1 de novembro de 2008

Bio lembra que Graham ganhou (a) vida no rock

Resenha de Livro
Título: Bill Graham
Apresenta: Minha
Vida Dentro e
Fora do Rock
Autor: Bill Graham e
Robert Greenfield
Editora: Barracuda
Cotação: * * * *

Em 25 de outubro de 1991, um trágico acidente de helicóptero tirou a vida de Bill Graham, aos 60 anos. Lançada em 2004 nos Estados Unidos, a biografia deste lendário empresário do rock chega quatro anos depois ao Brasil para lembrar que este judeu de origem russa, nascido na Alemanha em 1931, ganhou (a) vida no mundo do rock. Não foi por acaso que, em seu enterro, Joan Baez cantou Amazing Grace, encerrando comovida série de homenagens musicais feitas no funeral por nomes como The Grateful Dead e Crosby, Stills, Nash & Young. Não é por acaso também que o prefácio desta biografia - iniciada por Graham e finalizada por Robert Greenfield, ex-editor da revista Rolling Stone - é assinado por ninguém menos do que Pete Townshend, ícone da banda The Who. Graham nunca foi um nome conhecido do tal grande público, mas foi figura de atuação decisiva nos bastidores do rock, sobretudo nos anos 60, década em que criou eventos, como o Fillmore East, que projetaram nomes como Otis Redding (1941 - 1967) e Janis Joplin (1943 - 1970). Escreve Pete Townshend em seu prefácio, com razão, que a biografia de Graham ajuda a definir o que é rock. Pelo maior ou menor envolvimento do empresário em eventos do porte do festival de Woodstock e do concerto Live Aid, o livro descortina os bastidores do rock em narrativa coesa, objetiva e envolvente. Sem nunca ser acadêmica ou patinar em linguagem empresarial, a biografia de Graham expõe a logística às vezes atribuladas das grandes turnês da mesma forma que expõe angústias existenciais de estrelas como Joplin. É, enfim, um relato interessante para todos os que querem entender como funciona, na real, o negócio desse tal de rock'n'roll.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Em 25 de outubro de 1991, um trágico acidente de helicóptero tirou a vida de Bill Graham, aos 60 anos. Lançada em 2004 nos Estados Unidos, a biografia deste lendário empresário do rock chega quatro anos depois ao Brasil para lembrar que este judeu de origem russa, nascido na Alemanha em 1931, ganhou (a) vida no mundo do rock. Não foi por acaso que, em seu enterro, Joan Baez cantou Amazing Grace, encerrando comovida série de homenagens musicais feitas no funeral por nomes como The Grateful Dead e Crosby, Stills, Nash & Young. Não é por acaso também que o prefácio desta biografia - iniciada por Graham e finalizada por Robert Greenfield, ex-editor da revista Rolling Stone - é assinado por ninguém menos do que Pete Townshend, ícone da banda The Who. Graham nunca foi um nome conhecido do tal grande público, mas foi figura de atuação decisiva nos bastidores do rock, sobretudo nos anos 60, década em que criou eventos, como o Fillmore East, que projetaram nomes como Otis Redding (1941 - 1967) e Janis Joplin (1943 - 1970). Escreve Pete Townshend em seu prefácio, com razão, que a biografia de Graham ajuda a definir o que é rock. Pelo maior ou menor envolvimento do empresário em eventos do porte do festival de Woodstock e do concerto Live Aid, o livro descortina os bastidores do rock em narrativa coesa, objetiva e envolvente. Sem nunca ser acadêmica ou patinar em linguagem empresarial, a biografia de Graham expõe a logística às vezes atribuladas das grandes turnês da mesma forma que expõe angústias existenciais de estrelas como Joplin. É, enfim, um relato interessante para todos os que querem entender como funciona, na real, o negócio desse tal de rock'n'roll.

1 de novembro de 2008 às 11:25  

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