27 de novembro de 2008

Filme de Marisa deveria ser bom extra do show

Resenha de DVD + CD
Título: Infinito
ao meu Redor
Artista: Marisa Monte
Gravadora:
Phonomotor
/ EMI Music
Cotação: * * *

Nas lojas desde 14 de novembro de 2008, o kit de DVD e CD de Marisa Monte, Infinito ao meu Redor, frustra por perder a oportunidade de registrar um dos shows mais refinados feitos no Brasil. Universo Particular - o espetáculo visto por 750 mil espectadores ao longo de 18 meses de uma turnê que passou por 50 cidades de 15 países de cinco continentes - gerou mais um DVD de caráter documental. A idéia (até boa) foi fazer um filme que acompanhasse todo o processo de criação e lançamento de um disco - no caso, os dois álbuns editados em março de 2006, Infinito Particular e Universo ao meu Redor - bem como a dura rotina da turnê gerada a partir desse disco. Narrado pela própria Marisa, que assina o roteiro com Cláudio Torres, o documentário de 65 minutos tem tom superficial e, por vezes, até didático. Não vai fundo na exposição do jogo de poder que envolve artistas, assessores e imprensa quando a notícia é o lançamento de um disco de uma estrela de primeira grandeza - como Marisa Monte. No começo, o filme dirigido por Vicente Kubrusly até parece que vai descortinar de fato esses bastidores, mostrando a rotina cansativa das entrevistas promocionais em que artistas são obrigados a dar incontáveis vezes a mesma resposta para perguntas que pouco ou nada variam. Contudo, a narrativa logo segue por caminhos mais convencionais e, ao mostrar o cotidiano da estrada, entre hotéis e aeroportos, acaba se assemelhando a um típico making of inserido nos extras de DVD de shows. Aliás, o filme deveria ser o saboroso extra de um DVD que perpetuasse o show Universo Particular na íntegra. Mas o extra, no caso de Infinito ao meu Redor, é a própria música - a rigor, o motor que aciona toda a poderosa engrenagem do showbiz parcialmente documentada por Marisa no filme. Do roteiro do espetáculo, urdido com ambiência cinematográfica, chegam ao DVD (e ao CD que vem como bônus) nove músicas captadas na filmagem da turnê em 13 de agosto de 2006 na casa Citibank Hall, no Rio de Janeiro (RJ). Entre elas, figura Não É Proibido, a parceria inédita de Marisa com Dadi e Seu Jorge que vem reinando nas rádios desde setembro, devolvendo à cantora a popularidade perdida entre o chamado povão, que não se deixou seduzir pela sonoridade sofisticada dos CDs Infinito Particular e Universo ao meu Redor. E, nesse quesito, Marisa Monte merece palmas pela habilidade de ser popular sem perder a classe. Não É Proibido é uma delícia como os doces listados na letra da lúdica música, cujo balanço remete aos sucessos de Tim Maia (1942 - 1998) na década de 70. Outro hit em potencial, Pedindo pra Voltar transita em atmosfera brega-chique em registro que está a anos-luz à frente da primeira gravação da canção de Carlinhos Brown e Alain Tavares, lançada pelo grupo Timbalada no álbum Alegria Original (2006). Dentre as nove músicas (Alta Noite, Carnavália, Aconteceu, Pernambucobucolismo e os temas que deram título aos dois álbuns de 2006), a autoral Mais Uma Vez merece menção especial por ser semi-inédita. A canção tinha sido registrada pela cantora somente num breve take de Barulhinho Bom, outro vídeo de tom documental lançado por Marisa, mas com resultado mais satisfatório do que Infinito ao meu Redor.

34 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Nas lojas desde 14 de novembro de 2008, o sexto DVD de Marisa Monte, Infinito ao meu Redor, frustra por perder a oportunidade de registrar um dos shows mais refinados feitos no Brasil. Universo Particular - o espetáculo visto por 750 mil espectadores ao longo de 18 meses de uma turnê que passou por 50 cidades de 15 países de cinco continentes - gerou mais um DVD de caráter documental. A (boa) idéia foi fazer um filme que acompanhasse todo o processo de criação e lançamento de um disco - no caso, os dois álbuns editados em março de 2006, Infinito Particular e Universo ao meu Redor - bem como da rotina da turnê gerada a partir desse disco. Narrado pela própria Marisa, que assina o roteiro com Cláudio Torres, o documentário de 65 minutos tem tom superficial e, por vezes, até didático. Não vai fundo na exposição do jogo de poder que envolve artistas, assessores e imprensa quando a notícia é o lançamento de um disco de uma estrela de primeira grandeza - como Marisa Monte. No começo, o filme dirigido por Vicente Kubrusly até parece que vai descortinar de fato esses bastidores, mostrando a rotina cansativa das entrevistas promocionais em que artistas são obrigados a dar incontáveis vezes a mesma resposta para perguntas que pouco ou nada varia. Contudo, a narrativa logo segue por caminhos mais convencionais e, ao mostrar o cotidiano da estrada, entre hotéis e aeroportos, acaba se assemelhando a um típico making of inserido nos extras de DVD de shows. Aliás, o filme deveria ser o saboroso extra de um DVD que perpetuasse o show Universo Particular na íntegra. Mas o extra, no caso de Infinito ao meu Redor, é a própria música - a rigor, o motor que aciona toda a poderosa engrenagem do showbiz parcialmente documentada por Marisa no filme. Do roteiro do espetáculo, urdido com ambiência cinematográfica, chegam ao DVD (e ao CD que vem como bônus) nove músicas captadas na filmagem da turnê em 13 de agosto de 2006 na casa Citibank Hall, no Rio de Janeiro (RJ). Entre elas, figura Não É Proibido, a parceria inédita de Marisa com Dadi e Seu Jorge que vem reinando nas rádios desde setembro, devolvendo à cantora a popularidade perdida entre o chamado povão, que não se deixou seduzir pela sonoridade sofisticada dos CDs Infinito Particular e Universo ao meu Redor. E, nesse quesito, Marisa Monte merece palmas pela habilidade de ser popular sem perder a classe. Não É Proibido é uma delícia como os doces listados na letra da lúdica música, cujo balanço remete aos sucessos de Tim Maia (1942 - 1998) na década de 70. Outro hit em potencial, Pedindo pra Voltar transita em atmosfera brega-chique em registro que está a anos-luz à frente da primeira gravação da canção de Carlinhos Brown e Alain Tavares, lançada pelo grupo Timbalada no álbum Alegria Original (2006). Dentre as nove músicas (Alta Noite, Carnavália, Aconteceu, Pernambucobucolismo e os temas que deram título aos dois álbuns de 2006), a autoral Mais Uma Vez merece menção especial por ser semi-inédita. A canção tinha sido registrada pela cantora somente num breve take de Barulhinho Bom, outro vídeo de tom documental lançado por Marisa, mas com resultado mais satisfatório do que Infinito ao meu Redor.

27 de novembro de 2008 às 08:37  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

Tive a mesma impressão que você. No início do DVD, fiquei achando que finalmente alguém teria a coragem de abordar os meandros sombrios que envolvem a indústria de entretenimento (não me refiro mais a indústria cultural, pois essa morreu..) brasileira.

Mas fiquei decepcionado. No DVD, MM aborda superficialmente assuntos como a independência contratual (que eu saiba única) que ela sempre teve na sua carreira, o patrocínio da Natura totalmente dispensável para a sua turnê milionária (e ainda utilizando recursos da Lei Rouanet, ou seja, o nosso dinheiro) e a intervenção na EMI-Odeon brasileira por fraude contábil.

E sequer toca na questão do jabá. E não fala também dos conflitos e discussões que surgem durante qualquer processo criativo (até parece que um show desse porte nasceu assim fácil, fácil...)

Ficou com cara de making of, mesmo.

Só que ainda teve a crueldade de lançar essa monstruosidade que a música "Não é Proibido". Isso realmente eu não perdôo.

abração,
Denilson

27 de novembro de 2008 às 09:00  
Anonymous Anônimo said...

Ela adora produtos duplos e caros, desde "Barulhinho Bom".

27 de novembro de 2008 às 09:17  
Anonymous Anônimo said...

Acaba sendo mais um produto oportunista em cima do mito da cantora - que já foi e não é mais por conta de um repertório duvidoso berando a breguice.

27 de novembro de 2008 às 10:04  
Anonymous Anônimo said...

O maior problema da Marisa é querer fazer dvd com documentário. Eu acho uma chatice só! O único que eu gostei dela é justamente o Memórias, crônicas e declarações de amor.
Prefiro mil vezes um show gravado do que isso aí! E discordo totalmente do discurso do anônimo acima: "mito da cantora - que já foi e não é mais por conta de um repertório duvidoso beIrando a breguice".
E mais uma vez lamento por não ter o show na íntegra. Tantas músicas lindas principalmente no cd de samba que ficaram de fora! Ainda não comprei mas seria um pecado não ter Meu Canário! Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

PS: Marisa (como Beth, Bethânia, Roberta,...) é refinada,tem bom gosto! Outra classe!
Algumas outras fazem o fubá com farinha e feijão agradando a grande massa.

27 de novembro de 2008 às 10:23  
Anonymous Anônimo said...

DECEPÇÃO TOTAL ! desde que fiquei sabendo que seria um documentário, aqui mesmo neste blog, já fiquei triste, pois depois de tantos anos, nós consumidores de MÚSICA, esperávamos um DVD com o SHOW na íntegra. Além do DVD ser muito caro, o CD vem só com 9 músicas, poderia pelo menos ter o áudio do show completo. O documentário é CHATÉRRIMO, pra assistir uma única vez, Marisa narrando é medonho, parece coisa de escola infantil.
Ou seja: UMA PORCARIA. A única coisa que presta são os 9 trechinhos do show que vem como EXTRA, por ironia do destino. Não sei se culpo a Marisa ou a EMI, por perderem a oportunidade de lançarem o show na íntegra. Mas eu que esperei tanto por esse DVD só posso dizer: TRANQUEIRA, se puder peça emprestado ou pirata, não gaste seu dinheiro com isso.

Edu - abc

27 de novembro de 2008 às 10:37  
Anonymous Anônimo said...

Sempre ele, Denilson, o cara.
O assunto jabá ela ia falar mesmo. Jabá é uma coisa assim, tipo todo mundo tem seu preço. Só que cada um vale uma coisa.... Essa é uma praga que irá persistir e quem tá dentro não fala e quem tá fora, muitas vezes, só está porque não tem como pagar....
Mas que tinha ser o show, tinha.
E tem mais, uma vez a gente vê o documentário, mas depois quer ver apenas as músicas e isso deveria ter um menu especial. Software pra isso é fácil, qualquer nerd desenvolve. Quem fizer isso irá se impor. Pois, tem coisas que são legais de ver, mas só fanáticos vem o mesmo filme mais de cinco vezes ( e isso já é muito).
Um novo dvd , com extras show, na proxima fornada, por favor, querida MM.

27 de novembro de 2008 às 10:37  
Blogger Márcio said...

Marcelo, continuo respeitando Marisa Monte como cantora e comprando seus CDs, mas achei uma sacanagem imperdoável o fato de ela, ao passar por Brasília em sua última turnê (essa mesma do documentário), ter escolhido o pior lugar possível para o show, o ginásio de esportes Nilson Nelson, lugar abominável para se ouvir música com um mínimo de qualidade que seja. Achei um desrespeito para com o público desta cidade, que sempre lotou as apresentações da cantora no passado - as que acompanhei foram no hoje fechado Americel Hall e na Esplanada dos Ministérios, ambas com som impecável! Me recusei a ir vê-la em ginásio de esportes, escolha gananciosa da produção da própria artista, que visou apenas reunir o maior número possível de pagantes numa única data. Lamentável!

27 de novembro de 2008 às 11:24  
Blogger kid kidzinho said...

legal me add ai pra gente trocar idéias sobre seu gosto apurado amigão!!!
jeantecnoffice@hotmail.com

27 de novembro de 2008 às 12:04  
Blogger O blog said...

Trabalho numa loja de música e quando vejo alguém pegando o DVD para comprar eu aviso que é só documentário. Aí a pessoa desiste da compra. Eu tb detestei o novo DVD. Tudo bem que ela não precisa ser igual Djavan, que coloca todos seus sucessos em todos os DVD's, mas poderia ter adicionado mais músicas referentes aos seus últimos discos. E ainda mais é o preço! Muito caro, pois não asi menos que 50 reais. Nota Zero para ela.

27 de novembro de 2008 às 12:08  
Anonymous Anônimo said...

Marisa é mara!

27 de novembro de 2008 às 13:00  
Anonymous Anônimo said...

O ENGRAÇADO É QUE SE A MARISA TIVESSE LANÇADO O DVD NO FORMATO DE REGISTRO DE SHOW,TODO MUNDO ESTARIA FALANDO QUE ELA TERIA ESCOLHIDO O CAMINHO COMUM.
DARIA DSICUSSÃO DO MESMO JEITO...
NÃO SOU FANÁTICO,MAS AMO ESSA MULHER...
SÓ PELA PRESENÇA DO REGISTRO DE "MAIS UMA VEZ" JÁ VALE O INVESTIMENTO,MESMO QUE SALGADO...NEM TANATO TAMBÉM...
AHH QUER SABER???
MARISA É ÓTIMA DE QUALQUER JEITO...

ITAMAR DIAS

itamardias@gmail.com

PS- É INCRÍVEL COMO QUALQUER NOTA SOBRE MARISA FAZ ESTE BLOG BOMBAR....

27 de novembro de 2008 às 13:15  
Anonymous Anônimo said...

Marcio,

Eu até concordo que a acústica não seja das melhores no Nilson Nelson mas você sabe muito bem que os preços dos ingressos das turnês em Brasília são totalmente inflacionados. Muitos chegam a trocar de carro.... e você também há de saber que é esse o boato que corre no meio (quanto à expectativa de pagantes na cidade).
Eu fui ao show no Nilson Nelson, na Esplanada (Pão Music, um dos melhores!) mas infelizmente não tive coragem de dar R$ 200,00 no Americell Hall! Não porque Marisa Monte não valesse, mas é totalmente absurdo cobrarem um preço desses! Desrespeito com os fãs! Forte abraço pra você,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

27 de novembro de 2008 às 14:09  
Anonymous Anônimo said...

Dona Marisa Monte mais uma vez acerta. Inverteu o processo, desconstruio o produto DVD.
Colocou o making Off na parte principal e um pocket show nos extras.
Achei o documentário muito bem feito. Bem amarrado e narrado, não fica cansativo. Acima de tudo, me passou honestidade.
É claro que ela não ia se aprofundar nos "meandros sombrios" do showbizz, ela nunca foi polêmica, não ia ser agora que seria. É basicamente um filme comemorativo dos seus 20 anos de estrada.
Quanto a música Não é Proibido, aqueles docinhos não são tão lúdicos como se imagina.
"Manda um email para Joana"(Maria Joana/ Marijuana)
"Fala para o Peixoto chegar aí"(imagino que seja o Marcelo D2)
Enfim, é uma música cifrada e claramente homenageia o grande Tim.
Lá atrás, em Chocolate(do Tim Maia), ela já soltava um "legalize marijuana".
Uma coisa puxa a outra(chocolate/docinhos/Tim Maia/Marijuana)as coisas se fecham, ficando tudo em casa.
Gosto muito da música! Tem ritmo e melodia.
Vida longa para quem foge do óbvio!
A carreira dela é irrepreensível, sob todos os aspectos, que venham os próximos 20 anos.

PS: Pernambucobucolismo ficou muito linda no DVD, cresceu demais!

Jose Henrique

27 de novembro de 2008 às 15:54  
Blogger Márcio said...

Marcelo, me recordo bem que no show de Marisa Monte no finado Americel Hall, pagava meia (R$100) quem doasse um agasalho (novo ou usado) na hora, e foi esse o meu caso. O som teve qualidade perfeita! Não sei quanto você pagou para vê-la em 2008 no Nilson Nelson, mas, julgando por suas opiniões sempre criteriosas aqui no fórum, duvido que tenha se satisfeito com a qualidade técnica do som naquele ginásio. Sei que o preço dos ingressos de shows em Brasília é normalmente inflacionado em comparação com outras praças, mas sei também que, ao contrário da maioria dos artistas que aqui vêm, foi a produtora da própria Marisa Monte, sem intermediação local, que decidiu pela escolha do Nilson Nelson. Se o fez, foi por usura, ganância, ignorando o conforto e a qualidade sonora para o público, e é isso que não perdôo numa cantora como ela, que sempre tem buscado a excelência no que faz. Um abraço!

27 de novembro de 2008 às 17:06  
Anonymous Anônimo said...

Não É Proibido, essa eu ainda não ouvi. Pelos comentários, nem vale a pena... mas pelo jeito vai ser inevitável ouví-la. Tá com cara de que foi feita pra tocar no rádio.

Essa outra, semi-inédita, Mais uma vez, conheço do DVD Barulhinho Bom e acho simplesmente tenebrosa... brega que dói. Ficaria perfeita com uma dupla de sertanejos.

27 de novembro de 2008 às 17:41  
Anonymous Anônimo said...

admiro Marisa pra caramba, por sua integridade artística e já fui muito fã. Hoje não sou mais porque a qualidade do repertório dela caiu muito sim.
Um outro problema que vejo nela de uns dez anos pra cá é que, às vezes, com a melhor das intenções (fazer algo diferente) o trabalho dela soa pretencioso pra caramba, como esse DVD por exemplo. Que vi, mas não comprei, como faço há algum tempo.

27 de novembro de 2008 às 18:31  
Anonymous Anônimo said...

DVD é para ser show!
Perde-se esta mídia com documentários cansativos ou, no mínimo, do tipo para se ver uma vez e... lixo.
Marisa realmente tem essa péssima mania de lançar seus trabalhos em DVD neste formato chaaaaaaato.
Consumidor de música quer... música!
Making of, entrevistas, etc. são dispensáveis, "Documentário" então nem se fala. Pena perdermos a chance de ter este belo show na íntegra.
É só para os fãs de carteirinha mesmo.

27 de novembro de 2008 às 18:55  
Anonymous Anônimo said...

Desde que percebi a alusão da letra do Não é Proibido com o consumo de droga (especialmente maconha/marijuana/joana) descurti. Não sou nadinha moralista mas não sou alienado, e - por experiência própria - não corroboro absolutamente nada que sugira descontração e leveza neste consumo.
Toda a letra sugere a 'larica' que não diferencia jujuba de pipoca; bananada de queijadinha. E arremata com um 'tá liberado'.
Tá não, Marisa. Tá não, embora - viva! - esteja liberado o direito da cantora de aludir ao que quiser. E o meu de lamentar a sua escolha.

27 de novembro de 2008 às 20:55  
Anonymous Anônimo said...

tive a mesma impressão sobre o dvd.
marisa podia ter ao menos escolhido canções que no show tinham belíssimo impacto visual como segue o seco, vilarejo, meu canário.
e o documentário é realmente fraco, com poucos belos momentos.
mais e barulinho bom preenchem com maior destreza esta lacuna.
uma pena.

27 de novembro de 2008 às 22:44  
Anonymous Anônimo said...

Gente, a Marisa Monte (assim como a Bethânia) está acima do bem e do mal. Elas podem tudo! Morram de reclamar aí, pois elas só fazem o que querem e do jeito que querem!

28 de novembro de 2008 às 00:24  
Blogger O blog said...

O fato é que ela não se apresenta em todas as cidades brasileiras e quem não pôde ter ido a um de seus shows, poderia pelo menos ter a chance de assistir no DVD.

28 de novembro de 2008 às 00:55  
Anonymous Anônimo said...

TB TÔ FORA COM QQUER TIPO DE APOLOGIA À DROGA, POR MAIS FESTIVA E DESCONTRAÍDA QUE SEJA.
ALIÁS, MM DÁ UMAS BELAS ESCORREGADAS EM TERMOS DE REPERTÓRIO, E SUA RESPIRAÇÃO CONTINUA SOFRÍVEL.
ASSISTI AO SHOW EM SP E GOSTEI DA PRODUÇÃO E CONCEPÇÃO. MM CONSEGUE ALGUMA ELEGÂNCIA CÊNICA MAS A AMEAÇA COM IRRITANTE FACILIDADE.

28 de novembro de 2008 às 07:02  
Anonymous Anônimo said...

Marcio,

Como escrevi, realmente a acústica não é das melhores no Ginásio Nilson Nelson mas o que eu percebi dessa vez no show foi uma tentativa de popularizar ainda mais a Marisa. Pra você ter idéia os preços variavam de R$ 20,00 a R$ 300,00. Não fiquei no melhor dos lugares mas posso te garantir que curti bem mais o show realizado na Esplanada (Pão Music). E olha que deveria ter sido o contrário até porque o outro era um show gratuito mas, de qualquer forma esse do NN não foi o pior show que assisti na Capital Federal. Abração,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

PS: Também compartilho da opinião de que Marisa Monte é uma das maiores cantoras desse país. O repertório pode ter dado uma decaída no que diz respeito ao lado Pop/MPB (desde Memórias, crônicas....) mas continuo gostando e MUITO da qualidade do Universo ao meu redor (MPB/Samba). Lindo demais e um de seus melhores discos de carreira.
PS2: Gostaria imensamente de saber se disponibilizarão em cd o filme O Mistério do Samba. Bravo Marisa, até hoje eu não esqueço a beleza do seu canto na gravação de Sofrimento de quem ama (Alberto Lonato. Logo eu que considerava imbatível a gravação da saudosa Clara Nunes.

28 de novembro de 2008 às 08:58  
Anonymous Anônimo said...

Esta música ficaria ma-ra-vi-lho-sa na interpretação de Wanderléia.
Marisa, grande cantora, não tem o tchicathcicabum que a canção exige.

Bem, não tinha relacionado com marijuana, but.....já sou uma jovem senhora.....inocente.

28 de novembro de 2008 às 15:09  
Anonymous Anônimo said...

Marisa Monte ainda acha que está em 1988....

28 de novembro de 2008 às 16:51  
Anonymous Anônimo said...

A verdade é que o mito em torno da cantora é maior que a - essencial - obra. Amo mas não gostei de " Não é proibido " ...

28 de novembro de 2008 às 18:43  
Anonymous Anônimo said...

Não concordo que tenha se criado um "mito exagerado" em torno de Marisa.
Ela foi uma das responsáveis pelo retorno da boa MPB a este país, já que em 1988 até nosso(a)s belo(a)s intérpretes escorregavam para a música brega-romântica-comercial (com exceção sempre de Bethânia) e nossos grandes compositores lançavam discos de 4 em 4 anos (por preguiça ou escassez do talento abundante dos anos 70).
Repito que o problema, se é que é problema, é que Marisa está sempre querendo renovar, o que passa uma idéia de insegurança. Ela não precisa! Já foi a responsável pelo resgate importante supracitado e bastaria manter seu estilo lindo de cantar e compor, sem enveredar por caminhos obscuros em busca da constante novidade. Não precisa. E ainda corre o risco de tropeçar numa pedra ou torcer o pé em um buraco. Ela fez sua estrada, não precisa inventar!

29 de novembro de 2008 às 00:20  
Anonymous Anônimo said...

Lia, acho o contrário, ela demonstrou que tem borogodó.

PS: Nêgo ainda reclama dá respiração? Com aquele nariz, se ela respirar direito acaba o ar.

Jose Henrique

29 de novembro de 2008 às 02:30  
Anonymous Anônimo said...

FLÁVIO HERCULANO...
A MÚSICA "MAIS UMA VEZ" JÁ FOI GRAVADA POR UMA DUPLA SERTANEJA...
CHICOTINHO & SALTO ALTO GRAVARAM EM DISCO LANÇADO PELA FINADA RGE EM 1989/90...
ALIÁS A GRAVAÇÃO DUPLA MARIVILHOSAMENTE BREGA...LINDÍSSIMA...
TENHO O DISCO ATÉ HOJE EM BOM E VELHO VINIL...

REALMENTE VC TEM RAZÃO ELA É PERFEITA PARA O GÊNERO SERTANEJO...
PRINCIPALMENTE SE LEVARMOS EM CONTA,QUE MAIS DO GÊNEROS,O QUE EXISTE É MÚSICA BOA E MÚSICA RUIM..

ITAMAR DIAS

itamardias@gmail.com

29 de novembro de 2008 às 16:31  
Anonymous Anônimo said...

Chicotinho e Salto Alto? Meu Deus esse mundo está perdido! Eu sinceramente teria vergonha de escrever isso aqui! Parabéns pela coragem Itamar! Jeeeesuuuuus!

29 de novembro de 2008 às 20:44  
Anonymous Anônimo said...

Parabén também Itamar.
Viva a Democracia!
Defender a porcaria e o lixo com essa coragem não é para qualquer um.
E tens razão, independente de gênero, só existe música boa ou ruim, O PROBLEMA É QUE TEM CERTOS SONS QUE NÃO DÁ PARA CHAMAR DE MÚSICA.
De qualquer forma, volto a reforçar os elogios. Defenda o que gostas.

30 de novembro de 2008 às 13:03  
Anonymous Anônimo said...

Chicotinho e Salto Alto era uma dupla irônica irreverente que tinha, na sua composição, ninguém menos que a cantora Kátia B. tambem tenho o vinil e acho muito divertido... Agora essa proibida aí da marisa é um chiclete sem açúcar.

1 de dezembro de 2008 às 23:43  
Blogger Pedro Progresso said...

Mauro,
você comete um erro terrível ao classificar um documentário como Infinito ao meu redor como algo que pudesse ser um making of de um show.

Discordo totalmente. Eu, assim como você, acredito, já assisti a centenas de extras de dvds, entrevistas de bastidores, essas coisas. Mas não sei se você já assistiu à mesma quantidade de documentários que eu assisti pra poder dizer que Marisa conseguiu chegar a linguagem de documentário de verdade. Seja na edição, na fotografia, na narrativa. Foi uma abordagem que ultrapassou muito, mas muito o making of.

O que acontece é: Marisa partiu de um show muito bem feito que seria mais interessante que um documentário. Issso ninguém pode discordar, o show teve mais a dizer do que o doc.
Mas é injusto se comparar esse Infinito ao meu redor com o Barulhinho bom, que de documentário não tem nada. É muito mais como um especial com convidados (que ela já vinha fazendo desde Mais). Não tem a preocupação que teve esse de documentar.

Sou a favor do show, pro que embora Marisa tenha alcançado um status de documentário verdadeiro e regular (e que pelo custo/produção jamais poderia ter os dois - show e doc.), eu ainda sou fã da cantora e não da empresária-estrategista (que eu admiro também) e lógico que quero ouvir as canções e ter acesso ao show sempre.
Embora eu acredite que 10 entre 10 cantoras novas (e grande parte das antigas também) precisasse de um desses pra aprender. Por que Marisa se mostra muito inteligente no que faz.

9 de dezembro de 2008 às 00:22  

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