24 de junho de 2009

Samba de Calixto gira na roda Rio-Minas-Bahia

Resenha de CD
Título: Aline Calixto
Artista: Aline Calixto
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

Nascida no Rio de Janeiro (RJ) há 28 anos, Aline Calixto foi criada em Minas Gerais desde os seis. Tal rota biográfica explica a geografia do samba cantado pela cantora em seu primeiro álbum, Aline Calixto, produzido com elegância por Leandro Sapucahy. Aposta da Warner Music, feita no embalo da crescente popularidade de cantoras como Roberta Sá e Mariana Aydar, Calixto exibe voz bonita e leve, de timbre não exatamente original. Por ironia, Original é o título do vivaz samba que abre o CD. É da lavra de Santão e Sandro Borges, compositores de Viçosa (MG), cidade onde a artista criou raízes. A rigor, o samba reunido por Calixto gira na roda entre Minas (Enfeitiçado, de Affonsinho, é outro bom momento), Rio (vale ouvir O Teu Amor Sou Eu, parceria de Rogê com Arlindo Cruz) e Bahia (Oxossi, obra menor de Roque Ferreira, transita pela vertente afro-brasileira, também explorada em Tudo que Sou, de Toninho Geraes e Toninho Nascimento). A cantora se insinua como compositora em três faixas: Cara de Jiló, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e Você ou Eu. O primeiro samba é especialmente envolvente em seu tom descontraído, típico dos quintais. No todo, Calixto tenta renovar o repertório do samba, mas é sintomático que, ao fim das duas últimas das 13 faixas, peça a bênção aos bambas carioca. Retrato da Desilusão ostenta a grife melódica e poética de Mauro Diniz e Monarco. O mesmo Monarco que - ao lado de Walter Alfaiate, Wilson Moreira e Nelson Sargento - forma o quarteto fantástico que avaliza Aline Calixto ao participar de Uma Só Voz, o samba de Eduardo Krieger (autor também de Saber Ganhar) que fecha o CD. Aline Calixto deixa correta impressão e a certeza de que discos melhores virão.

14 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Nascida no Rio de Janeiro (RJ) há 28 anos, Aline Calixto foi criada em Minas Gerais desde os seis. Tal rota biográfica explica a geografia do samba cantado pela cantora em seu primeiro CD, Aline Calixto, produzido com elegância por Leandro Sapucahy. Aposta da Warner Music, feita no embalo da crescente popularidade de cantoras como Roberta Sá e Mariana Aydar, Calixto exibe voz bonita e leve, de timbre não exatamente original. Por ironia, Original é o título do vivaz samba que abre o CD. É da lavra de Santão e Sandro Borges, compositores de Viçosa (MG), cidade onde a artista criou raízes. A rigor, o samba reunido por Calixto gira na roda entre Minas (Enfeitiçado, de Affonsinho, é outro bom momento), Rio (vale ouvir O Teu Amor Sou Eu, parceria de Rogê com Arlindo Cruz) e Bahia (Oxossi, obra menor de Roque Ferreira, explora a vertente afro-brasileira também explorada em Tudo que Sou, de Toninho Geraes e Toninho Nascimento). A cantora se insinua como compositora em três faixas: Cara de Jiló, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e Você ou Eu. O primeiro samba é especialmente envolvente em seu tom descontraído, típico dos quintais. No todo, Calixto tenta renovar o repertório do samba, mas é sintomático que, ao fim das duas últimas das 13 faixas, peça a bênção aos bambas carioca. Retrato da Desilusão ostenta a grife melódica e poética de Mauro Diniz e Monarco. O mesmo Monarco que - ao lado de Walter Alfaiate, Wilson Moreira e Nelson Sargento - forma o quarteto fantástico que avaliza Aline Calixto ao participar de Uma Só Voz, o samba de Eduardo Krieger (autor também de Saber Ganhar) que fecha o CD. Aline Calixto deixa correta impressão e a certeza de que discos melhores virão.

24 de junho de 2009 às 11:50  
Anonymous Anônimo said...

Mais uma querendo ser Beth Carvalho e Clara Nunes.

24 de junho de 2009 às 13:39  
Anonymous Anônimo said...

Felizmente Mauro, também fiquei com a mesma impressão em relação a cantora depois do Som Brasil Martinho (não posso criticar por enquanto até porque não tenho ainda o cd).
Mas eu gostei bastante de uma cantora revelada pelo Nei Lopes no novo disco dele: Chutando o balde, por sinal maravilhoso, que canta com ele a música Deusas e Devassas. Seria Sanny? Não decorei ainda o nome, mas quando chegar em casa complemento a informação. Abraços,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

24 de junho de 2009 às 15:25  
Anonymous Anônimo said...

Galera da Warner Music vocés já viram a Verônica Ferriani cantar samba? Vejam!A madrinha é a Beth Carvalho...Não preciso dizer mais nada.

24 de junho de 2009 às 18:18  
Anonymous Anônimo said...

Peguem leve!

Já ouviram o CD?

É uma delícia ouvir a Aline Calixto...

24 de junho de 2009 às 23:27  
Anonymous Anônimo said...

Tbm adorei o CD e o Show de lançamento , que foi na loja Modern Sound em Copacabana.Estava toda a velha e nova nata do Samba Carioca: Monarco/Moisés Marques, Walter Alfaiate/Toninho Gerais, Moacir Luz /Edu Griguer...Nelson Sargento, Afonsinho( mineiro)... e o diretor da gravadora e toda equipe da MPB_FM. Gostei bastante di show, da presença de palco da moça, do repertório ( todo inédito ) e dos músicos, de primeira.
Boas novas para Aline Calixto!!!!!!

25 de junho de 2009 às 08:31  
Blogger Leo Antunes said...

Tb fui à Modern Sound no lançamento para atestar o que já tinha visto dela há algum tempo. Como o Mauro falou o timbre não é tão diferenciado, mas a fora e a segurança com que ela canta já dá prazer em ouvir. Gostei das músicas, mas confesso que nenhuma das que eu não conhecia me apaixonou, mas é gostoso de ouvir sim. Vale a pena curtir.

25 de junho de 2009 às 09:22  
Anonymous Anônimo said...

Mariana Aydar "popular"?Só se for entre os críticos,a mídia e o Caetano.

25 de junho de 2009 às 09:34  
Anonymous Diniz said...

Aline gravou dois belos sambas de Edu Krieger. Tem bela voz, apesar de os arranjos do CD serem meio lineares, com uma produção musical apenas correta. Poderia ter feito um trabalho mais ousado, mas é talentosa e merece conquistar seu espaço.

27 de junho de 2009 às 19:35  
Blogger Unknown said...

Como apreciadora da boa música brasileira, tenho alguns comentários a fazer:
Até que enfim, uma cantora de samba com preseça, fui ao show da Modern Sound e me impressionei, a muitos anos não via algo assim.
Com relação ao CD, ela é muito afinada e explora com firmeza seus graves e agudos. No repertório muita gente nova, isso é ótimo, pois traz frescor. Com relação aos arranjos, também concordo com o Diniz, são bons, mas poderiam ter explorado mais.
Acho que Aline vai realmente construir uma carreira promissora, pois dentre tantas mesmices que vejo atualmente ela se destaca inigualavelmente.

Luna

28 de junho de 2009 às 11:31  
Anonymous Anônimo said...

Eu também estava na Modern Sound e adorei o show. Fiquei sabendo que ela fará uma participação com o Grupo Semente no Carioca da Gema no próximo dia 03, aliás o Bernardo do grupo estava lá tb prestiagiando esta grande artista que acaba de chegar para ficar.
Boa sorte Aline !!!!

28 de junho de 2009 às 12:12  
Anonymous Anônimo said...

Estava na Modern Sound e achei o show tão fraquinho.A voz comum.Nada demais.Só que uma multinacional faz a diferença.Tanto que uma cantora muito mediana é assunto aqui.Comprei o CD e achei muito regular.Pra mim tá bom.Um passo em frente,quero a próxima candidata...

28 de junho de 2009 às 17:28  
Blogger helio said...

Não fui a esse show da Modern Sound, que o (a) anônimo aí de cima disse ter sido fraquinho.
Deus do céu, vi essa guria no Som Brasil e me encantei, daí procurei e achei vários vídeos dela... puta que pariu! Acho que você precisa urgentemente ir ao oculista, pois o domínio de palco dela é impressionante. Tenho ouvido as músicas no myspace. Alguém poderia me informar onde encontro o cd dela aqui em Floripa?

28 de junho de 2009 às 22:30  
Anonymous Anônimo said...

Galera, escutem Veronica Ferriani depois voltem aqui e comentem.
Sem mais!

2 de julho de 2009 às 00:49  

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