11 de setembro de 2008

Reis guia seu coração estradeiro pelos interiores

Resenha de CD
Título: Coração
Estradeiro
Artista: Sérgio Reis
Gravadora: Atração
Fonográfica
Cotação: * * *

"Já fiz de tudo, hoje sigo minha estrada", já confidencia Sérgio Reis em verso de Meu Legado, uma das 16 músicas deste seu 54º disco. Coração Estradeiro guia este ídolo efêmero da Jovem Guarda pelo(s) interior(es) do Brasil - rota que Reis seguiu desde os anos 70 quando seu sucesso juvenil, Coração de Papel, já havia amarelado. Neste álbum, aliás, o intérprete de O Menino da Porteira transita com mais elegância pelos temas caipiras mais tradicionais do que pelos ritmos animados dirigidos aos arrasta-pés, alvos de faixas como Tá Sobrando Muié e Bando de Vagabundo, de tom mais rasteiro. Dentro da estrada do bom gosto, Reis saúda os caminhoneiros na bonita faixa-título, festeja a fartura do solo brasileiro em Terra Genuína (em emblemático dueto com Roberta Miranda) e celebra a religiosidade do povo interiorano em Oh... Viola Iluminada. Entre os convidados, Dominguinhos cruza o caminho de Reis na forrozeira Hoje Ninguém Fica Só. Já a dupla Durval e David, tradicional no gênero, assume a direção na pungente moda de viola Herói sem Medalha. As modas violeiras, aliás, são uma das especialidades de Reis - como pode ser comprovado na reprise de Pantanal, novela em que ele encarna o peão Tibério. Na carona do sucesso da reexibição da trama pelo SBT, Reis regrava Comitiva Esperança, seu sucesso na trilha da novela - da qual o cantor também revive Triste Berrante, o lamento nostálgico de Adauto Santos (1940 - 1999), outra rota acertada deste Coração Estradeiro que seria um grande disco se tivesse se desviado dos temas mais vulgarizados dos arrasta-pés. Todavia, a estrada é boa.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Resenha de CD
Título: Coração
Estradeiro
Artista: Sérgio Reis
Gravadora: Atração
Fonográfica
Cotação: * * *

"Já fiz de tudo, hoje sigo minha estrada", já confidencia Sérgio Reis em verso de Meu Legado, uma das 16 músicas deste seu 54º disco. Coração Estradeiro guia este ídolo efêmero da Jovem Guarda pelo(s) interior(es) do Brasil - rota que Reis seguiu desde os anos 70 quando seu sucesso juvenil, Coração de Papel, já havia amarelado. Neste álbum, aliás, o intérprete de O Menino da Porteira transita com mais elegância pelos temas caipiras mais tradicionais do que pelos ritmos animados dirigidos aos arrasta-pés, alvos de faixas como Tá Sobrando Muié e Bando de Vagabundo, de tom mais rasteiro. Dentro da estrada do bom gosto, Reis saúda os caminhoneiros na bonita faixa-título, festeja a fartura do solo brasileiro em Terra Genuína (em emblemático dueto com Roberta Miranda) e celebra a religiosidade do povo interiorano em Oh... Viola Iluminada. Entre os convidados, Dominguinhos cruza o caminho de Reis na forrozeira Hoje Ninguém Fica Só. E a dupla Durval e David, tradicional no gênero, assume a direção na pungente moda de viola Herói sem Medalha. As modas violeiras, aliás, são uma das especialidades de Reis - como pode ser comprovado na reprise de Pantanal, novela em que ele encarna o peão Tibério. Na carona do sucesso da reexibição da trama pelo SBT, Reis regrava Comitiva Esperança, seu sucesso na trilha da novela - da qual o cantor também revive Triste Berrante, o lamento nostálgico de Adauto Santos (1940 - 1999), outra rota acertada deste Coração Estradeiro que seria um grande disco se tivesse se desviado dos temas mais vulgarizados dos arrasta-pés. Todavia, a estrada é boa.

11 de setembro de 2008 às 19:15  
Anonymous Anônimo said...

FALANDO EM ROBERTA MIRANDA,AGUARDO ATÉ HOJE A RESENHA DO " SENHORA RAIZ " QUE ELA LANÇOU E TEM DUETO COM MARIA BETHÂNIA!

12 de setembro de 2008 às 08:25  

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