18 de setembro de 2008

Rap de Dek patina em clichês de ritmo e poesia

Resenha de CD
Título: O que se Leva da
Vida É a Vida que se Leva
Artista: Túlio Dek
Gravadora: Arsenal Music
/ Universal Music
Cotação: * *

Propagado com força na trilha sonora nacional da novela A Favorita, o rap Tudo Passa, de Túlio Dek, marcou boa presença na fase inicial da trama e abriu caminho para a edição deste primeiro álbum do rapper goiano via Arsenal Music, a gravadora do produtor Rick Bonadio. Contudo, a audição do CD desfaz a boa impressão deixada pela versão editada de Tudo Passa que toca na novela. O rap positivista de Dek segue a fórmula pop industrializada de Bonadio. Quase todas as batidas são anêmicas e os bem-intencionados versos amontoam clichês sobre a arte de viver em harmonia. É preciso louvar rappers que transitam pelo lado ensolarado da vida, mas sua pregação do Bem não torna Dek um rapper melhor por conta disso. É preciso reconhecer também que seu rap ostenta forte apelo radiofônico. Músicas como O Sol - construída sobre composição do Yes, Mood for a Day - e a faixa-título, que traz a voz do titã Paulo Miklos no pegajoso refrão, têm melodias assobiáveis. Enfim, Dek faz rap para a MTV e para as FMs. Mesmo quando tributa a velha escola do gênero (em Sem Preconceito, boa faixa que tem intervenções do rap do pioneiro Thaíde), o CD O que se Leva dessa Vida É a Vida que se Leva parece copiar as fórmulas e padrões do ritmo.

7 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Propagado com força na trilha sonora nacional da novela A Favorita, o rap Tudo Passa, de Túlio Dek, marcou boa presença na fase inicial da trama e abriu caminho para a edição deste primeiro álbum do rapper goiano via Arsenal Music, a gravadora do produtor Rick Bonadio. Contudo, a audição do CD desfaz a boa impressão deixada pela versão editada de Tudo Passa que toca na novela. O rap positivista de Dek segue a fórmula pop industrializada de Bonadio. Quase todas as batidas são anêmicas e os bem-intencionados versos amontoam clichês sobre a arte de viver em harmonia. É preciso louvar rappers que transitam pelo lado ensolarado da vida, mas sua pregação do Bem não torna Dek um rapper melhor por conta disso. É preciso reconhecer também que seu rap tem forte apelo radiofônico. Músicas como O Sol - construída sobre composição do Yes, Mood for a Day - e a faixa-título, que traz a voz do titã Paulo Miklos no pegajoso refrão, têm melodias assobiáveis. Enfim, Dek faz rap para a MTV e para as FMs. Mesmo quando tributa a velha escola do gênero (em Sem Preconceito, boa faixa que tem intervenções do rap do pioneiro Thaíde), o CD O que se Leva dessa Vida É a Vida que se Leva parece copiar as fórmulas e padrões do ritmo.

18 de setembro de 2008 às 09:18  
Anonymous Anônimo said...

Não precisa nem escutar para saber que não presta!

18 de setembro de 2008 às 09:37  
Anonymous Anônimo said...

Sem comentários sobre esse Dek. A cena musical brasileira tá mesmo muito saturada.

18 de setembro de 2008 às 10:01  
Blogger Pedro Progresso said...

eu até comecei a ler o texto, mas na sexta linha eu li o nome do Rick Bonadio e me dei o direito de parar.
não vale a pena. é mais um, é sempre a mesma falta de talento, o mesmo, o mesmo, o mesmo...

18 de setembro de 2008 às 11:38  
Blogger marco homobono said...

mauro, você falou: "preciso louvar rappers que transitam pelo lado ensolarado da vida(...)". puxa vida, você precisava escutar um rapper da baixada fluminense chamado joão xavi.
ele transita justamente nesse lado ensolarado. inclusive, o cara partiu para a alemanha, no começo do mês, onde faz show e apresenta o documentário que produziu. ele ainda vai tocar em paris e londres.
você o encontra em www.myspace.com/joaoxavi

um grande abraço

18 de setembro de 2008 às 12:12  
Anonymous Anônimo said...

RAP é a segunda coisa mais chata criada na música nos últimos 500 anos, depois do Pink Floyd. O pior é que tem uma porrada de brasileiro subdesenvolvido e com complexo de inferioridade cultural que insistem em apontar esse lixo musical como a grande novidade.

19 de setembro de 2008 às 09:00  
Anonymous Anônimo said...

PS: ressalvando, apenas, que apesar de o RAP ser um pouco menos chato que o pink floyd, apesar da chatice do PInk Floyd, se trata de uma banda de qualidade musical. Não é um lixo como o RAP.

20 de setembro de 2008 às 09:30  

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