5 de novembro de 2008

'La Plata' faz subir cotação do Jota na bolsa pop

Resenha de CD
Título: La Plata
Artista: Jota Quest
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * * * *

A aposta da gravadora Sony BMG é alta: 50 mil cópias, tiragem inicial de respeito em tempos de vendas em queda vertiginosa. Contudo, apesar das oscilações do mercado do disco, La Plata faz subir a cotação do Jota Quest na bolsa pop. No nono título de obra já irregular, o sexto de inéditas, o grupo mineiro investe pesado em grooves antenados. Como de hábito, o autoral repertório transita por um mix de pop, soul (diluído), rock e funk. Contudo, soa coeso como em nenhum outro disco do Jota. E a diferença está na produção, dividida por Liminha com a própria banda. Talvez até porque uma questão de honra, já que foi esnobado por Mario Caldato Jr. e Kassin (a dupla de produtores, inicialmente recrutada para pilotar La Plata, pulou fora do barco dias antes da partida), o quinteto apresenta seu disco mais bem produzido. Com direito a uma grande música: Ladeira, primeira parceria da banda com Nelson Motta, de levada pulsante e sinuosa. Até mesmo nas baladas, como a melodiosa Vem Andar Comigo, o resultado soa acima da média do Jota Quest. No todo, os grooves são tão azeitados que fazem passar despercebidos os questionamentos existenciais feitos em O Grito - faixa de maior ambiência roqueira - e a menor inspiração de uma ou outra faixa, caso da funkeada Tudo me Faz Lembrar Você. Há que se fazer justiça e destacar também a evolução das letras. Neste quesito, Paralelepídedo é destaque com seu jogo lúdico de palavras. Em disco turbinado com muitos efeitos eletrônicos, a exemplo da faixa So Special (reapresentada também como bônus numa versão mixada pelo trompetista Ashley Slater, convidado de três faixas), o Jota Quest consegue fazer pop de bom nível. Seis e Trinta, por exemplo, está entre as melhores composições do grupo. Somente o preconceito dos críticos mais resistentes a nomes populares pode impedir o reconhecimento de que La Plata sinaliza upgrade conceitual no som do grupo. Tomara seus fãs banquem a aposta...

6 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

A aposta da gravadora Sony BMG é alta: 50 mil cópias, tiragem inicial de respeito em tempos de vendas em queda vertiginosa. Contudo, apesar das oscilações do mercado do disco, La Plata faz subir a cotação do Jota Quest na bolsa pop. No nono título de obra já irregular, o sexto de inéditas, o grupo mineiro investe pesado em grooves antenados. Como de hábito, o autoral repertório transita por um mix de pop, soul (diluído), rock e funk. Contudo, soa coeso como em nenhum outro disco do Jota. E a diferença está na produção, dividida por Liminha com a própria banda. Talvez até porque uma questão de honra, já que foi esnobado por Mario Caldato Jr. e Kassin (a dupla de produtores, inicialmente recrutada para pilotar La Plata, pulou fora do barco dias antes da partida), o quinteto apresenta seu disco mais bem produzido. Com direito a uma grande música: Ladeira, primeira parceria da banda com Nelson Motta, de levada pulsante e sinuosa. Até mesmo nas baladas, como a melodiosa Vem Andar Comigo, o resultado soa acima da média do Jota Quest. No todo, os grooves são tão azeitados que fazem passar despercebidos os questionamentos existenciais feitos em O Grito - faixa de maior ambiência roqueira - e a menor inspiração de uma ou outra faixa, caso da funkeada Tudo me Faz Lembrar Você. Há que se fazer justiça e destacar também a evolução das letras. Neste quesito, Paralelepídedo é destaque com seu jogo lúdico de palavras. Em disco turbinado com muitos efeitos eletrônicos, a exemplo da faixa So Special (reapresentada também como bônus numa versão mixada pelo trompetista Ashley Slater, convidado de três faixas), o Jota Quest consegue fazer pop de bom nível. Seis e Trinta, por exemplo, está entre as melhores composições do grupo. Somente o preconceito dos críticos mais resistentes a nomes populares pode impedir o reconhecimento de que La Plata sinaliza upgrade conceitual no som do grupo. Tomara seus fãs banquem a aposta...

5 de novembro de 2008 às 16:38  
Blogger Alexander said...

Se metade das banda pop rock nacional que estão na midia, fossem igual ao jota o brasil seria mais feliz.

Adorei "La Plata", garntia de boa compra.

5 de novembro de 2008 às 19:10  
Blogger Unknown said...

É brincadeira o que puxa para as bandas mineiras!!!
O cds novos do skank e do Jota Quest estam no mínimo muito ruins!! E só vê elogios!!!! Que bela crítica!! Parabéns!

6 de novembro de 2008 às 08:57  
Anonymous Anônimo said...

Tá bom , tá bom ... Admito que gostei de " La Plata "

Me refiro a canção/clipe pois o cd não ouvi !

6 de novembro de 2008 às 18:33  
Blogger Ju Bolze said...

Amo Jota Quest!
Sou suspeita pra falar, mas "La Plata" veio pra arrebentar...

Adorei a resenha!:)

Abraço!

7 de novembro de 2008 às 15:26  
Blogger KeL Faria said...

"La Plata" veio para mostrar a qualidade musical do Jota Quest!Sempre gostei do som desses meninos,nunca fui uma fã louca (por nenhuma banda que admiro), mas sempre "pago pau" por essas bandas e Jota Quest é uma que não sai do meu Mp3/Carro!O novo cd é algo inusitado e super bacana!Estive no show aqui em Vitória (07/11) e juro que além das 7 músicas novas que tocaram no show,queria o cd inteiro,pois em 2 dias me apaixonei pelo cd e não para mais de tocar e já comprei p/ dar de presente!Pq música boa é pra ser ouvida!
Paz e música,sempre!
E Mauro,parabéns pela crítica,vc sabe o que diz!!
Rachel - Vitória/ES

10 de novembro de 2008 às 23:39  

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