11 de junho de 2009

Moyseis foca o romantismo autoral na atual fase

Resenha de CD
Título: Fases do
Coração
Artista: Moyseis Marques
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * * 1/2

Moyseis Marques é uma das vozes que se fizeram ouvir no circuito de shows da Lapa, o boêmio bairro do Centro do Rio de Janeiro (RJ) que teve papel fundamental na renovação do público do samba. Em seu segundo disco, Fases do Coração, o cantor tenta se impor como compositor, engatando parceria com Edu Krieger, colaborador de temas como Da Maneira que Ficou (faixa pontuada pelo sax soprano de Samuel de Oliveira), Entre Girassóis (de natureza poética e melódica) e o samba que dá título ao CD, produzido por Paulão Sete Cordas. Como já deixa entrever seu título, Fases do Coração foca o romantismo, mas sem nunca escorregar em terreno brega. Entre a luz melancólica que ilumina Sonho e Saudade (rara joia do alto quilate de Ivone Lara e Délcio Carvalho) e Oitava Cor (obra-prima da lavra de Luiz Carlos da Vila com Sombra e Sombrinha), há a descontração de Pretinha, Joia Rara - o desencanado samba que toca na trilha sonora da novela Caminho das Índias e que atesta a promissora habilidade de Marques como compositor. Fato reafirmado também no serelepe Panos e Planos, criado pelo artista com Luiz Carlos Máximo. Aliás, um dos pontos positivos do disco é a variação de tons. Se Tem Hora (parceria de Moyseis com Zé Paulo Becker) tem ligeiro clima de gafieira, Subúrbio (o mediano samba lançado pelo autor, Chico Buarque, em seu álbum Carioca, de 2006) adquiriu um caráter seresteiro, quase à moda antiga. Enfim, o segundo CD de Moyseis Marques reflete a boa fase vivida tanto pelo samba quanto pelo artista, em batalha para se fazer ouvir além das fronteiras da Lapa.

3 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Moyseis Marques é uma das vozes que se fizeram ouvir no circuito de shows da Lapa, o boêmio bairro do Centro do Rio de Janeiro (RJ) que teve papel fundamental na renovação do público do samba. Em seu segundo disco, Fases do Coração, o cantor tenta se impor como compositor, engatando parceria com Edu Krieger, colaborador de temas como Da Maneira que Ficou (faixa pontuada pelo sax soprano de Samuel de Oliveira), Entre Girassóis (de natureza poética e melódica) e o samba que dá título ao CD, produzido por Paulão Sete Cordas. Como já deixa entrever seu título, Fases do Coração foca o romantismo, mas sem nunca escorregar em terreno brega. Entre a luz melancólica que ilumina Sonho e Saudade (rara joia do alto quilate de Ivone Lara e Délcio Carvalho) e Oitava Cor (obra-prima da lavra de Luiz Carlos da Vila com Sombra e Sombrinha), há a descontração de Pretinha, Joia Rara - o desencanado samba que toca na trilha sonora da novela Caminho das Índias e que atesta a promissora habilidade de Marques como compositor. Fato reafirmado também no serelepe Panos e Planos, criado pelo artista com Luiz Carlos Máximo. Aliás, um dos pontos positivos do disco é a variação de tons. Se Tem Hora (parceria de Moyseis com Zé Paulo Becker) tem ligeiro clima de gafieira, Subúrbio (o mediano samba lançado pelo autor, Chico Buarque, em seu álbum Carioca, de 2006) adquiriu um caráter seresteiro, quase à moda antiga. Enfim, o segundo CD de Moyseis Marques reflete a boa fase vivida tanto pelo samba quanto pelo artista, em batalha para se fazer ouvir além das fronteiras da Lapa.

11 de junho de 2009 às 13:16  
Anonymous Anônimo said...

SALVE, SALVE , SALVE!!!!!!!!!
FUI NO SHOW DE LANÇAMENTO DO CD NO CIRCO VOADOR E REALMENTE ESSE CD É PRIMOROSO. COM CERTEZA M OISÉS AINDA FARÁ UMA LINDA HISTORIA NO NOSSO SAMBA.

SALVE Á LAPA, POR NOS REVELAR TANTOS ÓTIMOS ARTISTAS COMO EDU GRIGUER, MOINHO, ALINE CALIXTO,ALFREDO DEL PENHO, ANA COSTA,SURURU NA RODA, ELISA ADOR...

11 de junho de 2009 às 15:34  
Anonymous Anônimo said...

PS: Esqueci de comentar, essa moça citada acima pelo anônimo, Aline Calixto, também me surpreendeu no Som Brasil do Martinho!
Apesar de ter começou muito mal em Pra que dinheiro e Quem é do mar não enjoa, ela redimiu-se maravilhosamente bem em Madalena do Jucu e em dueto com o Mestre. Tem futuro a moça e risca bonito o chão,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

Mas ainda acho que da geração Lapa os melhores são: Teresa e Pedro Miranda.

12 de junho de 2009 às 08:38  

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