22 de fevereiro de 2009

Tradições da viola à bela moda de Siba e Corrêa

Resenha de CD
Título: Violas de Bronze
Artista: Siba e Roberto
Corrêa
Gravadora: Viola Corrêa
Produções Artísticas
Cotação: * * * *

"Num museu abandonado / Minha memória se esconde / Guardando não sei aonde / Tudo o que eu fiz no passado", embaralha Siba, à moda dos velhos cantadores nordestinos, em Big Brother Mental, um dos 12 temas inéditos de Violas de Bronze, CD que o une a Roberto Corrêa. Um dos grandes violeiros do Brasil, cuja habilidade é atestada em temas instrumentais como Caninana do Papo Amarelo e Jararaca Chateadeira, Corrêa assina com Siba - rabequista projetado nos anos 90 no grupo Mestre Ambrósio e que atualmente desenvolve trabalho solo calcado nas tradições do maracatu rural da Zona da Mata pernambucana - repertório enraizado na música dos sertões mineiros (em Nos Gerais), no canto falado do repente nordestino (em Procissão da Chuvada, de Siba) e nos sons violeiros do vasto mundo rural (em Cara de Bronze, um destaque da safra autoral). Siba e Corrêa cantam, tocam e assinam as músicas deste disco que expõe sem nostalgia a modernidade atemporal dos antigos sons interioranos do Brasil caboclo. Violas de Bronze é CD brilhante.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

"Num museu abandonado / Minha memória se esconde / Guardando não sei aonde / Tudo o que eu fiz no passado", embaralha Siba, à moda dos velhos cantadores nordestinos, em Big Brother Mental, um dos 12 temas inéditos de Violas de Bronze, CD que o une a Roberto Corrêa. Um dos grandes violeiros do Brasil, cuja habilidade é atestada em temas instrumentais como Caninana do Papo Amarelo e Jararaca Chateadeira, Corrêa assina com Siba - rabequista projetado nos anos 90 no grupo Mestre Ambrósio e que atualmente desenvolve trabalho solo calcado nas tradições do maracatu rural da Zona da Mata pernambucana - repertório enraizado na música dos sertões mineiros (em Nos Gerais), no canto falado do repente nordestino (em Procissão da Chuvada, de Siba) e nos sons violeiros do vasto mundo rural (em Cara de Bronze, um destaque da safra autoral). Siba e Corrêa cantam, tocam e assinam as músicas deste disco que expõe sem nostalgia a modernidade atemporal dos antigos sons interioranos do Brasil caboclo. Violas de Bronze é CD brilhante.

22 de fevereiro de 2009 às 13:22  
Anonymous Anônimo said...

"De bronze" é modéstia. Violas de Ouro isso sim. Conheço mais o trabalho de Roberto mas a resenha, além de informativa e "cultural", já disse tudo. Parabéns Mauro.

22 de fevereiro de 2009 às 13:26  

Postar um comentário

<< Home