7 de outubro de 2008

Wilson ainda se queima ao sol pop da Califórnia

Resenha de CD
Título: That Lucky
Old Sun
Artista: Brian Wilson
Gravadora: Capitol
Records / EMI Music
Cotação: * * * 1/2

Aos 66 anos, Brian Wilson parece ter estacionado na juventude e em algum ponto da Califórnia dos anos 60. That Lucky Old Sun - o primeiro álbum de inéditas do eterno Beach Boy desde Smile, o disco inacabado daqueles tempos praieiros, enfim apresentado em 2004 - é mais uma boa viagem do compositor ao pop ensolarado do Sul californiano. Trabalho de cunho autobiográfico, o CD até inventaria as perdas e danos de Wilson em faixas como Oxygen to the Brain. Contudo, qualquer eventual melancolia é dissipada pelo calor das harmonias vocais do compositor e, no quesito, ele permanece um mestre. Pelo título de algumas músicas, como Forever She'll Be my Surfer Girl e a deliciosa Good Kind of Love, já dá para perceber a atmosfera nostálgica que permeia o disco. Embora o repertório não seja tão coeso quanto o de Smile, há alguns momentos realmente ensolarados como a faixa-título, cover de um sucesso de Frankie Laine em 1949. Até Mexican Girl - que incorpora ao pop de Wilson a batida kitsch da música dos mariachis - desce bem nesta viagem íntima e pessoa de um artista fiel à sua onda inicial. E o fato é que o sol ainda brilha para Wilson.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Aos 66 anos, Brian Wilson parece ter estacionado na juventude e em algum ponto da Califórnia dos anos 60. That Lucky Old Sun - o primeiro álbum de inéditas do eterno Beach Boy desde Smile, o disco inacabado daqueles tempos praieiros, enfim apresentado em 2004 - é mais uma boa viagem do compositor ao pop ensolarado do Sul californiano. Trabalho de cunho autobiográfico, o CD até inventaria as perdas e danos de Wilson em faixas como Oxygen to the Brain. Contudo, qualquer eventual melancolia é dissipada pelo calor das harmonias vocais do compositor e, no quesito, ele permanece um mestre. Pelo título de algumas músicas, como Forever She'll Be my Surfer Girl e a deliciosa Good Kind of Love, já dá para perceber a atmosfera nostálgica que permeia o disco. Embora o repertório não seja tão coeso quanto o de Smile, há alguns momentos realmente ensolarados como a faixa-título, cover de um sucesso de Frankie Laine em 1949. Até Mexican Girl - que incorpora ao pop de Wilson a batida kitsch da música dos mariachis - desce bem nesta viagem íntima e pessoa de um artista fiel à sua onda inicial. E o fato é que o sol ainda brilha para Wilson.

7 de outubro de 2008 às 12:17  

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