12 de novembro de 2009

Barbra reafirma classe em CD urdido por Krall

Resenha de CD
Título: Love Is the Answer
Artista: Barbra Streisand
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Aos 67 anos, a voz de Barbra Streisand já não ostenta a longa extensão que encantou o mundo em 1964 por conta da emblemática gravação de People. Mas a emissão e a afinação continuam perfeitas. E, como a estrela não procura exibir poder vocal no álbum produzido por Diana Krall, Love Is the Answer, o resultado roça a excelência. Não se trata de um disco de jazz, como faz supor o nome da cantora e pianista canadense na produção. Contudo, há delicada ambiência jazzy - urdida pelo quarteto liderado pela própria Krall - que acomoda o punhado de standards reunidos por Barbra no álbum co-produzido por Tommy LiPuma e orquestrado (com uma previsível sofisticação) por Johnny Mandel, que já trabalhara com Barbra no álbum Back to Broadway (1993). Ao lapidar joias como Here's to Life, destaque do repertório, Barbra reafirma sua classe e sua categoria num disco que, se não surpreende, também não decepciona. E, como Krall é admiradora da Bossa Nova, Love Is the Answer eventualmente evoca o suave balanço made in Brazil - em especial em Gentle Rain, tema de Luiz Bonfá (1922 - 2001) letrado por Matt Durey. Outra faixa que envolve o Brasil é Love Dance, a balada de Ivan Lins e Gilson Peranzzetta que já ganhou várias gravações no meio jazzístico norte-americano. Em órbita mais popular, Barbra apresenta versão em inglês de Ne me Quitte Pas - If You Go Away, com correção asséptica que dilui a densidade emocional do clássico do belga Jacques Brel - e revive balada melosa do repertório grupo The Platters, Smoke Gets in your Eyes. Primeiro álbum de estúdio de Barbra em quatro anos, o sucessor de Guilty Pleasures (2005) não é um grande disco. Mas é bom disco suave que honra o nome de La Streisand, cuja popularidade já parece ser mais extensa do que sua voz, a julgar pelo fato de Love Is the Answer ter ido direto para o topo da parada norte-americana ao ser lançado em setembro de 2009, desbancando o álbum da favorita Mariah Carey. Isso é que poder!

9 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Aos 67 anos, a voz de Barbra Streisand já não ostenta a longa extensão que encantou o mundo em 1964 por conta da emblemática gravação de People. Mas a emissão e a afinação continuam perfeitas. E, como a estrela não procura exibir poder vocal no álbum produzido por Diana Krall, Love Is the Answer, o resultado roça a excelência. Não se trata de um disco de jazz, como faz supor o nome da cantora e pianista canadense na produção. Contudo, há refinada ambiência jazzy - urdida pelo quarteto liderado pela própria Krall - que acomoda o punhado de standards reunidos por Barbra no álbum co-produzido por Tommy LiPuma e orquestrado (com uma previsível sofisticação) por Johnny Mandel, que já trabalhara com Barbra no álbum Back to Broadway (1993). Ao lapidar joias como Here's to Life, destaque do repertório, Barbra reafirma sua classe e sua categoria num disco que, se não surpreende, também não decepciona. E, como Krall é admiradora da Bossa Nova, Love Is the Answer eventualmente evoca o suave balanço made in Brazil - em especial em Gentle Rain, tema de Luiz Bonfá (1922 - 2001) letrado por Matt Durey. Outra faixa que envolve o Brasil é Love Dance, a balada de Ivan Lins e Gilson Peranzzetta que já ganhou várias gravações no meio jazzístico norte-americano. Em órbita mais popular, Barbra apresenta versão em inglês de Ne me Quitte Pas - If You Go Away, com correção asséptica que dilui a densidade emocional do clássico do belga Jacques Brel - e revive balada melosa do repertório grupo The Platters, Smoke Gets in your Eyes. Primeiro álbum de estúdio de Barbra em quatro anos, o sucessor de Guilty Pleasures (2005) não é um grande disco. Mas é um bom disco que honra o nome de La Streisand, cuja popularidade já parece ser mais extensa do que sua voz, a julgar pelo fato de Love Is the Answer ter ido direto para o topo da parada norte-americana ao ser lançado em setembro de 2009, desbancando o álbum da favorita Mariah Carey. Isso é que poder!

12 de novembro de 2009 às 00:47  
Anonymous Anônimo said...

Adorei esse álbum justamente pela calma e suavidade dele. É um grande e emocionado disco.

12 de novembro de 2009 às 09:51  
Anonymous Anônimo said...

Da Mariah... e da Madonna! Você se esqueceu que tirou Madonna do top inglês e no americano ela somente chegou a #7 com Celebration.

Em relação à extensão vocal da Barbra... aos 67 anos é difícil manter agilidade vocal, mas este album foi gravado primeiro com um quarteto (orquestra foi adicionada mais tarde), e as canções não foram feitas para grandes proezas vocais, dai ela não exagerar... mas se você der uma olhadela no último DVD (Live Concert 2006) você vê uma cantora de 65 anos a dar uma masterclass de interpretação, força e extensão vocal como ninguém!

12 de novembro de 2009 às 15:17  
Anonymous Anônimo said...

barbra streisand, sem duvida, a melhor cantora do mundo (ou melhor, a mais completa e talentosa do mundo)

12 de novembro de 2009 às 15:28  
Anonymous Anônimo said...

comprei o CD e gostei, concordo que nao surpreende mas não decepciona. é um disco suave, calmo, indicado para um momento mais calmo e apreciação de uma bela voz, arranjos, ... pra viajar ao som da poderosa Streisand.

12 de novembro de 2009 às 19:13  
Anonymous Alexandre Siqueira said...

Barbra foi, é e sempre será Diva, não importa a idade. Uma obra como essa, em tons mais suaves, só vem a somar na sua extensa carreira fonográfica. A única coisa que falta para que ela seja simplesmente perfeita é ela fazer uma turnê no Brasil... Mas como nada nem ninguém é perfeito...

12 de novembro de 2009 às 22:58  
Anonymous Anônimo said...

Pra variar a edição nacional é simples. Foi lançado nos EUA em versão simples e em CD duplo. Cabe a nós Brasileiros baixar da net ao invés de comprar na lojinha ... ja baixei o meu, desde de Outubro ...

13 de novembro de 2009 às 11:40  
Anonymous Anônimo said...

Esse CD não acrescenta nada na carreira de Barbra. Serve apenas para faturar. Mais um que vai ficar encalhado no Brasil. Além de perder o brilho na voz ( a idade está ai pra isso), a faixa Smoke Gets in your eyes tem uma rata em seu agudo que poderia ter sido consertado no estudio. Vale para os colecionadores.

14 de novembro de 2009 às 17:20  
Anonymous Anônimo said...

Enfim uma boa notícia que prova que os americanos, depois de elegerem um democrata tirando aquele republicano beócio, estão recuperando um pouco da noção perdida: Barbra Streisand está vendendo mais que a insuportável Mariah carey.

O mundo ainda pode ter salvação.

16 de novembro de 2009 às 12:11  

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