1

11 de fevereiro de 2010 às 04:06  
Anonymous Marcello said...

Além de Zé Ramalho, vc esqueceu de artistas como Beto Brito e Paulo Vinícius.

13 de fevereiro de 2010 às 09:28  

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