18 de outubro de 2008

Natalie valoriza a era inesquecível de King Cole

Resenha de CD
Título: Still Unforgettable
Artista: Natalie Cole
Gravadora: DMI Records
/ Rhino / Warner Music
Cotação: * * * *

Still Unforgettable é um excelente disco, por mais que este 21º álbum de Natalie Cole pareça bem oportunista já no título, que força associação com Unforgettable... With Love, o álbum de 1991 que levou a cantora ao topo das paradas norte-americanas por conta de dueto com seu pai, Nat King Cole (1919 - 1965), fabricado graças a recursos tecnológicos que, na época, soavam quase revolucionários. É fato que a fórmula é a mesma. Não parece haver no disco uma motivação meramente comercial como a que moldou a gravação em 1996 de um segundo dueto entre pai e filha na balada When I Fall in Love. Natalie recorre novamente ao cancioneiro de King Cole sem sentimentalismos. Tanto que a música escolhida para o terceiro encontro virtual entre Natalie e Nat foi Walkin' my Baby Back Home, um tema encharcado de suingue, composto em 1931, lançado por Louis Armstrong (1901 - 1971) na mesma década e revisitado com êxito por King Cole em 1952. A propósito, Still Unforgettable evoca o balanço das big-bands em faixas como Come Rain or Come Shine e Coffee Time, tema lançado em 1945 por Fred Astaire(1899 - 1987). Entre o suingue do jazz dos anos 40 e baladas do porte de Somewhere Along the Way, sucesso na voz de King Cole em 1952, Natalie Cole tira do baú jóias do quilate de But Beaufitul, tema lançado em 1948 por Bing Crosby (1903 - 1977) com arranjos (a cargo de Patrick Williams, John Clayton, Nan Schwartz e Victor Vanacore) que evocam com muita propriedade a atmosfera da era de ouro da canção norte-americana. Still Unforgettable pode não ser um disco inesquecível, mas está longe de ser mero caça-níquel, como pode parecer caso seja avaliado de forma apressada.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Still Unforgettable é um excelente disco, por mais que este 21º álbum de Natalie Cole pareça bem oportunista já no título, que força associação com Unforgettable... With Love, o álbum de 1991 que levou a cantora ao topo das paradas norte-americanas por conta de dueto com seu pai, Nat King Cole (1919 - 1965), fabricado graças a recursos tecnológicos que, na época, soavam quase revolucionários. É fato que a fórmula é a mesma. Não parece haver no disco uma motivação meramente comercial como a que moldou a gravação em 1996 de um segundo dueto entre pai e filha na balada When I Fall in Love. Natalie recorre novamente ao cancioneiro de King Cole sem sentimentalismos. Tanto que a música escolhida para o terceiro encontro virtual entre Natalie e Nat foi Walkin' my Baby Back Home, um tema encharcado de suingue, composto em 1931, lançado por Louis Armstrong (1901 - 1971) na mesma década e revisitado com êxito por King Cole em 1952. A propósito, Still Unforgettable evoca o balanço das big-bands em faixas como Come Rain or Come Shine e Coffee Time, tema lançado em 1945 por Fred Astaire(1899 - 1987). Entre o suingue do jazz dos anos 40 e baladas do porte de Somewhere Along the Way, sucesso na voz de King Cole em 1952, Natalie Cole tira do baú jóias do quilate de But Beaufitul, tema lançado em 1948 por Bing Crosby (1903 - 1977) com arranjos (a cargo de Patrick Williams, John Clayton, Nan Schwartz e Victor Vanacore) que evocam com muita propriedade a atmosfera da era de ouro da canção norte-americana. Still Unforgettable pode não ser um disco inesquecível, mas está longe de ser mero caça-níquel, como pode parecer caso seja avaliado de forma apressada.

18 de outubro de 2008 às 12:48  

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