5 de setembro de 2009

Solo de Sandy sai em 2010 com faixas autorais

Esperado desde o anúncio da separação da dupla Sandy & Junior, em abril de 2007, o primeiro CD solo de Sandy já entrou em fase de pré-produção. Ainda não gravado, o disco tem lançamento programado para 2010 pela gravadora Universal Music. O repertório vai ser essencialmente autoral, com músicas assinadas por Sandy (à direita em foto de Priscila Prade) com vários parceiros. Entre eles, seu marido Lucas Lima, um dos integrantes do grupo Família Lima. É certo que o CD vai sair...

Blues-rock do Dead Weather tem pegada dos 70

Resenha de CD
Título: Horehound
Artista: The Dead
Weather
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Já no blues-rock que abre o primeiro álbum do novo bom grupo do (incansável...) Jack White, 60 Feet Tall, o ouvinte tem a sensação de já ter escutado tal disco em algum lugar do passado (ou dos anos 70, para ser mais específico). Nisso, reside o mérito e o pecado de Horehound. O disco tem boa pegada e apresenta um rock sujo, de tom garageiro, sem soar realmente original. Contudo, é justo admitir que The Dead Weather destila energia rara em tempos de rock asséptico. Ponto para Jack White, guitarrista que assume a bateria na banda formada por ele com Alison Mosshart (a cantora egressa do grupo The Kills), o baixista Jack Lawrence (egresso de outra banda de White, The Racounters) e o guitarrista Dean Fertita (do Queens of the Stone Age). Temas como So Far from your Weapon - no qual Jack White dueta com Mosshart - tem um clima sombrio que permeia boa parte das 11 faixas. Entre inéditas como I Cut Like a Buffalo e Hang You from the Heavens, Horehound enfatiza o entrosamento do grupo no cover de New Pony, rock de Bob Dylan. Enfim, tanto na seara do blues como na do rock, The Dead Weather diz a que veio. Por ora...

Trio da cena 'indie' carioca, ECT apresenta EP

Trio criado em 2008, na cena indie carioca, ECT (Eu, Chris e Taís) lança seu primeiro disco: um EP com quatro músicas. Eu era Felipe Melo na formação original, mas hoje é Rodrigo Sestrem, o responsável pelos sopros (flauta, pife, rabeca) e por algumas vozes do disco. Chris é a jornalista (e agora) cantora Christina Fuscaldo. Já Taís é Taís Salles, violonista, cantora e autora das quatro músicas (De Repente na Cidade, Fênix, Enteléquia e Pra Falar da Bahia) do EP, sendo Enteléquia em parceria com Felipe Melo e Pra Falar da Bahia com Sestrem. Músicas que transitam por folk e por pop embebidos em brasilidade. O toque repentista de De Repente na Cidade já denuncia forte apego aos sons nordestinos. Por ora, o trio vende seu EP somente nos shows feitos no Rio de Janeiro (RJ).

Madan grava com Navas parceria com Arnaldo

A foto acima registra o encontro de Madan (à esquerda) com Carlos Navas num estúdio de São Paulo (SP) durante a gravação de Respostas, faixa do disco que Madan - compositor habituado a musicar poesias - pretende lançar ainda em 2009. Respostas é parceria de Madan com Arnaldo Antunes. Produzido por Lennon Fernandes, o álbum se chama Solidão ou a MPB Está Morta, mas Juro que Não Fui Eu e conta também com a adesão de Zeca Baleiro em Epitáfios, que traz versos de Augusto de Campos.

4 de setembro de 2009

Mika volta com 'The Boy Who Knew Too Much'

Dois anos de estrear no mercado fonográfico com o esfuziante Life in Cartoon Motion (2007), álbum de estúdio que gerou show registrado ao vivo em dois DVDs diferentes, Mika volta à cena com The Boy Who Knew Too Much. Com lançamento agendado para 21 de setembro de 2009, o disco já rendeu o single We Are Golden. Produzido pelo próprio Mika em parceria com Greg Wells, The Boy Who Knew Too Much traz 12 inéditas. Entre elas, Blame It on the Girls, Rain, Dr. John, I See You, Touches You, Toy Boy e Pick up off the Floor. O álbum vai ser editado também numa edição dupla que inclui DVD com o clipe de We Are Golden (assim como o making of do vídeo) e registros ao vivo de músicas do CD anterior (um grande lançamento de 2007).

Álbum de Susan Boyle sai em 24 de novembro

I Dreamed a Dream é o nome do primeiro álbum de Susan Boyle, a cantora escocesa projetada mundialmente em abril de 2009 no programa de calouros Britain's Got Talent. Já em pré-venda, o CD tem lançamento programado para 24 de novembro. A faixa-título é o tema do musical Os Miseráveis defendido por Boyle (vista em foto de divulgação da revista Harper's Bazaar) na atração da TV inglesa que a projetou. Simon Cowell produziu o CD.

Capital inicia promoção de álbum pela internet

Programado para 2010, o novo álbum de inéditas do Capital Inicial ainda nem foi gravado, mas já está sendo badalado pelo grupo com ação promocional na internet. Nos shows, a banda está arremessando para os fãs palhetas como a que o cantor do Capital, Dinho Ouro Preto, exibe na foto à esquerda. Tais palhetas trazem um código que dá acesso à área exclusiva do site oficial do grupo. Nessa área, os fãs já podem escutar trecho de música inédita - Vivendo e Aprendendo - que vai figurar no novo álbum do Capital.

Robbie Williams revela faixas de 'Reality Killed'

Com o primeiro single, Bodies, já em alta rotação nas rádios, o próximo álbum de Robbie Williams, Reality Killed the Video Star, tem lançamento confirmado para novembro de 2009 pela EMI Music. As 13 faixas do CD foram reveladas via EMI nesta sexta-feira, 4 de setembro. Gravado em Londres, com produção de Trevor Horn, o sucessor de Rudebox (2006) vai ser editado também em edição dupla com material adicional. Essa edição especial inclui DVD com cenas de bastidores da gravação. Eis as 13 faixas do disco simples:

1. Morning Sun
2. Bodies
3. You Know me
4. Blasphemy
5. Do You Mind?
6. Last Days of Disco
7. Somewhere
8. Deceptacon
9. Starstruck
10. Difficult for Weirdos
11. Superblind
12. Won't Do That
13. Morning Sun (reprise)

Coletânea resume catálogo do Clã para o Brasil

Um dos nomes mais cultuados da ainda desconhecida cena pop de Portugal, Clã - grupo formado em 1992 - tem ótima coletânea editada no Brasil no embalo de suas parcerias com Arnaldo Antunes e o Pato Fu. Antunes, aliás, assina o texto que apresenta Catalogue Reissoneé, a tal compilação, produzida por Sandro Belo, do selo goiano Allegro, com base na seleção de repertório feita pelos seis integrantes do Clã. A edição é caprichada. No farto encarte, além da apresentação de Arnaldo Antunes, há texto do jornalista português Jorge Manuel Lopes que contextualiza o surgimento e o som antenado do Clã na cena pop lusitana que se desenvolveu após a Revolução dos Cravos. Cada uma das 15 faixas vem com a letra e um comentário assinado pelos músicos do Clã. A seleção abrange período que vai de 1996 a 2005, incluindo parcerias do grupo com John Ulhoa (Carrossel dos Esquisitos) e com Arnaldo Antunes (H2omem e Eu Ninguém). Detalhe: Antunes é convidado do registro ao vivo de Consumado, parceria dele com Carlinhos Brown e Marisa Monte. É belo cartão-de-visitas para o som do Clã.

3 de setembro de 2009

Casablancas exibe capa de seu primeiro CD solo

Vocalista do grupo The Strokes, Julian Casablancas revelou a capa (foto acima) de seu primeiro CD solo, Phrazes for the Young, gravado ao longo de 2008 com a produção de Jason Lader e a colaboração adicional de Mike Mogis. O repertório é formado por oito músicas. Entre elas, Ludlow St., River of Blakelights e Glass.

Keith grava com Jack e planeja CD dos Stones

Keith Richards acaba de gravar "a couple of tracks" com Jack White, o guitarrista projetado na dupla The White Stripes que atualmente lidera a banda The Dead Weather. Mas não se sabe a razão ou o destino dessas gravações. O guitarrista dos Rolling Stones não confirma o boato de que White poderia ser o produtor do próximo disco de inéditas dos Stones, mas tem dito que planeja reunir o grupo em estúdio em 2010 para a gravação de um álbum, que viria a ser o sucessor de A Bigger Bang (2005).

Lages toca ao piano (mais 14) sucessos do 'Rei'

Fiel ao filão (lucrativo) que é o repertório de Roberto Carlos, o maestro do Rei, Eduardo Lages, já lança seu quinto CD. Nossas Canções chega ao mercado pela gravadora Som Livre neste mês de setembro de 2009. Em pauta, 14 hits de Roberto. Desses 14 sucessos tocados por Eduardo Lages ao piano, a rigor, somente quatro composições são de autoria do Rei: Além do Horizonte (1975), O Portão (1974), Não se Esqueça de mim (1977) e Não Quero Ver Você Triste (1966). Mas todas as demais foram popularizadas na voz de Roberto Carlos. Entre elas, Nossa Canção (1966), O Tempo Vai Apagar (1968), Falando Sério (1977) e Outra Vez (1977). A exploração desse filão tem garantido vendas regulares para Lages.

DVD de Ivone sai via selo de Roberto de Oliveira

Gravado em 11 de agosto de 2009, em show no Canecão (RJ), o primeiro DVD de Dona Ivone Lara vai ser editado pelo selo RWR - de propriedade do diretor Roberto de Oliveira - com distribuição da Universal Music. CD e DVD estarão nas lojas até o fim de 2009.

Fafá canta a 'saudade da terra' no bar sertanejo

Cantora que ajudou a música sertaneja a tocar nas FMs do Rio de Janeiro (RJ), ao gravar em 1989 a guarânia Nuvem de Lágrimas com a dupla Chitãozinho & Xororó, Fafá de Belém é convidada da edição sertaneja do projeto Um Barzinho, um Violão. Fafá revive Saudade de Minha Terra, um clássico da música caipira, de autoria de Goiá e Belmonte. Promovido pela gravadora Sony Music, o registro aconteceu no Villa Country, em São Paulo (SP), em 28 e em 29 de julho de 2009. Estranho no ninho sertanejo, Zeca Pagodinho entrou no bar e cantou Panela Velha, sucesso de Sérgio Reis. Em sua maioria, o elenco é integrado por duplas sertanejas como Chitãozinho & Xororó (60 Dias Apaixonado), Rick & Renner, João Neto & Frederico e César Menotti & Fabiano. A gravação ao vivo de Um Barzinho, um Violão - Sertanejo vai ser editada nos formatos de CD duplo (à venda em outubro) e DVD (à venda em novembro).

2 de setembro de 2009

Disco ao vivo de Baden, de 1966, ganha reedição

Um dos grandes discos ao vivo da vasta obra fonográfica de Baden Powell (1937 - 2000), lançado originalmente pela gravadora Elenco em 1966 sob a produção de Aloysio de Oliveira, Ao Vivo no Teatro Santa Rosa ganha nova e oportuna reedição em CD pela gravadora Biscoito Fino. O álbum - que já havia chegado ao formato digital em 2003, dentro da caixa que embalou 13 títulos da discografia áurea do violonista - registra um show de sucesso feito por Baden no extinto teatro carioca. No show, o violonista se apresentou na companhia de um trio liderado por Oscar Castro Neves ao piano. No repertório, entre temas autorais como Consolação e Berimbau, Baden toca a Valsa de Eurídice - do parceiro Vinicius de Moraes (1913 - 1980) - e o Prelúdio em Ré Menor, de Bach (1685 - 1750). A reedição da Biscoito Fino traz a capa original criada dentro da estética clean da gravadora Elenco.

Ao vivo de Roberta reitera qualidades da artista

Resenha de CD e DVD
Título: Pra se Ter
Alegria - Roberta Sá
ao Vivo no Rio
Artista: Roberta Sá
Gravadora: MP,B
Discos / Universal
Music
Cotação: * * * *

O segundo CD de Roberta Sá, o arejado Que Belo Estranho Dia para se Ter Alegria (2007), confirmou as qualidades da artista, evidenciadas no primeiro, Braseiro (2005), e ampliou o público da cantora ao longo da turnê que badalou o disco. Primeiro registro de show da artista, Pra se Ter Alegria - Ao Vivo no Rio flagra Roberta nessa onda mágica de popularidade. É, a rigor, registro precoce que não consegue evitar a redundância originada do fato de o roteiro do (belo) show estar essencialmente centrado nos repertórios (irretocáveis) dos dois álbuns da cantora. Nem as presenças da boa inédita Agora Sim (da lavra da própria Roberta Sá com Pedro Luís e Carlos Rennó) e do Samba do Balanço (revivido com intervenções do rapper Marcelo D2) bastam para amenizar tal redundância do roteiro. Nada grave, afinal. Pra se Ter Alegria - Ao Vivo no Rio é título reiterativo na discografia de Roberta que pode sinalizar o fim de um ciclo feliz (sobretudo se a cantora arriscar e concretizar o projeto de dedicar seu terceiro CD inteiramente ao repertório do compositor baiano Roque Ferreira). O DVD funciona mais como um souvenir para o público que está vivenciando o sucesso de Roberta, que vem se apresentando em casas grandes e lotadas, em especial no circuito carioca de shows. A filmagem do show (captado em apresentação na casa Vivo Rio, em 3 de abril de 2009) é em si convencional. Em contrapartida, o áudio resulta primoroso. Inclusive e sobretudo no CD. O que evidencia o uso dosado de programações eletrônicas em músicas como Ah, Se Eu Vou e Alô Fevereiro. E também a emissão límpida da cantora. Contudo, a própria Roberta parece ter entendido que é preciso oferecer algo mais do que o show em seu primeiro DVD. Daí os quatro encontros registrados em estúdio e exibidos nos extras do DVD (o comprador do CD tem acesso aos áudios das quatro faixas adicionais pelo computador). Se o dueto com Chico Buarque em Mambembe resulta burocrático e sem pegada (a voz de Chico soa cansada e sem viço), o encontro com Ney Matogrosso em Peito Vazio (Cartola e Elton Medeiros) se diferencia pelo clima seresteiro dado pelas cordas do Trio Madeira Brasil. Em Modinha (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Roberta explora tons de maior intensidade emocional na companhia luxuosa do violão de Yamandú Costa, também requisitado para o dueto com o cantor português António Zambujo no fado Eu Já Não Sei (Domingos Gonçalves Costas e Carlos Gonçalves). Apesar do luxo do time de convidados, é difícil identificar nesses quatro registros de estúdio o frescor que pautou os dois primeiros álbuns de Roberta Sá. Contudo, Pra se Ter Alegria cumpre sua função. Roberta já se impôs como uma das melhores cantoras da década. Seu sucesso é real e não se limita aos elogios da crítica musical, nem sempre identificada com o gosto popular. Roberta vem se tornando popular (a ponto de ter sido convocada pela Rede Globo para se apresentar no show do evento Criança Esperança ao lado de nomes como Ana Carolina). Seu primeiro DVD reitera suas qualidades e registra para posteridade o instante de popularidade. Que venha um terceiro CD de estúdio tão brilhante como os dois anteriores para manter o (alto) nível da discografia de Roberta Sá!!

Omara celebra obra com elegância em 'Gracias'

Resenha de CD
Título: Gracias
Artista: Omara Portuondo
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Disco idealizado por Omara Portuondo para celebrar seus 60 anos de carreira, iniciada no fim dos anos 40, Gracias foi editado em 2008 em Cuba, a terra natal da septuagenária cantora projetada mundialmente em 1997 no coletivo Buena Vista Social Club. Por conta do trabalho desenvolvido por Omara em 2008 com Maria Bethânia, a Biscoito Fino lança o álbum no Brasil. Produzido pelos brasileiros Swami Jr. e Alê Siqueira, Gracias é um disco belo, elegante e terno. Perceptível de forma mais explícita no dueto feito por Omara com sua neta Rossio Jiménez em Cachaíta, a ternura também pontua o encontro da intérprete cubana com Chico Buarque na versão bilíngue de O Que Será (À Flor da Terra). Pena que Chico esteja cantando mal tanto em português como em espanhol. Já a elegância dá o tom do diálogo travado pela voz de Omara com o baixo de Avishai Cohen em Adiós Felicidad, faixa de leveza quase jazzy. A beleza pode ser apreciada na melodia de Yo Vi, o tema de Henri Salvador (1917 - 2008) que abre Gracias. Álbum que funciona como inventário afetivo da obra de Omara, o que justifica a reprodução no encarte de fotos de várias épocas, Gracias dá breve panorâmica da carreira da intérprete, que revisita músicas como Vuela Pena - gravada por ela em 1974 - e recebe o amigo Pablo Milanés em Ámame Como Soy, faixa de sensualidade caliente. De Milanés, Omara canta também Tú mi Desengaño. Já Silvio Rodríguez - outro expoente da nova música cubana - está representado no repertório por Rabo de Nube. Por seu turno, o pianista Chucho Valdés e o baixista Cachaíto Lopez valorizam Nuestro Gran Amor. Contudo, Gracias não é disco de música estritamente cubana. Da lavra do uruguaio Jorge Drexler, a faixa-título flerta com o samba e o suingue brasileiro. Já Drume Negrita acarinha a mãe África. E o fato é que, prestes a completar 79 anos (em 29 de outubro de 2009), Omara Portuondo exibe vigor jovial neste belo disco com que dá graças à vida e à carreira.

Sapucahy canta Roberto Ribeiro com reverência

Resenha de CD
Título: Leandro Sapucahy Cantando Roberto Ribeiro
Artista: Leandro Sapucahy
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

O repertório de Roberto Ribeiro (1940 - 1996) é velho conhecido de Leandro Sapucahy. Os sucessos do intérprete original de belos sambas como Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho) eram cantarolados quase diariamente pela mãe de Sapucahy, Jacy Silveira. Por isso mesmo, Jacy - que sempre sonhou ser cantora profissional - é a convidada afetiva de Nega do Peito (Rildo Hora e Sérgio Cabral), uma das 14 músicas do álbum Leandro Sapucahy Cantando Roberto Ribeiro, editado pela Warner Music. Projetado como produtor de grupos de pagode romântico, Sapucahy vem migrando para o samba de melhor qualidade. Além de ter produzido discos de Maria Rita e Arlindo Cruz, ele se lançou como cantor com discurso de cunho social. O tributo a Roberto Ribeiro é o terceiro título da discografia de Sapucahy como cantor (descontado um álbum de estúdio feito para a Warner em 2007, mas arquivado pelo próprio artista). Mesmo sem ter voz à altura do gogó de Roberto (um dos melhores cantores de samba de todos os tempos), Sapucahy se sai bem ao transitar pelo fino repertório do colega com reverência e com arranjos à moda do samba dos anos 70. Há uma sujeira proposital no disco que conta ponto a favor. Não houve a preocupação de maquiar o samba no estúdio. E, como o repertório é irretocável, o resultado é digno. Sapucahy não evita os hits (a seleção inclui Estrela de Madureira, Tempo Ê, Todo Menino É um Rei, Propagas, Vazio, Amor de Verdade, Meu Drama e o supra-citado samba Acreditar), mas dá oportunidade ao seu público de descobrir pérolas como Isso Não São Horas (Chiquinho, Xangô da Mangueira e Catoni), Só Chora Quem Ama (Wilson Moreira e Nei Lopes) e Triste Desventura (Monarco e José Mauro). O tributo soa sincero porque sincera parece ser a admiração de Sapucahy por Ribeiro, captada pelo ilustrador Mello Menezes no desenho estampado na capa do disco.

Gossip soa eletrizante no coeso 'Music for Men'

Resenha de CD
Título: Music for Men
Artista: Gossip
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * * 1/2

O close andrógino da baterista Hannah Billie que estampa a capa do novo ótimo álbum de inéditas do Gossip, Music for Men, pode remeter a nomes como kd Lang. Mas é a gorducha e desbocada vocalista Beth Ditto que centraliza as atenções neste trio americano de pós-punk que migrou da cena indie para o mainstream sem prejuízo da atitude. A explosão em 2006 da música Standing in the Way of Control pôs o Gossip na ordem do dia e o levou para a major Sony Music, gravadora na qual o grupo estreou com o álbum Live in Liverpool (2008). Feito em estúdio sob a batuta de Rick Rubin, produtor mais associado a grupos como Metallica e Red Hot Chili Peppers, Music for Men burila o som do Gossip sem diluir o tom desencanado, dançante e meio provocador do trio. Somente as eletrizantes Men in Love e Pop Goes the World - dois petardos certeiros nas pistas - já justificariam a existência do álbum. No entanto, no todo, o que se ouve é um disco coeso. Um som pós-punk turbinado por grooves funkeados como os que pontuam Dimestore Diamond. Outro destaque do repertório, Heavy Cross confirma a coesão de um álbum que também cativa em Love and Let Love (com ecos de disco music), em For Keeps e em Four Letter Word (faixa em que Ditto expia dores de amores sobre camadas eletrônicas). Aliás, a interação do vozeirão de Ditto com a guitarra encorpada de Brace Paine e a bateria bem marcada de Hannah valoriza o inspirado repertório e faz com que Music for Men cumpra a expectativa e se imponha entre os discos de 2009.

1 de setembro de 2009

I Look to You repõe Whitney na pista com êxito

Resenha de CD
Título: I Look to You
Artista: Whitney Houston
Gravadora: Arista
Records / Sony BMG
Cotação: * * *

I Look to You - o álbum que marca a volta da boa cantora Whitney Houston ao mercado fonográfico após hiato de sete anos que incluiu fase de forte turbulência emocional por conta do envolvimento da artista com drogas pesadas - não é um grande disco. Mas é um bom disco que tem força para repor Whitney na pista. Aliás, literalmente. Million Dollar Bill, o electro-pop que abre o disco e tem Alicia Keys entre seus autores, já sinaliza que a intérprete retorna à cena menos melosa. Impressão confirmada pela faixa seguinte, Nothin' But Love, cujos grooves evocam o eurodance. Para os que se deixaram seduzir pela voz potente de Whitney nos anos 80, período em que as baladas predominavam em seu repertório, I Look to You pode decepcionar por estar bem distante de álbuns áureos como Whitney Houston (1985) e Whitney ( 1987). A rigor, I Look to You dialoga mais com My Love Is your Love (1998) por conta de (espertas) faixas vocacionadas para as pistas - caso de For the Lovers. Não que não haja baladas. A faixa-título, I Look to You, da lavra de R. Kelly, defende o gênero. Assim como I Didn't Know my Own Strength, da lavra da hitmaker Diane Warren. Mas o tom do álbum não é choroso ou açucarado. A ponto de I Song for You - o cover do repertório de Leon Russell - começar como balada para acabar na pista, com ecos de disco music. Em sintonia com a pegada do álbum, Call You Tonight (faixa que tem o dedo do produtor StarGate) e Worth It são faixas que dão acento contemporâneo à levada do r & b. Já Like I Never Left marca a aliança de Whitney com o pop rapper Akon. Enfim, I Look to You não é um grande disco à altura da grande cantora que Whitney Houston (ainda) é porque não tem grandes músicas. Mas tem vigor. Ao terminar, com Salute, fica a impressão positiva de que o álbum pode marcar o início de novo ciclo para a intérprete, longe do inferno da droga.

O CD 'Elas Cantam Roberto' omite três números

Editado pela Sony Music, o CD Elas Cantam Roberto Carlos está chegando às lojas nestes primeiros dias de setembro de 2009 com o registro ao vivo do show Elas Cantam Roberto, que juntou o Rei e 20 cantoras súditas no palco do Theatro Municipal de São Paulo (SP), em 26 de maio de 2009. Apesar de ser duplo, o CD omite três dos 25 números do espetáculo idealizado pelo ItaúBrasil dentro do ciclo de eventos comemorativos dos 50 anos de carreira do cantor. Foram excluídos Os seus Botões (um dos dois números de Ivete Sangalo), Esqueça (o dueto de Daniela Mercury com Wanderléa) e o número coletivo É Preciso Saber Viver. Com a retirada dessas três músicas, Zizi Possi passa a ser cantora com maior presença no CD, entoando Proposta, dividindo Canzone per te com a filha Luiza Possi e participando do número final, Como É Grande o meu Amor por Você. Eis as 22 faixas do CD Elas Cantam Roberto Carlos - ordenadas como no espetáculo:
CD 1
1. Você Não Sabe - Hebe Camargo
2. Canzone per te - Luiza Possi e Zizi Possi
3. Proposta - Zizi Possi
4. Sua Estupidez - Alcione
5. Desabafo - Fafá de Belém
6. A Distância - Celine Imbert
7. Se Você Pensa - Daniela Mercury
8. Você Vai Ser o meu Escândalo - Wanderléa
9. Nossa Canção - Rosemary
10. Todos Estão Surdos - Fernanda Abreu
11. 120... 150... 200 Km por Hora - Marília Pêra

CD 2
1. As Curvas da Estrada de Santos - Paula Toller
2. Como 2 e 2 - Marina Lima
3. As Canções que Você Fez pra mim - Sandy
4. Só Você Não Sabe - Mart'nália
5. Do Fundo do meu Coração - Adriana Calcanhotto
6. Falando Sério - Claudia Leitte
7. Não se Esqueça de mim - Nana Caymmi
8. Força Estranha - Ana Carolina
9. Olha - Ivete Sangalo
10. Emoções - Roberto Carlos
11. Como É Grande o meu Amor por Você - Roberto e cantoras

Sem mise-en-scène do palco, Orth perde a graça

Resenha de CD
Título: Marisa Orth
em Romance Vol. II
Artista: Marisa Orth
Gravadora: Lua Music
Cotação: * *

Marisa Orth nunca foi boa cantora, apesar de transitar pela cena musical desde os anos 80, como integrante do grupo Luni. Contudo, graças ao seu real talento de comediante, conseguiu fazer graça ao abordar o cancioneiro brega em shows apresentados com a Banda Vexame. Marisa Orth em Romance Vol. II - o CD ora lançado pela gravadora Lua Music - é o registro de estúdio do espetáculo solo que a artista vem apresentando desde 2008. É um show em que, sem abrir mão do humor, Orth se leva mais a sério como cantora, a começar pela escolha do bom repertório (clique aqui para ler a resenha do show). Espetáculo de caráter performático, Romance Vol. II tem seus encantos sustentados pelo bom domínio cênico da artista. Contudo, soa insosso em disco. Sem a mise-en-scène do palco, quase tudo perde a graça. Os músicos são tão bons como as músicas (Minha Fama de Mau, As Dores do Mundo, Demais, I'm Not in Love e Obsessão, entre outras) que retratam os diferentes estágios da paixão. O problema é que a audição do disco ressalta o fato de, como cantora, Orth ser ótima atriz. Não leve o CD a sério...

Eis a capa do quarto álbum de Isabella Taviani

Esta é a capa do quarto álbum de Isabella Taviani, Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar, que chega às lojas neste mês de setembro de 2009. A canção Presente-Passado puxa o CD.

31 de agosto de 2009

Mutantes simulam sua anarquia áurea em Haih

Resenha de CD
Título: Haih... or
Amortecedor
Artista: Os Mutantes
Gravadora: Anti
Cotação: * * *

É sintomático que o primeiro álbum de estúdio do grupo Os Mutantes em 35 anos vá sair apenas no exterior - em 7 de setembro de 2009 - e não tenha o Brasil incluído na sua rota de lançamento mundial. Já vazado na internet, o CD Haih... or Amortecedor simula a anarquia e a alegria da fase áurea da obra fonográfica do grupo (a vivida com Rita Lee entre 1968 e 1972) e despreza a posterior fase progressiva. O culto aos Mutantes no mercado internacional certamente vai fazer com que o álbum seja recebido com calor e entusiasmo próprios de quem conhece os discos antigos, mas não viveu o contexto histórico em que eles - os tais discos do auge vivido com Rita - foram gravados com doses altas de pioneirismo e criatividade. É difícil ou mesmo impossível para o grupo - refém de seu passado de glória - reeditar o brilho do começo. Nesse sentido, Haih... or Amortecedor pode ser tido tanto como um bom disco quanto como uma cópia barata de seus antecessores. A rigor, o álbum pode ser considerado bom porque há toda uma excelência instrumental que dá credibilidade à anarquia que permeia faixas como Querida Querida e 2000 e Agarraum (formatada com alternâncias de climas que oscilam entre a pegada nordestina e o tom viajante da banda). Há alguma dose de deboche (em especial no Samba do Fidel, temperado com previsível molho cubano e com citação do bolero Besame Mucho) e de inventividade nas letras (em especial nos versos construídos por Tom Zé para Anagrama, tema ligeiramente abolerado que conta com vocais do próprio Zé). Entre a leveza quase pop de Teclar e a pegada roqueira de Neurociência do Amor (que inclui versos em inglês na letra em português), os Mutantes tentam reproduzir o suingue personalíssimo de Jorge Ben Jor na inédita fornecida pelo Zé Pretinho, O Careca, sem reeditar a força da gravação de A Minha Menina, presente do compositor em 1968. Aliás, o maior problema de Haih... or Amortecedor é que os Mutantes de hoje flertam demais com o passado enquanto os Mutantes de ontem olhavam para o futuro. Difícil ouvir Nada Mudou sem pensar que houve uma tentativa vã de reconstruir na faixa o clima de Panis et Circensis. Difícil também extrair algum humor da apropriação dos códigos dos mantras indianos feita em Gopala Krishna Om. Mas, justiça seja feita, o disco que estampa a foto de um corvo na capa - haih significa corvo no dialeto de uma tribo norte-americana - não constrange e resulta até digno. O guitarrista Sérgio Dias Baptista continua dirigindo seu grupo sem tirar o olho do retrovisor. Por isso mesmo, os álbuns feitos pelos Mutantes há 40 anos estão anos-luz à frente de Haih... or Amortecedor, mas é justamente esse apego ao passado que vai fazer com que Haih... seja ouvido com generosidade no exterior.

Foo Fighters lança coletânea com duas inéditas

O quarteto norte-americano Foo Fighters se rendeu à fórmula da coletânea turbinada com inéditas. A partir de 3 de novembro de 2009, as lojas vão receber Foo Fighters Greatest Hits, cuja seleção apresenta duas músicas novas, Wheels e Word Forward, gravadas em estúdio com o produtor Butch Vig. Simultaneamente ao preparo e promoção da compilação, o líder do grupo - Dave Grohl - continua reassumindo a função de baterista numa banda paralela, Them Crooked Vultures, formada por Grohl com Josh Homme (vocalista e guitarrista do Queens of the Stone Age) e John Paul Jones (baixista egresso do Led Zeppelin). Tal trio não tem CD.

Elas cantam Paulinho sem os rigores do autor

Resenha de CD
Título: Elas Cantam
Paulinho da Viola
Artista: Alaíde Costa,
Célia, Cida Moreira,
Fabiana Cozza e Milena
Gravadora: Lua Music
Cotação: * * *

Já na loja, o CD Elas Cantam Paulinho da Viola traz o registro de estúdio do show homônimo que foi apresentado em 12 e 13 de julho de 2008 no teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo (SP). O time de intérpretes inclui cantoras tarimbadas como Alaíde Costa, Célia e Cida Moreira, além de Fabiana Cozza, uma das maiores revelações do samba nos anos 2000. O disco tem bons momentos, garantidos pela experiência das cantoras. Cozza, por exemplo, canta muito bem Tudo se Transformou e Timoneiro. Mas falta aos arranjos de Omar Campos - o diretor musical do projeto - o brilho e a elegância que pontuam a obra de Paulinho. Ora são meramente convencionais, ora resultam até equivocados quando deixam de seguir receitas tradicionais do samba. Como a tentativa de transportar Coração Leviano (ouvido em dueto de Cozza com Célia) para um universo mais próximo do samba-canção, apropriado para Ansiedade, o melhor número de Célia. Quanto ao repertório, a seleção tem o mérito de incluir temas pouco conhecidos da obra de Paulinho, casos de Chuva - música de 1975, lançada pelo Trio Esperança e ouvida na voz irregular de Milena - e de Não Quero Você Assim, tema de 1970 que aparece envolvido em clima delicado, quase camerístico, no set de Cida Moreira, o de maior densidade emocional. Com sua maturidade vocal, Cida defende bem Dança da Solidão e recebe Alaíde Costa para desencontrado dueto em Sinal Fechado. Alaíde, por sua vez, parece pouco à vontade em Coisas do Mundo, Minha Nega. No fim, as cinco cantoras se juntam sem empolgação no curso de Foi um Rio que Passou em Minha Vida. Enfim, pode ser que, ao vivo, o show tenha resultado mais feliz. Já o CD deixa a sensação de que a união dessas cinco vozes experientes em torno da obra nobre de Paulinho poderia ter sido orquestrada com maior rigor estilístico.

Com pose de galã, Christelo toca rock ao piano

Pianista e cantor carioca, com passagens pela cena teatral e até pela TV, Glaucio Christelo lança seu primeiro disco neste mês de agosto de 2009. O CD sai pela gravadora Coqueiro Verde Records. Como já expõe seu título, Piano Rock faz um passeio pelo universo do rock, bem distante dos rigores dos concertos de música erudita. Proeza que, diga-se, o também jovem Vítor Araújo - contratado pela Deckdisc - já vem fazendo há anos com a mesma pose de informalidade ensaiada. No CD, Christelo toca hits de grupos de rock como Nirvana (Smells Like Teen Spirit), U2 (Sunday Bloody Sunday), Beatles (Hey Jude), R.E.M. (Losing my Religion), Eagles (Hotel California), Queen (Love of my Life) e The Police (Every Breath You Take). Sim, o despojado ar de galã faz parte do show...

'Só na Canção' realça letras de Ana de Hollanda

Irmã menos conhecida do clã - feminino - de Chico Buarque, Ana de Hollanda lança CD, Só na Canção, em que enfatiza seu trabalho como letrista - a rigor, iniciado em seu disco anterior. Ana é a autora dos versos de músicas assinadas com Helvius Vilela (Que me Tira o Juízo, Estrada da Vida e Eu e Você), Novelli (Novo Amigo e Beija-Flor, Colibri), Jards Macalé (Balada e Canção para Aninha), Lucina (Jogos de Azar) e Nivaldo Ornellas (Alegria de Ser, Por si Só e Minha Criança), entre outros nomes. Ana assina sozinha Choro por um Silêncio. Produzido por Maurício Carrilho, o álbum Só na Canção está sendo editado com o selo CPC-Umes.

30 de agosto de 2009

Bebel celebra Carmen Miranda no CD All in One

Bebel Gilberto também festeja Carmen Miranda (1909 - 1955) no ano em que se comemora o centenário de nascimento da Pequena Notável. Bebel optou por regravar o hit Chica Chica Boom Chic em seu quarto álbum internacional, All in One, nas lojas a partir de 29 de setembro de 2009 com o selo da gravadora Verve. Um dos sucessos de Carmen em sua fase norte-americana, Chica Chica Boom Chic é um samba-rumba de Harry Warren e Mack Gordon gravado pela Brazilian Bombshell em 1941 para o filme Uma Noite no Rio. A releitura de Bebel foi lançada em single (capa acima à esquerda), editado em 25 de agosto. Carlinhos Brown e Didi Gutman dividem a produção da faixa - eleita para puxar o CD.
Primeiro disco de Bebel para a Verve, All in One alinha em 12 faixas regravações de músicas de Stevie Wonder (The Real Thing), Bob Marley (Sun Is Shining) e João Gilberto (Bim Bom). Entre os temas autorais de Bebel Gilberto, o CD apresenta Ela (On my Way) - parceria da cantora com o violonista baiano Cezar Mendes - e Canção de Amor. O global time de produtores do álbum inclui, além de Brown e de Gutman (tecladista do grupo Brazilian Girls), Mark Ronson - em alta no mercado fonográfico por ter pilotado Back to Black (consagrador segundo disco de Amy Winehouse).

Milton revisita Beatles em duo virtual com Elis

Terceiro volume da coleção Beatles'69, formada por três discos produzidos por Marcelo Fróes com regravações de músicas feitas e/ou lançadas pelos Beatles em 1969, Abbey Road Revisited traz como maior destaque um inédito dueto virtual de Milton Nascimento com Elis Regina (1945 - 1982) em Golden Slumbers e em Carry That Weight. Fróes aproveitou a voz da gravação feita pela Pimentinha em 1971 para o álbum Ela e convidou Milton para completar o registro. A rigor, trata-se de medley de seis minutos que une Golden Slumbers, Carry That Weight e The End, sendo que a última música - nunca gravada por Elis - traz apenas a voz de Milton. Eis as 21 faixas do álbum Abbey Road Revisited:
1. Come Together - Detonautas
2. Something – Flávio Venturini & Aggeu Marques
3. Maxwell’s Silver Hammer - Profiterolis
4. Oh! Darling – Frejat
5. Octopus’s Garden - Forfun
6. I Want You (She’s So Heavy) – Carmem Manfredini
7. Here Comes the Sun - Joyce
8. Because - Aretha
9. You Never Give me your Money – Mu Carvalho & Marjorie

Estiano
10. Sun King – Pochete Set com Vanusa
11. Mean Mr. Mustard – João Donato & Paula Morelenbaum
12. Polythene Pam - Autoramas
13. She Came in Through The Bathroom Window – Pouca Vogal
14. Golden Slumbers – Elis Regina & Milton Nascimento
15. Carry That Weight – Elis Regina & Milton Nascimento
16. The End – Milton Nascimento
17. Her Majesty – Silvia Machete
18. Suicide - Twiggy
19. Come and Get It – Reino Fungi
20. Cold Turkey - Matanza

21. Give Peace a Chance – Daniel Latorre Organ Trio

Elenco 'indie' exibe o outro lado de Abbey Road

Segundo volume da coleção Beatles'69, formada por três discos produzidos por Marcelo Fróes com 63 regravações do repertório composto e/ou lançado pelos Beatles em 1969, O Outro Lado da Abbey Road alinha na ficha técnica nomes da vasta cena indie brasileira. As exceções são Zé Ramalho, Sérgio Reis, Emmerson Nogueira e Kleiton & Kledir. Eis as 21 músicas e intérpretes do CD:
1. The Ballad of John and Yoko - Front
2. Old Brown Shoe – Twiggy
3. How D’You Do – Mallu Magalhães
4. Penina – Aggeu Marques
5. Every Night – Kleiton & Kledir
6. Goodbye – Érika Martins
7. Hot As Sun - Surfadelica
8. I Lost my Little Girl – Lafayette & Os Tremendões
9. Fancy My Chances With You - Doidivinas
10. Because I Know You Love me so - Canastra
11. Another Day – Zé Ramalho
12. The Back Seat of my Car - Aerocirco
13. Oh my Love – Esmérya Bvlgari
14. Gimme Some Truth – Holic’s
15. I Found Out – Sãomer Zwadomit
16. Isn’t It A Pity – Hevelyn Costa
17. Behind that Locked Door – Sérgio Reis
18. Woman Don’t You Cry for me - Elegia
19. Beautiful Girl – Emmerson Nogueira
20. I Live for You - Tantra

21. Taking a Trip to Carolina - Fuzzcas

Jota, Ivan e Gadú de volta aos Beatles de 1969

Primeiro volume da coleção Beatles'69, formada por três discos produzidos por Marcelo Fróes com regravações de músicas feitas e/ou lançadas pelos Beatles em 1969, Get Back - De Volta aos Beatles traz no eclético elenco nomes como Jota Quest - que se encarregou da faixa-título, Get Back - e Maria Gadú, intérprete de Let It Down. Uma das curiosidades é Ivan Lins, que revive Let It Be, a linda balada que deu nome ao álbum lançado em 1970, mas, a rigor, gravado em 1969. Eis as 21 músicas e intérpretes do disco:
1. Get Back – Jota Quest
2. Don’t Let me Down – Capital Inicial
3. Two of us – Leoni & Leo Jaime
4. Dig a Pony – Biquini Cavadão
5. Across the Universe – Rodrigo Santos
6. I me Mine – Tinta Preta com Wanderléa
7. Dig It – Astronauta Pingüim
8. Let It Be – Ivan Lins
9. Maggie Mae – Operação Tequila
10. I’ve Got a Feeling – Danni Carlos
11. One After 909 – Ultraje a Rigor
12. The Long and Winding Road – Raimundo Fagner
13. For You Blue – Nenê Benvenuti
14. Teddy Boy – Paula Marchesini
15. All Things Must Pass – Mu Carvalho
16. Wah Wah – Tortú com Sérgio Dias
17. Let It Down – Maria Gadú
18. Hear me Lord – Manfred com Carmem Manfredini
19. Suzy Parker – Filhos da Judith
20. Paul’s Piano Intro – Vitor Araújo

21. You Know my Name (Look up the Number) – BossaCucaNova