5 de agosto de 2008

'Canção do Amor Demais' volta via Biscoito Fino

Visto como um dos marcos da Bossa Nova, pelo fato histórico de ter sido o primeiro disco a propagar a batida diferente do violão sutil de João Gilberto, Canção do Amor Demais ganha sua terceira reedição em CD. A primeira saiu em 1998, dentro das comemorações dos 40 anos da velha bossa. A segunda foi lançada em 2002 na série que festejou os 25 anos da gravadora Eldorado. A terceira chega às lojas via Biscoito Fino neste mês de agosto de 2008, como parte da celebração do cinqüentenário da Bossa Nova. Lançado originalmente em 1958 pelo selo Festa, do jornalista Irineu Garcia, Canção do Amor Demais apresenta 13 músicas de Tom Jobim (1927 - 1994) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) na voz classuda de Elizeth Cardoso (1920 - 1990). Nove são parcerias dos compositores, que fazer música juntos em 1956, por conta do musical Orfeu da Conceição. Com arranjos de tom orquestral, Canção do Amor Demais nunca foi um disco de bossa nova, embora tenha trazido pioneiramente o violão de João Gilberto nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez. Fato relevante que, por si só, já lhe garante lugar (de honra) na história da música brasileira.

12 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Visto como um dos marcos da Bossa Nova, pelo fato histórico de ter sido o primeiro disco a propagar a batida diferente do violão ímpar de João Gilberto, Canção do Amor Demais ganha sua terceira reedição em CD. A primeira saiu em 1998, dentro das comemorações dos 40 anos da velha bossa. A segunda foi lançada em 2002 na série que festejou os 25 anos da gravadora Eldorado. A terceira chega às lojas via Biscoito Fino neste mês de agosto de 2008, como parte da celebração do cinqüentenário da Bossa Nova. Lançado originalmente em 1958 pelo selo Festa, do jornalista Irineu Garcia, Canção do Amor Demais apresenta 13 músicas de Tom Jobim (1927 - 1994) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) na voz classuda de Elizeth Cardoso (1920 - 1990). Nove são parcerias dos compositores, que fazer música juntos em 1956, por conta do musical Orfeu da Conceição. Com arranjos de tom orquestral, Canção do Amor Demais nunca foi um disco de bossa nova, embora tenha trazido pioneiramente o violão de João Gilberto nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez. Fato relevante que, por si só, já lhe garante lugar (de honra) na história da música brasileira.

5 de agosto de 2008 às 15:37  
Anonymous Anônimo said...

Sendo Bossa Nova ou não, sou apaixonado por este disco. Ouço sempre. As interpretações são belíssimas.

5 de agosto de 2008 às 15:49  
Anonymous Anônimo said...

'Canção do Amor Demais' é mesmo um momento especial da música brasileira.

Menos pelo violão de João Gilberto e mais por ser uma amostra da obra camerística de Tom Jobim.

Acredito que 'Estrada Branca', 'As Praias Desertas', 'Modinha' e 'Janelas Abertas' sejam bons exemplos da canção de câmara brasileira.

Vinicius já tinha experiência no gênero, como parceiro de Claudio Santoro. A respeito de 'Canção', Vinicius falou as palavras certas: 'a diversidade dos sambas e canções exigia uma voz particularmente afinada; de timbre popular brasileiro mas podendo respirar acima do puramente popular'. Elizeth, em suma.

5 de agosto de 2008 às 16:18  
Anonymous Anônimo said...

É um disco muito mais importante do que pelo simples fato de ter o violão do João Gilberto.
A parceria Tom e Vinicius não teria se desenvolvido da maneira que se desenvolveu ou alcançado a projeção que alcançou se não tivesse primeiro ganho o aval da grande cantora que foi a Elizete.

5 de agosto de 2008 às 17:53  
Blogger Márcio said...

A edição em CD que tenho de "Cançao do Amor Demais" foi lançada pela Movieplay, gravadora portuguesa que atuou por aqui nos anos 90 e que nem sei se ainda existe. Como tudo que a Movieplay lançava, o CD tinha nível de informação zero ou próximo de zero nos encartes. Espero que a edição da "Biscoito Fino" seja bem caprichada, já que, independente da qualidade do que costuma lançar, ela passou a ser a gravadora que pratica os mais altos preços aqui no Brasil.

5 de agosto de 2008 às 17:53  
Blogger Unknown said...

haverá algum tipo de remasterização? era Sterio ou Mono?

5 de agosto de 2008 às 18:33  
Anonymous Anônimo said...

Belíssima iniciativa. Elizeth sempre primou pela elegância e, já aqui, mostrava o fulgor de sua plumagem.
Arranjos atemporais e interpretações dignas de uma grande cantora, fazem deste disco um paradigma de qualidade na história musical do país.

5 de agosto de 2008 às 18:41  
Anonymous Anônimo said...

Concordo. Elizeth e Bethânia compuseram as trajetórias mais elegantes da MPB nas últimas décadas.

5 de agosto de 2008 às 21:23  
Anonymous Anônimo said...

Luc,

Concordo com tudo que você escreveu.

Mas na verdade, o Vinícius queria que a Dolores Duran gravasse esse disco originalmente. Porém, ela era contratada de outro selo que não a liberou.

Eu amo Elizeth, mas fico imaginando como seria esse disco com a Dolores.

abração,
Denilson

6 de agosto de 2008 às 08:40  
Anonymous Anônimo said...

Denilson, muito obrigado pela informação.
Abraço,
Luc

6 de agosto de 2008 às 10:21  
Anonymous Anônimo said...

No encarte da primeira edição em CD, há a informação de q Dolores não se interessou em gravar o disco. Sendo assim, pediu uma quantia muito alta como pagamento, fazendo com q a gravadora optasse por Elizeth.

6 de agosto de 2008 às 12:36  
Anonymous Anônimo said...

grande voz do povo brasileiro.

isso sim é diva.

7 de agosto de 2008 às 23:12  

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