22 de dezembro de 2009

Alicia usa a liberdade para soar contemporânea

Resenha de CD
Título: The Element
of Freedom
Artista: Alicia Keys
Gravadora: J Records
/ Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Em seu ótimo álbum anterior, As I Am (2007), Alicia Keys buscou sons mais atuais em guinada pop que lhe rendeu o poderoso hit No One. Quarto disco de estúdio da cantora e compositora, The Element of Freedom segue de forma mais radical por trilhas contemporâneas - com direito a eletrizante dueto com Beyoncé em Put It in a Love Song. Trata-se de bom disco que, de certa forma, distancia Alicia da artista que debutou (esplendidamente) no mercado fonográfico com Songs in A Minor (2001), álbum devotado às tradições do soul e do r & b. O piano que pontua a balada That's How Strong My Love Is - tocado pela própria Alicia - é um dos poucos elementos que remetem (ainda de longe) à fase inicial da cantora. Aliás, há dose de farta de baladas - como How It Feels to Try e Distance and Time (esta um hit radiofônico em potencial) - entre faixas de tons mais efervescentes e contemporâneos como Love Is Blind e Try Sleeping with a Broken Heart (tema que se destaca no repertório autoral e, não por acaso, já lançado como o segundo single do álbum no exterior, sucedendo Doesn't Mean Anything). Verdade seja dita: Alicia procura soar mais atual sem deixar de seguir um certo padrão de elegância que faz com que um reggae como Love Is my Disease se ajuste com perfeição ao tom do álbum. Sim, há momento de fato banais - em especial, a funkeada This Bed - que não chegam a comprometer o balanço final do álbum. Em The Element of Freedom, Alicia versa sobre corações partidos com atitude. A mesma atitude que parece guiá-la na trilha por música de sotaque mais contemporâneo, pois ainda há alma nessa música.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Em seu ótimo álbum anterior, As I Am (2007), Alicia Keys buscou sons mais atuais em guinada pop que lhe rendeu o poderoso hit No One. Quarto disco de estúdio da cantora e compositora, The Element of Freedom segue de forma mais radical por trilhas contemporâneas - com direito a eletrizante dueto com Beyoncé em Put It in a Love Song. Trata-se de bom disco que, de certa forma, distancia Alicia da artista que debutou (esplendidamente) no mercado fonográfico com Songs in A Minor (2001), álbum devotado às tradições do soul e do r & b. O piano que pontua a balada That's How Strong My Love Is - tocado pela própria Alicia - é um dos poucos elementos que remetem (ainda de longe) à fase inicial da cantora. Aliás, há dose de farta de baladas - como How It Feels to Try e Distance and Time (esta um hit radiofônico em potencial) - entre faixas de tons mais efervescentes e contemporâneos como Love Is Blind e Try Sleeping with a Broken Heart (tema que se destaca no repertório autoral e, não por acaso, já lançado como o segundo single do álbum no exterior, sucedendo Doesn't Mean Anything). Verdade seja dita: Alicia procura soar mais atual sem deixar de seguir um certo padrão de elegância que faz com que um reggae como Love Is my Disease se ajuste com perfeição ao tom do álbum. Sim, há momento de fato banais - em especial, a funkeada This Bed - que não chegam a comprometer o balanço final do álbum. Em The Element of Freedom, Alicia versa sobre corações partidos com atitude. A mesma atitude que parece guiá-la na trilha por música de sotaque mais contemporâneo, pois ainda há alma nessa música.

22 de dezembro de 2009 às 09:55  
Anonymous Anônimo said...

É a Marisa Monte é a " Marisa Monte " do R&B

" ... procura soar mais atual sem deixar de seguir um certo padrão de elegância ... "

22 de dezembro de 2009 às 13:11  

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