5 de agosto de 2008

Obra de Arantes tem resistido - bem - ao tempo

Uma das melhores surpresas do atual show de Adriana Calcanhotto, Maré, é a inclusão de Meu Mundo e Nada Mais, a bonita balada que projetou Guilherme Arantes (foto) em 1976. Foi lançada no mesmo álbum do qual em 2007 Zélia Duncan pinçou Cuide-se Bem para inserir no roteiro de sua parte solo no show que vem dividindo com Simone, Amigo É Casa, atualmente em turnê nacional. Também em 2007, o grupo Cidade Negra incluiu Deixa Chover - pérola pop lançada por Arantes em 1981, na trilha da novela Baila Comigo - em seu DVD e CD ao vivo Diversão. No mesmo ano, Leila Pinheiro também lançou CD e DVD, Nos Horizontes do Mundo - Ao Vivo, no qual cantava medley que reunia duas músicas de Arantes, o prelúdio O Amor Nascer (1982) e Brincar de Viver (1983). A segunda faz parte da parcela infantil de uma obra que também inclui Lindo Balão Azul, tema incluído por Simony no recém-lançado CD em que ela regrava sucessos do grupo A Turma do Balão Mágico (tal música é do especial de TV Pirlimpimpim).
Com resultados artísticos divergentes, as cinco recentes regravações da obra de Guilherme Arantes mostram que sua música tem resistido muito bem ao tempo. Arantes lançou em 2007 um disco de inéditas, Lótus, que não faz jus ao seu talento. E também incorreu no erro de rebobinar (mais uma vez) seus hits em CD e DVD da série Intimidade, ambos também editados em 2007 pela mesma gravadora Som Livre que distribuiu Lótus no mercado fonográfico. Contudo, por mais que seus recentes trabalhos não ratifiquem sua inspiração, Arantes é um compositor que precisa ser devidamente colocado no seu devido lugar: o de grande criador do pop brasileiro. Sim, por mais que suas habituais (e belas) baladas tenham dado à sua obra um caráter mais romântico e popular, Arantes é um dos legítimos precursores da onda pop que invadiu a praia da MPB a partir do estouro da Blitz, em 1982. Títulos mais roqueiros de sua discografia - em especial, A Cara e a Coragem (1978) - precisam ser mais ouvidos (ou conhecidos) para que sua obra possa ser alvo de uma reavaliação.
É fato que Arantes se afastou do rock ao longo dos anos 80, mas excluí-lo do universo pop nacional é tremenda injustiça. Basta dizer que, em 1982, quando Lulu Santos arremessou seus Tempos Modernos, Arantes soltou um disco que tinha O Melhor Vai Começar - música tão pop, saborosa e jovial como o hino modernista de Lulu. Contudo, o tempo foi passando e e Arantes, menos moderno, apostou em baladas (Pedacinhos, Um Dia Um Adeus), se lambuzou com a parafernalha tecnopop (através da qual produziu hits irresistíveis como Cheia de Charme) e foi saindo progressivamente das paradas ao longo dos anos 90. Mas os roteiros de seus shows podem empilhar tantos hits quanto os de Lulu. Contudo, enquanto a sintonia de Lulu com seu tempo é constantemente reconhecida e reverenciada pela crítica, Arantes foi caindo em esquecimento ou ficando com aura brega que não lhe faz jus, porque suas baladas nunca patinaram em solo rasteiro. Em parte, por sua própria culpa, pois Arantes não procurou se atualizar. Ele não se renovou para valer - como Lulu vem fazendo.
É fato também que o desinteresse pela obra de Arantes acontece bem mais por parte da crítica. Os colegas continuam regravando e incluindo suas músicas em shows. Mart'nália pescou a balada Só Deus É Quem Sabe (lançada por Elis Regina em 1980) para o CD Menino do Rio (2006) - somente para citar um exemplo mais recente. Quantas gerações terão que passar para que se reconheça a importância de Guilherme Arantes na cena pop nacional? Talvez muitas. Mas é certo que a boa acolhida de suas músicas nos atuais shows de Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan sinalizam que, por mais que o melhor do compositor já tenha acabado, ainda pode começar nova era de revalorização da música perene de Arantes, que bebeu tanto da fonte dos eruditos como do pop rock mundial.

30 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Uma das melhores surpresas do atual show de Adriana Calcanhotto, Maré, é a inclusão de Meu Mundo e Nada Mais, a bonita balada que projetou Guilherme Arantes (foto) em 1976. Foi lançada no mesmo álbum do qual em 2007 Zélia Duncan pinçou Cuide-se Bem para inserir no roteiro de sua parte solo no show que vem dividindo com Simone, Amigo É Casa, atualmente em turnê nacional. Também em 2007, o grupo Cidade Negra incluiu Deixa Chover - pérola pop lançada por Arantes em 1981, na trilha da novela Baila Comigo - em seu DVD e CD ao vivo Diversão. No mesmo ano, Leila Pinheiro também lançou CD e DVD, Nos Horizontes do Mundo - Ao Vivo, no qual cantava medley que reunia duas músicas de Arantes, o prelúdio O Amor Nascer (1982) e Brincar de Viver (1983). A segunda faz parte da parcela infantil de uma obra que também inclui Lindo Balão Azul, tema incluído por Simony no recém-lançado CD em que ela regrava sucessos do grupo A Turma do Balão Mágico (tal música é do especial de TV Pirlimpimpim).
Com resultados artísticos divergentes, as cinco recentes regravações da obra de Guilherme Arantes mostram que sua música tem resistido muito bem ao tempo. Arantes lançou em 2007 um disco de inéditas, Lótus, que não faz jus ao seu talento. E também incorreu no erro de rebobinar (mais uma vez) seus hits em CD e DVD da série Intimidade, ambos também editados em 2007 pela mesma gravadora Som Livre que distribuiu Lótus no mercado fonográfico. Contudo, por mais que seus recentes trabalhos não ratifiquem sua inspiração, Arantes é um compositor que precisa ser devidamente colocado no seu devido lugar: o de grande criador do pop brasileiro. Sim, por mais que suas habituais (e belas) baladas tenham dado à sua obra um caráter mais romântico e popular, Arantes é um dos legítimos precursores da onda pop que invadiu a praia da MPB a partir do estouro da Blitz, em 1982. Títulos mais roqueiros de sua discografia - em especial, A Cara e a Coragem (1978) - precisam ser mais ouvidos (ou conhecidos) para que sua obra possa ser alvo de uma reavaliação.
É fato que Arantes se afastou do rock ao longo dos anos 80, mas excluí-lo do universo pop nacional é tremenda injustiça. Basta dizer que, em 1982, quando Lulu Santos arremessou seus Tempos Modernos, Arantes soltou um disco que tinha O Melhor Vai Começar - música tão pop, saborosa e jovial como o hino modernista de Lulu. Contudo, o tempo foi passando e e Arantes, menos moderno, apostou em baladas (Pedacinhos, Um Dia Um Adeus), se lambuzou com a parafernalha tecnopop (através da qual produziu hits irresistíveis como Cheia de Charme) e foi saindo progressivamente das paradas ao longo dos anos 90. Mas os roteiros de seus shows podem empilhar tantos hits quanto os de Lulu. Contudo, enquanto a sintonia de Lulu com seu tempo é constantemente reconhecida e reverenciada pela crítica, Arantes foi caindo em esquecimento ou ficando com aura brega que não lhe faz jus, porque suas baladas nunca patinaram em solo rasteiro.
É fato também que o desinteresse pela obra de Arantes acontece mais por parte da crítica. Os colegas continuam regravando e incluindo suas músicas em shows. Mart'nália pescou a balada Só Deus É Quem Sabe (lançada por Elis Regina em 1980) para o CD Menino do Rio (2006) - somente para citar um exemplo mais recente. Quantas gerações terão que passar para que se reconheça a importância de Guilherme Arantes na cena pop nacional? Talvez muitas. Mas é certo que a boa acolhida de suas músicas nos atuais shows de Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan sinalizam que, por mais que o melhor do compositor já tenha acabado, ainda pode começar nova era de revalorização da música perene de Arantes, que bebeu da fonte dos eruditos, mas também do pop rock.

5 de agosto de 2008 às 20:18  
Anonymous Anônimo said...

Parabéns Mauro por esse rasgo de lucidez em tecer uma crítica tão legal a Guilherme... É isso aí mesmo... O LP que tem a música O AMOR NASCER é um grande disco.

5 de agosto de 2008 às 20:19  
Anonymous Anônimo said...

Concordo inteiramente com vc, Mauro. Apesar da eterna cara de bebê chorão, GA tem músicas muito boas e de altíssimo astral, sem ficar no rodapé.
Deixa Chuver e O Melhor Vai Começar embalaram meu início de adolescência e deram um belo up naqueles dias meio conturbados.

5 de agosto de 2008 às 21:21  
Anonymous Anônimo said...

Eu já lí em algum lugar que ele tem uma frustação: O fato de Gal Costa nunca ter gravado uma música sua.
Gal é a única GRANDE cantora desse país que não gravou, e é a cantora que ele mais gostaria q tivesse gravado suas músicas.
Vamos lá pessoal, vamos pedir p Gal gravar. É verdade mesmo, Elis, Bethania e tantas outras menos a Gal.
Fica aí mais uma informação.
Abração p/ todos

5 de agosto de 2008 às 21:57  
Anonymous Anônimo said...

Muito bom mesmo esse texto do Mauro. Fui ver Zélia Duncan e Simone no fim de semana e Zélia, ao cantar "Cuide-se bem", contou que tinha ganho uma caixa com os cd's garimpados pelo Charles Gavin, e lá ela (re)encontrou o álbum de Guilherme Arantes que continha esta música, daí a vontade de cantar a canção.

Guilherme merece realmente ser mais reconhecido, tem grandes canções sob sua autoria. "Um dia, um adeus", por exemplo, é uma das mais lindas canções existentes sobre o fim de um amor.

5 de agosto de 2008 às 23:10  
Blogger Vladimir said...

Mauro, Grande Mauro, parabéns por este merecido reconhecimento e à sua justa homenagem à Guilherme Arantes!! Concordo com tudo com o que você escreveu!! Assino embaixo!! Eu só lamento o fato de Guilherme Arantes não ter inovado ou ter parado no tempo... Poderia diversificado seu estilo de compor, cantado músicas de outros compositores, não sei bem o que, mas a sensação que eu tenho é que faltou inovação, criação, movimento... Enfim, a mídia tem sim sua parcela de culpa, mas não dá para dizer que ele seja injustiçado... Nos anos 80 foi um campeão de hits e depois??

Gosto muito do Guilherme Arantes, mas não pude deixar de dizer isso!!


Abraços

5 de agosto de 2008 às 23:20  
Anonymous Anônimo said...

Coisas do Brasil (parceria com Nelson Motta) é disparado a melhor canção dele.

6 de agosto de 2008 às 00:06  
Anonymous Anônimo said...

Excelente post Mauro. Concordo totalmente. Assim mais crítico e menos "noteiro" o seu blog fica muito mais bacana.

Além do surto recente de breguice nos arranjos, que vc. notou, me parece que uma outra coisa que atrapalha o reconhecimento do Guilherme é insistência dele em cantar em tons mais altos do que a sua voz permite.

Todo cantor quando envelhece perde agudos, mas isso não deveria ser um problema,a Joni Mitchell por exemplo ganhou com a idade um grave lindo que a voz não tinha..

Me parece que quando o Guilherme passar a realmente ignorar o mercado ele vai fazer de novo grandes discos... é pelo menos a minha esperança.

6 de agosto de 2008 às 00:39  
Anonymous Anônimo said...

Existe tambem uma musica linda dele chamada "Primaveras e Veroes" que foi gravada por Joanna e que tem um ar operistico lindo...letra sensivel...doce...uma beleza!! Eu adoro o GA sem contar que no florescer das minhas primaveras eu era "chapado" por ele. hahahahaha

6 de agosto de 2008 às 01:02  
Anonymous Anônimo said...

Gal cantou Planeta água na Espanha, com Gil, Margarete e Maria Rita. Está no youtube.

6 de agosto de 2008 às 02:07  
Anonymous Anônimo said...

Guilherme Arantes tem músicas deliciosas de se ouvir e cantar.Cheia de Charme dele é igual a Fullgás da Marina, ambas muito cultuadas nas rodas de videokê.Simples e belas!

6 de agosto de 2008 às 09:58  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, posso repetir meu comentário ? Fiz no post da Adriana Calcanhotto em 13 de Junho de 2008 ?! Sobre Guilherme Arantes mesmo ...

6 de agosto de 2008 às 10:01  
Anonymous Anônimo said...

Segue :

' Aliás, Guilherme Arantes anda sendo bem revisitado. Nada Contra, ao contrário, gosto muito dessa balada. Alex Cohen acaba de gravar pro projeto teletemas do ‘ Barzinho e Violão ‘. Simone e Zélia Duncan gravaram “ Cuide-se Bem “ e Cidade Negra gravou “ Deixar Você “ no CD e DVD ‘ Diversão' do ano passado !'

6 de agosto de 2008 às 10:02  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

não acompanho Arantes e, sobre sua obra, não tenho o menor conhecimento. Mas quero registrar aqui meus parabéns pelo texto, analítico, profundo, que demonstra domínio total sobre o tema.

O caráter informativo do teu blog é fundamental, mas também acho que pode investir mais em análises de assuntos atemporais.

Valeu!

Anderson Falcão
Brasília- DF

(Ouvindo Romance - Rosa Passos)

6 de agosto de 2008 às 10:15  
Anonymous Anônimo said...

Muito oportuno este post sobre a obra de Guilherme. Na verdade eu acho que os rumos que o mercado fonográfico foi tomando, com investimento somente em produtos descartáveis desmotivou os artistas que aparentemente tinham uma posição consolidada no mercado e principalmente fidelidade a sua obra.

6 de agosto de 2008 às 11:07  
Anonymous Anônimo said...

Excelente texto. Inspiradíssimo.

6 de agosto de 2008 às 11:10  
Anonymous Anônimo said...

O Guilherme é genial, um compositor de primeira que tem seu nome cravado a ouro na história da musica brasileira. É que infelizmente no Brasil existe a cultura do esquecimento mercadológico, onde o artista deixa de aparecer por não ter chance de mostrar um bom disco ou realizar uma boa turnê. A comparação com o Lulu é válida, pois o Lulu está sempre buscando estar no mercado de forma coesa.
Acho que a coisa do ton citado por um leitor não é fator determinante para o desaparecimento do artista. Ele nunca foi um bom cantor e sim tinha uma voz agradável e que caía bem em suas belissimas composições. Num país que vive hj assolado por Zecas Baleiros, Mart'nálias da vida, o Guilherme será eterno diante de tudo o que já fez. Vamos combinar que ele não precisa provar mais nada, muito menos pelo fato de a Gal nunca tê-lo gravado. Gal é legal mas não é a ultima coca cola zero gelada do deserto.

6 de agosto de 2008 às 11:41  
Anonymous Anônimo said...

Vale lembrar que o próprio Lulu já declarou sua admiração pela obra de Guilherme.

Esse reconhecimento não deixa de ser justo. Poucas obras na MPB são tão autorais e pessoais como a do paulistano.

O único senão que tenho ao texto de Mauro é não ter citado, além do ótimo "A Cara e a Coragem", o sensacional "Coração Paulista", de 1980. Discaço, dos raros que eu já fiquei um tempo sem escutar, pelas lágrimas irremediáveis ao ouvir coisas arrepiantes como "S.O.S" e "Coração Fantoche".

Foi por "Coração Paulista" que Elis enamorou-se do trabalho de Guilherme (e do próprio, diga-se de passagem) e ligou para ele, pedindo uma música "para estourar", no fim de 1980. Daí veio "Aprendendo a Jogar".

(Aliás, conto uma anedota: quando ficou sabendo que a Pimenta ia gravar canções de Guilherme, Natan Marques, fiel guitarrista de sua banda, olhou meio torto para ela, como que perguntando "Mas Guilherme?". Ao que ela respondeu: "Então você acha que eu não vou gravar, que eu não vou fazer sucesso?!")

E também tem outra coisa: acredito que Guilherme, hoje, está pouquíssimo interessado no reconhecimento que sua obra tem ou deixa de ter. O negócio dele, hoje, é ficar lá por Itabuna/Salvador, cuidando do Coaxo do Sapo, estúdio próprio, e do Planeta Água, misto de hotel e reserva ecológica que ele abriu lá.

Ele próprio diz, no release de "Lótus", que preferiu "músicas mais longas e curtidas do que um montão de faixas radiofônicamente curtas..." Ou seja, o inverso do Guilherme que ficou conhecido.

Mas, sem dúvida, o pai de Marietta é muito mais do que o brega à la Fábio Jr. a que tentaram reduzi-lo.

Felipe dos Santos Souza

6 de agosto de 2008 às 12:33  
Anonymous Anônimo said...

Guilherme Arantes é pop da melhor qualidade e por incrível q pareça ele é baiano de nascimento com alma de paulista.

Leandro

6 de agosto de 2008 às 14:12  
Anonymous Anônimo said...

Eu também já lí dessa frustação dele com relação a Gal Costa ser a única cantora que não gravou nenhuma música dele! Parece que ele é apaixonado pela voz dela! Quem sabe um dia ela grava né. Agora o comentário do amigo acima quanto ela ser a última coca cola zero do deserto é bem fora de propósito né. O tom Jobim gostava de ver suas obras na voz dela, o Chico Buarque pede publicamente para ela gravar mais suas músicas e ela é a única cantora que participou de todos os seus projetos, o Caetano Veloso é o compositor mais visitado por ela, nem a irmã tem tantas coisas gravadas, esse são apenas uns exemplos. È obvio que qualquer compositor quer ter uma música gravada pela Gal Costa ( aí fica a pergunta ) Por que será nao é?
Amigo do post, é um privilégio ter uma música na voz dessa mulher, uma das maiores cantoras do MUNDO!

6 de agosto de 2008 às 16:38  
Anonymous Anônimo said...

Uma das poucas interpretações da Bethania que não gosto é Brincar de Viver. Esta música ainda espera uma gravação mais compatível com sua leveza.

6 de agosto de 2008 às 18:40  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,
concordo com você em relação ao trabalho do Guilherme Arantes. Para mim é um dos maiores compositores pop que esse país tem, junto com Lulu Santos e Herbert Vianna. Eu vinha pensando em gravar "Meu mundo e nada mais" há um tempo. Golaço da Adriana Calcanhoto.

6 de agosto de 2008 às 21:27  
Anonymous Anônimo said...

Engraçado q escuto "Tudo bem", de Lulu e penso muitas vezes que a música é de Guilherme Arantes

Leandro

7 de agosto de 2008 às 08:42  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com Dan. Tem uma amiga me emprestando os discos da Gal (60 e 70) e eu, que sempre gostei, estou apaixonado agora.

7 de agosto de 2008 às 10:53  
Anonymous Anônimo said...

Luc e Dan,

Façam uma garimpagem das participações em discos de terceiros que Gal fez (principalmente as dos anos 90, até início desta década). Há coisas inacreditáveis de tão belas. Escutem as 3 participações no disco de Toninho Horta, "From Ton to Tom", e as gravações com Raphael Rabello pros songbooks do Chediak. Gal é maravilhosa, é tudo que há de bom.

Quanto a Guilherme, adoro, principalmente "Marina no ar", uma música que fez com Nelson Motta em homenagem a Marina Lima.

7 de agosto de 2008 às 13:01  
Anonymous Anônimo said...

Obrigado, Fatima Jay. Vou garimpar.
Abraço,
Luc

7 de agosto de 2008 às 16:00  
Anonymous Anônimo said...

O Mafur escreveu besteira mesmo!!! rsrs
É verdade, para qualquer bom compositor Gal Costa é sem dúvida, a "Ùltima Coca Cola Zero Gelada do deserto". E vale ainda mais informações: Chico Buarque faz composições tão complexas e relata publicamente também que só uma cantora no país poderia gravar,essa cantora chama-se Gal Costa, vale os exemplos de "Veneta" e "Embebedado". E realmente para o Grande compositor Guilherme Arantes deve ser complicado mesmo não ter uma música na voz de Gal. Eu não ouvi ela cantando planeta água mas acredito q um dia ela grave alguma música dele.

7 de agosto de 2008 às 16:50  
Anonymous Anônimo said...

Eu duvido q Gal grave alguma coisa do Guilherme! Ela gosta de lugar comum, e num chat a anos atrás no antigo site oficial , ela dizia não gostar de Oswaldo Montenegro e Fátima Guedes!!
O lance da Gal é Tom, Tom, Tom e Ary...

8 de agosto de 2008 às 12:41  
Blogger PORTAIS said...

Mauro Ferreira reconheceu FINALMENTE que Guilherme Arantes NÃO É um compositor subestimado .... (PELO MENOS NÃO PELOS COLEGAS CANTORES, NÉ MAURO ?!) ... Ufa!!! Sempre é tempo! Aliás,Mauro, Zélia Duncan e Pedro Mariano também gravaram o tal compositor subestimado .... esse tal de Guilherme Arantes ... !!!
RECOMENDO TAMBÉM no Youtube os vídeos do Moto Perpetuo .... Vale a pena ouvir de novo ...

28 de agosto de 2008 às 19:05  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

Concordo plenamente com tudo que você escreveu sobre o Arantes em seu blog, e apenas acrescento que nestes 32 anos de carreira do músico, ele apenas canta suas próprias composições, sendo totalmente um trabalho autoral, ou seja, ele é ele, e nunca dependeu de nenhum outro compositor, caso único, eu pelo menos não conheço algo parecido.
Apenas precisamos esquecer este último CD LÓTUS.

Grato.

julioduarte

11 de setembro de 2008 às 17:49  

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