26 de dezembro de 2008

O balanço de Normando encerra o ano da bossa

Antes que chegue ao fim 2008, o ano marcado na música pelos festejos das cinco décadas da Bossa Nova, chegou um disco que repõe em cena um dos pioneiros do ritmo. Trata-se do CD Balanço com Bossa, o (tardio) primeiro álbum de Normando Santos (visto à direita em foto de Caterine Velasco). Embora nascido em Recife (PE), longe do cenário carioca que viu nascer a batida diferente, o cantor, compositor e violonista já vivia no Rio de Janeiro e integrava a primeira geração bossa-novista quando em 1958 João Gilberto revolucionou a música brasileira com o compacto de Chega de Saudade. Radicado em Paris desde 1963, Normando apresenta no disco 14 temas autorais, incluindo duas inéditas parcerias com Vinicius de Moraes (1913 - 1980), Aconteceu e Lamento do Adeus. Produzido pelo guitarrista conterrâneo Robertinho de Recife, Balanço com Bossa recupera também Depois do Amor e Deixa o Nosso Amor, parcerias de Normando com outro ícone bossa-novista, Ronaldo Bôscoli (1927 - 1994). Entre músicas compostas solitariamente pelo violonista, como Amor no Samba e Conselho, o CD (re)apresenta Castelinho, parceria de Normando e Billy Blanco. A edição de Balanço com Bossa é independente.

6 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Antes que chegue ao fim 2008, o ano marcado na música pelos festejos das cinco décadas da Bossa Nova, chegou um disco que repõe em cena um dos pioneiros do ritmo. Trata-se do CD Balanço com Bossa, o (tardio) primeiro álbum de Normando Santos (à direita em foto de Caterine Velasco). Embora nascido em Recife (PE), longe do cenário carioca que viu nascer a batida diferente, o cantor, compositor e violonista já vivia no Rio de Janeiro e integrava a primeira geração bossa-novista quando em 1958 João Gilberto revolucionou a música brasileira com o compacto de Chega de Saudade. Radicado em Paris desde 1963, Normando apresenta no disco 14 temas autorais, incluindo duas inéditas parcerias com Vinicius de Moraes (1913 - 1980), Aconteceu e Lamento do Adeus. Produzido pelo guitarrista conterrâneo Robertinho de Recife, Balanço com Bossa recupera também Depois do Amor e Deixa o Nosso Amor, parcerias de Normando com outro ícone bossa-novista, Ronaldo Bôscoli (1927 - 1994). Entre músicas compostas solitariamente pelo violonista, como Amor no Samba e Conselho, o CD (re)apresenta Castelinho, parceria de Normando e Billy Blanco. A edição de Balanço com Bossa é independente.

26 de dezembro de 2008 às 19:48  
Anonymous Anônimo said...

Apesar de toda sua importancia no cenário mundial, a Bossa Nova nunca foi sucesso de fato . Mas, as comemorações de seu cinquentenário a colocaram no centro dos holofotes, o que na contabilidade geral foi muito bom. Muita gente ouviu Bossa Nova com ouvidos de neófitos. Roberto Carlos, Menecal, Bebossa, Donato, Valle, Joyce e agora Normando.
Marketing bem feito e bem aplicado.

27 de dezembro de 2008 às 01:49  
Anonymous Anônimo said...

Quem vive de "marketing" é música ruim. Para quem "chegou agora" recomendo boas leituras e audições para evitar frases como "...nunca foi sucesso de fato"(?!).
Eu, hein!
Ah, a Bossa Nova nunca precisou de datas comemorativas para ser lembrada. Por que ? Porque é eterna, nova ou "velha".
Eu, hein!

27 de dezembro de 2008 às 12:52  
Anonymous Anônimo said...

Caro Oliveira,
Marketing não é coisa ruim. Na maior parte das vezes é aplicada de forma oportunista. Mas, não é o fim de tudo.
Eu sempre gostei de Bossa Nova. Mas, sei que no auge da Bossa Nova o país, esse que comprava discos, ouvia rádios, não percebeu a imensidão da Bossa. Ele se eternizou por sua qualidade não por ter sido popular de fato.]Vinícius foi o letrista da Bossa Nova, mas o povo só passou a olhar desta forma quando ele começou a compor com Toquinho coisas de tv. Isso não desmerece ninguém. A Bossa é a Bossa. Mas, daí dizer que ela foi . Basta uma pequena análise nos sucessos de 58, 59 e 60 para ver que a Bossa existia, mas quem dava as cartas eram o samba-canção, o bolero... A Bossa foi representativa nas paradas, mas não era a rainha das paradas.
E, como todo esse marketing, ressaltando as qualidades da BN, com shows de Roberto e Caetano, vários bons livros lançados e relançados, vários e bons discos lançados e relançados, João ainda em ação ( o último da sagrada trindade bossanovista)... Isso é marketing sim. Mas é muito bom. A Bossa se tornou mais popular nesse cinquentenário sim. Setentões e crianças de nove anos cantam e saberm, de uma forma ou de outra que são os pilares da Bossa, até porque isso virou assunto de escola. E por muito tempo Bossa foi assunto de iniciados. Hoje não. O processo é longo, com Manoel Carlos e Gilberto Braga, sempre que podendo, fazendo incluir uma ou outra bossa nas novelas. Isso é ação do bem, é marketingo do bem.
E sobre o não sucesso da Bossa, de campeão de vendas, não é uma afirmação leviana. Leia com cuidado um dos livros citados recentemente pelo próprio Mauro (A Canção do Tempo), dos mestres Zuza e Jairo Severiano, amantes da Bossa. Lá eles falam com mais propriedade que dois simples blogueiros como nós.
Em 58, 59, 60 e 61 a Bossa fazia sucesso, sim. Mas, relativo. Lucho Cachica, Bevenindo Grana, Luiz Vieira e Noite Ilustrada fizeram de fato mais sucesso.
Isso não desmerece a Bossa. Ela é cinquentenária com corpinho de adolescente. Mas, daí a sacanear a observação do alheio pura e simplesmente não é de bom tom,desafina. E todos sabemos que João não desafina. Nem quem sabe apreciar música. Pois, música é harmonia, silêncio ou ruído.

27 de dezembro de 2008 às 13:52  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com Oliveira. Sua afirmação faz sentido. Dizer que a Bossa Nova NUNCA foi sucesso é bobagem mesmo. A Bossa balançou a era do rádio e esgrimou, vencendo em qualidade, com a pobre "Jovem-Guarda".
A Afirmação do 2º anônimo de que o sucesso é relativamente recente é outra bobagem. Fala bem, mas fala equivocado em muitos fatos.
E quanto ao marketing, na maioria das vezes somos nós ouvintes que chegamos ao bom artista e à boa música. O que chega a nós, via marketing, são as ruindades de sempre: baladas bregas, axé, samba com teclado, duplas pseudo-caipiras, galãs oportunistas, "deusas" de cristal (quebram fácil), enfim, A BOA MÚSICA É PROCURADA POR SEU PÚBLICO EXIGENTE, DISPENSA O MARKETING QUE, EM TERMOS MUSICAIS TEM OUTRO NOME: "JABÁ".

27 de dezembro de 2008 às 18:15  
Anonymous Anônimo said...

Obrigado e parabéns pelo comentário anônimo de 27/12 às 6:15h. Falaste bem e a sério o que só insinuei em tom de brincadeira. Mas é isso mesmo. ASSINO EMBAIXO.

28 de dezembro de 2008 às 18:01  

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