17 de setembro de 2008

Cozza põe corpo e boa voz a serviço de seu dom

Resenha de show
Título: Quando o Céu Clarear
Artista: Fabiana Cozza
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 16 de setembro de 2008
Cotação: * * * * 1/2

Já ao entrar em cena, ao som de uma saudação afro cantada a capella, Fabiana Cozza parece magnetizar a platéia. No caso, a que foi ao Teatro Rival (RJ) na noite de terça-feira, 16 de setembro de 2008, para ver o show de lançamento do segundo álbum da intérprete, Quando o Céu Clarear, editado em 2007. Ao sair de cena, ao som de uma empolgante versão de Malandro Sou Eu, o samba que cantou em dueto com Maria Rita na gravação de seu primeiro (ainda inédito) DVD, em 30 de maio de 2008, Cozza deixa na platéia a certeza de estar diante de uma das melhores cantoras surgidas nesta década. Com forte presença de palco, Cozza é do tipo de intérprete que canta também com o corpo. E o samba é seu dom, como afirmou no título de seu primeiro CD, editado em 2004. E é o samba que domina o roteiro. Ora com sutis dissonâncias (como em Não Sai de Mim), ora quase transformado numa balada (como em Tendência, cujo arranjo e interpretação ganham intensidades crescentes). Mas sempre samba - e do bom...
Um apoteótico Canto de Ossanha - cheio de quebradas, nuances, trechos a capella e coreografias especiais - se impõe como o primeiro grande momento do show. Aliás, Fabiana Cozza parece dominar o palco. Seja rodopiando, como em Xangô te Xinga, tema valorizado pelo suingue latiníssimo do pianista Edson Sant'anna. Seja fazendo suas coreografias ensaiadas, como em Agradecer e Abraçar, um grande momento do CD Quando o Céu Clarear que se repete no show. Além da voz calorosa, Cozza também é mestra nas divisões. É de tirar o fôlego o duelo travado por sua voz com o pandeiro do percussionista Douglas Alonso no samba Coisa Feita, de João Bosco e Aldir Blanc. Outro grande momento!!
Como a cantora contou em cena, ela se apresenta no Rio de Janeiro (RJ) desde 2004. Inicialmente no Bar do Alfredinho, no bairro de Copacabana. Ultimamente, e com mais regularidade, na casa Trapiche Gamboa. Foi para festejar a acolhida do público na casa da Gamboa que Cozza recrutou um naipe de músicos virtuosos - entre eles, o trompetista Silvério Pontes e o violonista Rogério Caetano - para fazer um set à moda do Trapiche, com Onde a Dor Não Tem Razão (Paulinho da Viola e Elton Medeiros) e Me Deixa em Paz (Monsueto). Apesar dos problemas de som deste bloco, ficou evidente o prazer da cantora de partilhar o palco com seus músicos e de abrir espaço para os improvisos deles. No fim, já com sua entrosada banda reconduzida ao palco, Fabiana Cozza cantou O Samba É meu Dom, a obra-prima da parceria de Wilson das Neves com Paulo César Pinheiro. E ninguém na embevecida platéia (que não lotou o Teatro Rival) duvidou de seu grande dom.

35 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Já ao entrar em cena, ao som de uma saudação afro cantada a capella, Fabiana Cozza parece magnetizar a platéia. No caso, a que foi ao Teatro Rival (RJ) na noite de terça-feira, 16 de setembro de 2008, para ver o show de lançamento do segundo CD da intérprete, Quando o Céu Clarear, editado em 2007. Ao sair de cena, ao som de uma empolgante versão de Malandro Sou Eu, o samba que cantou em dueto com Maria Rita na gravação de seu primeiro (ainda inédito) DVD, em 30 de maio de 2008, Cozza deixa na platéia a certeza de estar diante de uma das melhores cantoras surgidas nesta década. Com forte presença de palco, Cozza é do tipo de intérprete que canta também com o corpo. E o samba é seu dom, como afirmou no título de seu primeiro CD, editado em 2004. E é o samba que domina o roteiro. Ora com sutis dissonâncias (como em Não Sai de Mim), ora quase transformado numa balada (como em Tendência, cujo arranjo e interpretação ganham intensidades crescentes). Mas sempre samba - e do bom.
Um apoteótico Canto de Ossanha - cheio de quebradas, nuances, trechos a capella e coreografias especiais - se impõe como o primeiro grande momento do show. Aliás, Fabiana Cozza parece dominar o palco. Seja rodopiando, como em Xangô te Xinga, tema valorizado pelo suingue latiníssimo do pianista Edson Sant'anna. Seja fazendo suas coreografias ensaiadas, como em Agradecer e Abraçar, um grande momento do CD Quando o Céu Clarear que se repete no show. Além da voz calorosa, Cozza também é mestra nas divisões. É de tirar o fôlego o duelo travado por sua voz com o pandeiro do percussionista Douglas Alonso no samba Coisa Feita, de João Bosco e Aldir Blanc. Outro grande momento!!
Como a cantora contou em cena, ela se apresenta no Rio de Janeiro (RJ) desde 2004. Inicialmente no Bar do Alfredinho, no bairro de Copacabana. Ultimamente, e com mais regularidade, na casa Trapiche Gamboa. Foi para festejar a acolhida do público na casa da Gamboa que Cozza recrutou um naipe de músicos virtuosos - entre eles, o trompetista Silvério Pontes e o violonista Rogério Caetano - para fazer um set à moda do Trapiche, com Onde a Dor Não Tem Razão (Paulinho da Viola e Elton Medeiros) e Me Deixa em Paz (Monsueto). Apesar dos problemas de som deste bloco, ficou evidente o prazer da cantora de partilhar o palco com seus músicos e de abrir espaço para os improvisos deles. No fim, já com sua entrosada banda reconduzida ao palco, Fabiana Cozza cantou O Samba É meu Dom, a obra-prima da parceria de Wilson das Neves com Paulo César Pinheiro. E ninguém na embevecida platéia (que não lotou o Teatro Rival) duvidou de seu grande dom.

17 de setembro de 2008 às 00:43  
Anonymous Anônimo said...

Como bem disse Maria Rita, dá prazer ver Cozza cantando, a voz parece vir do útero. è coisa linda que não se vê mais, no país das cantorinhas plastificadas e processadas em estúdios. Citando também Nei Lopes, em elogio à Fabiana, sua voz parece vir da terra, dos ancestrais...

E quem não ouviu "Quando o céu clarear" do sambista baiano Roque Ferreira vai saber do que estamos falando.

17 de setembro de 2008 às 01:31  
Anonymous Anônimo said...

Xi, o Rival BR já é pequeno ... e mesmo assim não lotar ?!

17 de setembro de 2008 às 09:50  
Anonymous Anônimo said...

Vou atrás desse DVD. Só conhecia a cantora de uma entrevista. O samba é tudo.

17 de setembro de 2008 às 10:34  
Anonymous Anônimo said...

Assisti Fabiana na Virada Cultural de São Paulo quando ela se apresentou com o Jair Rodrigues, no Teatro Municipal, relembrando o " Fino da Bossa". Gostei muito da voz e da presença. É lançamento para ser conferido, com certeza.

17 de setembro de 2008 às 11:41  
Blogger Ju Oliveira said...

Fabiana Cozza a Maria Rita são as únicas cantoras da nova geração que sabem o que estão fazendo no palco, que tem segurança, naturalidade e domínio de cena ao vivo, o que no fim das contas é o que importa. Ela merece mais reconhecimento. O Brasil merece Fabiana.

17 de setembro de 2008 às 12:16  
Anonymous Anônimo said...

O Mauro valoriza muito esse negócio de lotar ou não lotar ...

17 de setembro de 2008 às 13:33  
Anonymous Anônimo said...

Não lotou, porque não há divulgação decente para a música de qualidade, pelo menos aqui no Rio de Janeiro.

Semana passada teve show da Monica Salmaso com o grupo Pau Brasil há preços bastante acessíveis no Teatro Carlos Gomes e a platéia também foi meia-bomba.

Enquanto isso, se você for consultar os cadernos culturais dos jornais cariocas, é possível encontrar diariamente matérias enormes com todas as mulheres frutas que existem nesse país.

É triste, mas essa é a verdade.

Por isso, que o blog do Mauro ainda é um dos meus referenciais de cultura nesse país.

abração,
Denilson

17 de setembro de 2008 às 14:21  
Anonymous Anônimo said...

Não leve a mal Denilson mas, o povo entende e essas cantoras surgidas são bastante inexpressivas! Sem carisma e não vendem nada. A Cozza mesmo é um clone fraquíssimo da Clara Nunes.

17 de setembro de 2008 às 14:34  
Anonymous Anônimo said...

Bem, já fui ao Rival BR com lotação máxima e quase não se consegue respirar! Certo que o Teatro é histórico e charmoso mas é pequeno. Cabe, com muita dificuldade, 400 pessoas !


Além da divulgação, Fabiana não é uma artista muito conhecida. Cida Moreira e Ná Ozzetti, por exemplo, são mais conhecidas em São Paulo e por isso andam se apresentando em espaços pequenos no Rio de Janeiro.(Ao menos esses espaços lotam ...)

17 de setembro de 2008 às 14:48  
Anonymous Anônimo said...

Eu, por exemplo, gosto dela, moro no Rio e não sabia desse show...

O "Bar do Alfredinho" se chama Bip-Bip... mas até que poderia se chamar Bar do Alfredinho.

17 de setembro de 2008 às 14:57  
Anonymous Anônimo said...

Denilson, foi bom o show da Salmaso + PB? Você tem suas reservas com relação a ela, não é?

Abraço,
Luc

17 de setembro de 2008 às 16:29  
Anonymous Anônimo said...

Plenamente de acordo com voce Denilson. Alaíde Costa e Fátima Guedes apresentaram-se no teatro FECAP aqui em São Paulo para uma platéia mínima. Foi um soco no meu estomago essa constatação. Citando Gregório de Matos, poeta baiano conhecido como " Boca do Inferno" : Triste país, ó quão dessemelhante és!!!
O Mauro tb é minha referência musical num país de crítico$ sem noção ou então de go$to duvido$o.
Valeu!
Edilson
Capão Redondo( periferia de SP)

17 de setembro de 2008 às 17:05  
Anonymous Anônimo said...

Oi, Luc

Realmente, tenho minhas reservas quanto ao estilo e ao repertório da MS. Mas reconheço que o timbre dela é belíssimo. O show foi maravilhoso, graças ao excelente grupo Pau Brasil e à bela voz dela, que me fizeram esquecer o repertório, um tanto quanto batido na minha opinião. E ela é uma pessoa superbacana. No final do show, veio espontaneamente falar com todos os anônimos que queriam conversar com ela, tirou foto, muito simpática. Saí feliz do show.

Quanto à Fabiana Cozza, eu ainda não a conheço bem. Vi alguns vídeos no Youtube, mas não deu para formar uma opinião. Mas eu continuo achando que o problema é de divulgação. Semanalmente eu assisto a shows de artistas muito, mas muito legais, que não conseguem ter seu trabalho divulgado, nem que seja de forma pequena, pela mídia especializada. Isso me entristece muito.

Quem sabe o Mauro não ajuda a quebrar essa barreira? rsrs

abração,
Denilson

17 de setembro de 2008 às 17:25  
Anonymous Anônimo said...

Não gosto desta jovem senhora. Acho-a over e fake. Tb não curto seu repertório. E Canto de Ossanha só dava pra ouvir uns 30 (ou 40) anos atrás. Fabiana já veio datada. Pena.

17 de setembro de 2008 às 19:34  
Anonymous Anônimo said...

Que luxo alguém de Capão Redondo falar de Alaíde Costa, Fátima Guedes e Gregório de Matos.

Outro dia estava cantarolando "O Tempo e o Rio" e a faxineira lá do trabalho falou: "que música bonita!". Quase tive um troço. Ela é de Belford Roxo, sem instrução, e até então só falava de funk pagode e música evangélica. Jamais pensei que ela pudesse gostar de uma música como "O Tempo e o Rio".

Luiz

17 de setembro de 2008 às 21:00  
Anonymous Anônimo said...

FC não canta mal mas tem um repertório incrivelmente chato. Ouvi 2 cds seus para tentar, mas não deu.

17 de setembro de 2008 às 21:43  
Blogger Ju Oliveira said...

o grande Wilson das Neves vai fazer três shows neste fim de semana no FECAP e estou achando que vai estar meia-bomba também.

é triste.

17 de setembro de 2008 às 22:03  
Anonymous Anônimo said...

Se público em show validasse artista. Ivete seria a melhor cantora "MARACANÃ" do mundo!

17 de setembro de 2008 às 23:33  
Anonymous Anônimo said...

Eu gostei muito do último CD da FC. E com participação de Dona Ivone Lara!!!

18 de setembro de 2008 às 00:11  
Anonymous Anônimo said...

Olá, anônimo das 11:33

Concordo com você. Mas você já pensou porque a Ivete Sangalo lota dois ou três Maracanãs com extrema facilidade? Pelo menos em relação à divulgação?

Essa é a questão que trouxe para discussão aqui. Não é o mérito ou talento do artista, pois aí varia de acordo com o gosto pessoal de cada um.

abração,
Denilson

18 de setembro de 2008 às 08:00  
Anonymous Anônimo said...

Ah minha gente, que hipocrisia! Sabe porque Ivete lota Maracanã e as outras não. Porque ela tem alma de cantora popular, não entro nem no mérito de repertório até porque também acho sofrível. Mas, ela tem carisma, é acessível a grande massa, é bonita,.... já essas outras que surgem por aí já chegam se achando, com repertório suntuoso mas, são elitista. Até pelas fotos você nota a humildade dessas "divas de ninguém". Por isso seu tempo de duração é limitado, não emplacam e daqui a pouco as gravadoras esquecem. Só fica quem tem o que mostrar e dessas surgidas que não alcançaram popularidade a única que permanecerá é justamente Roberta Sá porque é cantora de verdade. As outras tem de procurar os especialistas para conquistarem aos poucos seu espaço, chegam se achando muito e depois não lota nem coreto de praça pública.

18 de setembro de 2008 às 08:24  
Anonymous Anônimo said...

Ivete lota Maracanã pq o trabalho dela é exatamente aquilo q o mercado exige, baseado no baixo nível de exigência do público em geral qdo se trata de letra e música. Vários outros axezeiros, sertanejos e pagodeiros tb lotariam Maracanã. Basta fazer o q o povão quer.
Não ouvi ainda Fabiana Cozza. Mas é de lamentar q seja classificada de "elitista" uma cantora q tem no repertório Baden, Vinicius, João Bosco, Paulinho da Viola e Monsueto. Isso é repertório "suntuoso"? É repertório pra quem gosta de música de verdade, só isso.

18 de setembro de 2008 às 09:54  
Anonymous Anônimo said...

Lu, datados somos você e eu. Canto de Ossanha é um clássico.

18 de setembro de 2008 às 10:24  
Anonymous Anônimo said...

Mais uma hipocrisia Leo...se vc fosse artista você não gostaria de vender o que ela vende? Preferiria lotar loja disco a Maracanã? Sem essa!
Eu, SE ARTISTA FOSSE, prefiriria $vender$ do que ficar fazendo sombra e figuração como todas essas que vocês idolatram.

18 de setembro de 2008 às 10:58  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 10:58, não estou falando do ponto de vista do artista. Falo do ponto de vista do público q gosta de MPB, do qual faço parte. Se Ivete lota 20 maracanãs, não me interessa. Parabéns pra ela, mas não é isso q faz me interessar por um artista. Prefiro uma cantora que faça "figuração", como vc diz, do q outra q seja um estouro nacional, mas cujo repertório não me diz nada. Meu critério para gostar não depende do artista atingir ou não a grande massa.

Infelizente, quem tem mais divulgação e espaço na mídia é justamente quem menos merece, artisticamente falando. Mas existem cantoras e cantores com 20, 30, 40 anos de carreira, que nunca atingiram essa tal "grande massa" e estão aí construindo sua história, e atingindo quem realmente se identifica com o trabalho deles, independente de maracanãs lotados. Se eles não prostituíram sua música pra vender milhões, foi pq não quiseram. Poderiam ter feito, como muitos.

E acho ótimo que ainda existam cantoras com repertório "elitista" e "suntuoso", pq gente cantando lixo já tem de sobra.

18 de setembro de 2008 às 12:39  
Anonymous Anônimo said...

Gente, vamos deixar a Ivetinha ganhar o $$$ dela sossegadamente,e vamos escrever sobre música de verdade.Por exemplo, sobre o belo trabalho de Fabiana Cozza,afinal é sobre ela que o Mauro escreveu,uma cantora como poucas que sabe fazer um belíssimo show sem grandes parafernálias.Só no gogó e bons músicos.

18 de setembro de 2008 às 12:48  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 10.58, é por esse pensamento igual ao seu que o nosso País e nossa cultura estão entregues a pessoas sem educação, informação e qq tipo de conhecimento sobre o que realmente é música. É triste, mas é real.

18 de setembro de 2008 às 12:52  
Anonymous Anônimo said...

Não gosto da empáfia de Fabiana. Ela tenta soar suntuosa até cantando ciranda cirandinha...
Não dá.

18 de setembro de 2008 às 13:55  
Anonymous Anônimo said...

FC só não é tão boa quanto imagina ser mas tem seu momento. Dá pro gasto. Sem muita exigência.

18 de setembro de 2008 às 16:54  
Anonymous Anônimo said...

Tive a oportunidade de conhecer a Fabiana pessoalmente. Além de ser uma grande artista, é gente finíssima. Super simples e muito simpática. No palco, como o Mauro colocou muito bem, tem uma presença fortíssima e uma puta voz. Sua interpretação de Canto de Ossanha é de arrancar o couro. Baden nunca será datado. Os gênios não são datados. Datado é o coração dos mal amados.

Rodrigo Lemos.

19 de setembro de 2008 às 08:22  
Anonymous Anônimo said...

Leo,

Pense do ponto de vista do artista somente. Ou você acha que determinados artistas não ganharam muito dinheiro com isso? Te faço uma lista grande dos grandes intérpretes que se venderam artisticamente.

19 de setembro de 2008 às 09:14  
Anonymous Anônimo said...

Já tô curioso pra ver essa lista Leo ...

19 de setembro de 2008 às 14:35  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 9:14, não sendo cantor, e consequentemente não vivendo no dia-a-dia as exigências e expectativas q isso acarreta, não tenho condições de pensar do ponto de vista deles.
O que sei é que tb posso fazer uma lista enorme de grandes artistas q mantiveram sua dignidade, não mancharam sua obra, e se fizeram concessões em algum momento, foram mínimas. E certamente não estão morrendo de fome por nunca terem vendido 1 milhão.
Lamento q isso não seja valorizado por uma parte do público, que dá mais valor ao artista que atinge a massa pouco exigente, e chama de "elitizados" os que prezam a qualidade. Eu não faço parte dessa massa, então não compactuo com essa visão.

19 de setembro de 2008 às 15:33  
Anonymous Anônimo said...

Léo acertou no alvo.

20 de setembro de 2008 às 14:38  

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