10 de janeiro de 2009

Ney continua brilhante no show 'Inclassificáveis'


Resenha de Show (Segunda visão)
Título: Inclassificáveis
Artista: Ney Matogrosso (em fotos de Mauro Ferreira)
Local: Canecão (RJ)
Data: 9 de janeiro de 2009
Cotação: * * * * 1/2
Em cartaz de sexta-feira a domingo, até 18 de janeiro
Inclassificáveis é um dos shows mais brilhantes da trajetória de Ney Matogrosso. Em todos os sentidos. O brilho está nos figurinos exuberantes de Ocimar Versolato e, sobretudo, na energia e na postura deste artista que ainda se revela transgressor neste espetáculo politizado que enfileira músicas desconhecidas de compositores da cena indie (Alice Ruiz, Alzira Espíndola, Cláudio Monjope, Dan Nakagawa, Daniel Carlomagno, Fred Martins, Iara Rennó e Pedro Luís, entre outros). E a volta do show à cena carioca - ao Canecão, a casa onde foi gravado o (ótimo) DVD na temporada de janeiro de 2008 - atesta que o brilho também está na maneira com que Ney mantém o espetáculo azeitado, inteiro. Em cartaz desde setembro de 2007, quando estreou de forma silenciosa em Juiz de Fora (MG) um mês antes de chegar a São Paulo (SP) com toda a badalação da mídia, Inclassificáveis não perdeu seu viço (confira aqui a resenha publicada em 22 de outubro de 2007). Ao contrário, o cantor se mostra mais seguro e até mais confortável com o repertório que burilou na estrada. A maior interação com o público no número Por que a Gente É Assim? - Ney está circulando mais pela platéia em vez de fazer seu jogo de sedução somente com os espectadores da primeira fila - é um bom exemplo de como Inclassificáveis vem ficando mais azeitado com o tempo (embora já fosse sedutor desde o início) sem perda de conteúdo. O roteiro, aliás, é o mesmo da estréia. Não é fácil manter um espetáculo intacto ao longo de extensa turnê nacional. A volta em forma de Inclassificáveis à cena carioca mostra que - sob todos os aspectos! - o show permanece brilhante.

16 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Inclassificáveis é um dos shows mais brilhantes da trajetória de Ney Matogrosso. Em todos os sentidos. O brilho está nos figurinos exuberantes de Ocimar Versolato e, sobretudo, na energia e na postura deste artista que ainda se revela transgressor neste espetáculo politizado que enfileira músicas desconhecidas de compositores da cena indie (Alice Ruiz, Alzira Espíndola, Cláudio Monjope, Dan Nakagawa, Daniel Carlomagno, Fred Martins, Iara Rennó e Pedro Luís, entre outros). E a volta do show à cena carioca - ao Canecão, a casa onde foi gravado o (ótimo) DVD na temporada de janeiro de 2008 - atesta que o brilho também está na maneira com que Ney mantém o espetáculo azeitado, inteiro. Em cartaz desde setembro de 2007, quando estreou de forma silenciosa em Juiz de Fora (MG) um mês antes de chegar a São Paulo (SP) com toda a badalação da mídia, Inclassificáveis não perdeu seu viço (confira aqui a resenha publicada em 22 de outubro de 2007). Ao contrário, o cantor se mostra mais seguro e até mais confortável com o repertório que burilou na estrada. A maior interação com o público no número Por que a Gente É Assim? - Ney está circulando mais pela platéia em vez de fazer seu jogo de sedução somente com os espectadores da primeira fila - é um bom exemplo de como Inclassificáveis vem ficando mais azeitado com o tempo (embora já fosse sedutor desde o início) sem perda de conteúdo. O roteiro, aliás, é o mesmo da estréia. Não é fácil manter um espetáculo intacto ao longo de extensa turnê nacional. A volta em forma de Inclassificáveis à cena carioca mostra que - sob todos os aspectos - o show permanece brilhante.

10 de janeiro de 2009 às 13:18  
Blogger Blog do Plástico Bolha said...

O show foi inesquecível em todos os sentidos! O passeio maior do Ney pela platéia então, nem se fala...
Abraços e parabéns pela critica!
Lucas

10 de janeiro de 2009 às 13:38  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

sei que não é o espaço certo para tal comentário, mas não tem outro. A capa do novo álbum da Lily Allen foi divulgada. Cê não vai comentar?

10 de janeiro de 2009 às 19:11  
Anonymous Anônimo said...

Pra um artista multifacetado e brilhante como Ney Matogrosso, não é difícil manter o mesmo roteiro de um show depois de uma longa e comentadíssima turnê. O roteiro deste show é extremamente bem alinhavado, e, mesmo parecendo complexo à primeira audição, o repertório flui c/ impressionante leveza, deixando evidente que Ney se delicia cada vez mais em cena, a cada récita apresentada. Tudo é muito forte e intenso, mas não se desgasta, sempre um prazer pra se ver e ouvir.

11 de janeiro de 2009 às 02:35  
Anonymous Anônimo said...

Inclassificáveis... Eis um espetáculo que vale cada segundo. O repertório é excelente, o visual é lindo, e a entrega de Ney deixa a platéia sem fôlego. Um intérprete absoluto, impecável. Mas o número de platéia (magnífico) c/ maior interação c/ o público, não é novidade: quando o vi em São Paulo pela primeira vez, em abril de 2008, Ney já dava uma longa circulada, indo até a metade da platéia, recebendo beijos e até abraçando os fãs mais afoitos.
Acho que, na verdade, a reação da platéia pode influenciar muito o comportamento de Ney em cena,
deixando a performance dele mais abusada ou não...

11 de janeiro de 2009 às 03:56  
Anonymous Anônimo said...

um espectáculo inesquecível...

Em POrtugal foi uma loucura (pena vc não falar nisso Mauro...).

Todos os jornais e telejornais falaram nesse show... Portugal ficou rendido. Foi lindíssimo ver 5 minutos de palmas no Coliseu do Porto. O Ney teve de voltar depois do Bis, depois das cortinas descerem e as luzes acenderem. 5 minutos depois ainda se ouviam as palmas e nem a música que colocaram (bem alto..) conseguiu abafar o público. Ney voltou apenas para agradecer.

Adorava que ele voltasse a Portugal com esse show... mas duvido né? para já contento-me com Bethânia agora em Fevereiro. Já agora Mauro, sabe que show ela poderá trazer? Não acredito que seja DMTR

Abraço

11 de janeiro de 2009 às 09:15  
Anonymous Anônimo said...

O Tempo passa, o tempo voa e Ney Matogrosso continua numa boa...
Como em qualquer carreira saber se atualizar, estar sempre aprendendo e revendo conceitos ou preconceitos é fundamental.
Ney fez e faz tudo isso.
Vida longa. Valeu.

11 de janeiro de 2009 às 10:03  
Anonymous Anônimo said...

O fato de ter vetado "Calúnias" no recente relançamento de sua obra comprova o já dito.
Esse aí é Mestre, e num país de intérpretes FEMININAS. Não que eu tenha nada contra elas - Deus me livre. É que o cara é raro mesmo.

11 de janeiro de 2009 às 12:13  
Anonymous Anônimo said...

Soube que Ney retornará à Europa na metade do ano, c/ novas apresentações de "Inclassificáveis" já
agendadas em Portugal, Espanha e Itália, só não sei em quais cidades. As apresentações deste show em Portugal foram apoteóticas, mas isso é comum na carreira de Ney. Nossos irmãos portugueses sempre ficam seduzidos por Ney. Também, pudera... esse sabe como hipnotizar uma platéia!

11 de janeiro de 2009 às 22:57  
Blogger Daniel de Mello said...

Por isso que ele é o mestre, so por isso, o camaleao!

11 de janeiro de 2009 às 23:24  
Blogger Flávia C. said...

Um dos melhores espetáculos que já vi na minha vida. Absolutamente emocionante!

Gostaria de poder vê-lo novamente, num ambiente mais propício, pois quando o vi foi num festival, ambiente, digamos, "alternativo". Mas nem por isso menos iluminado! =)

12 de janeiro de 2009 às 10:52  
Blogger Unknown said...

Sou mto feliz de ser brasileiro e contemporaneo do Ney, Ney é irreverente, debochado, rebelde, sensível, sensual, divertido, afindo, musical, simplesmente FORA DE SÉRIE!!!

12 de janeiro de 2009 às 16:22  
Anonymous Anônimo said...

Estou enganado ou é o artista com mais DVD lançado no mercado ?
Não deve ser à tôa...

12 de janeiro de 2009 às 17:59  
Anonymous Anônimo said...

Ney ainda canta muito mas sua performance cênica não coaduna mais com sua compleição física.
Quem viu tantos espetáculos do mesmo Ney em tempos idos deseja ficar com aquela imagem e deixar nosso maravilhoso quase setentão mais de acordo com seu novo tempo. Não se trata de preconceito ou coisinhas do tipo; é puro senso estético.
Achei um tanto melancólico (aliás, em entrevistas, NM me parece cada vez mais melancólico). Parece-me cansado e/ou entediado. Mal humorado.

13 de janeiro de 2009 às 21:03  
Anonymous Anônimo said...

Engraçado, tb percebo isso. NEY tem a máscara dramática que funciona muito bem em cena (M Bethania, Elba Ramalho, tb a tem), achei a concepção visual e sonora deste show impressionantes, mas em entrevistas ele me parece low profile demais...desinteressado, impaciente, sem nenhum senso de humor ou irreverência.

14 de janeiro de 2009 às 17:22  
Anonymous Anônimo said...

As únicas máscaras que Ney usa são as do artista em cena. Quando não está no palco sempre foi autêntico.
Falar o que quer e, às vezes, para poucos que entendem nas entrelinhas é com ele mesmo.
Quando Cazuza morreu foi tanta fofoca... Ele se deu ao trabalho de se preocupar. NÃO! É o Ney.

16 de janeiro de 2009 às 19:20  

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