13 de julho de 2008

Ao vivo de Leitte não delimita real carreira solo

Resenha de CD
Título: Ao Vivo em
Copacabana
Artista: Claudia Leitte
Gravadora: Universal Music
Cotação: * *

Em 1999, ao iniciar com bom álbum de estúdio sua estelar trajetória individual, após seis anos de carreira fonográfica no comando da Banda Eva, Ivete Sangalo experimentou outros caminhos e sonoridades sem se afastar da axé music. Não é o que acontece com este primeiro disco solo de Claudia Leitte, a não-assumida rival de Ivete na disputa pela coroa pop baiana. Ao optar por dar o pontapé inicial na sua carreira solo com o registro ao vivo da megaprodução armada nas areias da Praia de Copacabana (RJ) em 17 de fevereiro de 2008, em gravação que alude forçosamente ao aparato montado por Ivete em dezembro de 2006 no Maracanã, Leitte não deu um passo adiante e não cortou o cordão umbilicial do Babado Novo. É como se Ao Vivo em Copacabana fosse mais um disco do grupo que projetou a artista no mercado. Pior: é um disco que anula o upgrade esboçado pelo Babado Novo no CD Ver-te Mar (2007), (per)seguindo a linha populista que vem diluindo o repertório de Ivete nos últimos anos. Leitte involuiu...
Ao Vivo em Copacabana parece mais preocupado em oferecer munição para as micaretas, através de insossas inéditas como No Carnaval de Salvador e Quem É de Fé Balança, do que em pavimentar um caminho estético para a trajetória individual de Leitte. É provável que, enquanto sua inesperada gravidez permitir (aliás, do ponto de vista profissional, o momento para engravidar não poderia ter sido mais impróprio), a cantora anime muitos Carnavais fora de época com músicas do naipe de Beijar na Boca (extraída do repertório da banda Cogumelo Plutão) e Exttravasa (turbinada nesta gravação ao vivo com o rap de Gabriel O Pensador). Mas, longe de um trio elétrico, o repertório deste Ao Vivo em Copacabana pouco empolga. Temas como a balada Pássaros e a canção-reggae Horizonte jogam o disco para baixo. Dentre as inéditas, a única realmente boa é Cidade Elétrica, nova explosiva parceria de Jorge Zarath e Manno Goés, ode a Salvador, gravada em dueto com Daniela Mercury (no DVD que chega às lojas no fim de julho, com seis músicas a mais, o número vai soar ainda mais sedutor por conta das belas coreografias das cantoras).
A propósito, Claudia Leitte atirou em todas as direções ao recrutar os convidados da gravação. A intervenção roqueira de Badauí, do CPM 22, em Bola de Sabão, soa meramente curiosa. Já Wando não acompanha o pique de Leitte, que tenta transformar o hit Fogo e Paixão (1985) em tema de micareta. Neste caso, a presença do convidado somente atrapalha a anfitriã. Por sua vez, a escolha de Busy Man para dueto com Carlinhos Brown é infeliz por remeter - inevitavelmente - ao registro definitivo feito pelo mesmo Brown ao lado de Marisa Monte em seu segundo álbum, Omelete Man (1998). Claro que ficou aquém do dueto original...
Entre regravações do repertório do Babado Novo (Insolação do Coração, Cai Fora, Pensando em Você, Rock Tribal), Claudia Leitte costura Dyer Maker, do grupo Led Zeppelin, com o reggae A Camisa e o Botão. Pode funcionar nas micaretas, mas somente um próximo disco de estúdio vai dizer se Claudia Leitte tem fôlego para sedimentar uma carreira solo longe do populismo que vem norteando as trajetórias das estrelas atuais da música pop baiana.

19 Comments:

Anonymous Anônimo said...

quais são as músicas que estão só no dvd?

13 de julho de 2008 às 12:50  
Anonymous Anônimo said...

Não sei pq gastar os dedos escrevendo algo sobre essa criatura desnecessária...

13 de julho de 2008 às 15:43  
Anonymous Anônimo said...

Não sei como o Mauro conseguiu escrever tantas linhas sobre algo que é tão nada.

13 de julho de 2008 às 16:10  
Anonymous Anônimo said...

Perder tempo escrevendo sobre isso?
Perdoai Pai!

13 de julho de 2008 às 17:29  
Anonymous Anônimo said...

A presença de Daniela conseguiu emprestar um pouco de dignidade ao trabalho dessa cantora. De resto, a única coisa que ela faz muito bem é imitar Ivete Sangalo.

13 de julho de 2008 às 19:11  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, a música Cidade Elétrica é de Jorge Zarath e Manno Góes e não de Michael Sullivan e Carlinhos Brown.

14 de julho de 2008 às 02:42  
Anonymous Anônimo said...

Ela podia ter como qualqer coisa melhor como referência.
Imitar Ivete é imitar o nada.

14 de julho de 2008 às 09:06  
Anonymous Anônimo said...

Daniela no DVD de Ivete Sangalo
Daniela no DVD da Cheiro de Amor
Daniela no DVD da Claudia Leitte
Viva Daniela

14 de julho de 2008 às 10:42  
Blogger Luciana Eastwood Romagnolli said...

A mais sem graça. Genérica.

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"Daniel disse...
Não sei pq gastar os dedos escrevendo algo sobre essa criatura desnecessária..."

rs como a gente é incoerente. daniel não perdeu seu tempo escrevendo pra reclamar de quem perde seu tempo escrevendo...?

14 de julho de 2008 às 15:16  
Blogger Jorge Reis said...

A pergunta que não quer calar:
- O que é a presença de Daniela ?

14 de julho de 2008 às 18:55  
Anonymous Anônimo said...

vocês só estão dizendo isso porque obviamente não deve conhecer o trabalho dela, mal acabou de lançar sua carreira solo e já vem vocês falando mal. E ela tem sucesso por causa disso, tanta pessoa falando mal, inveja, ta fortalecendo cada vez mais o trabalho dela.

16 de julho de 2008 às 02:12  
Anonymous Anônimo said...

Daniel disse...
Não sei pq gastar os dedos escrevendo algo sobre essa criatura desnecessária..."

Esse é mais ridículo do que o dono do blogger.

Bem dono do Blogger, vou lhe dizer uma
coisa.
Quem viver verá que Cláudia Leitte, não é imitação e nem aproveitadora dos cantores e músicas de Grupos passados, se não fosse assim, Ivete Sangalo não poderia mas cantar A canção EVA , não é mesmo ?
Pois sim quem viver verá, o novo álbúm da Cantora Cláuida Leitte.
Ah, sem dizer que ela nem sabe que tú existe
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

16 de julho de 2008 às 02:59  
Blogger Unknown said...

Quem fala que CLaúdia Leitte é apenas uma cópia de Ivete Sangalo não conhece nada sobre a carreira de uma das duas. Análises e mais análises sem qualquer fundamento, apenas superficiais, esquecendo que para opinar precisamos ter embasamento. As carreiras das 2 só têm duas coisas em comum: o sucesso e o ritmo que cantam.

Quem não acompanha de fato o trabalho de CLáudia devia se restringir a ler. Quanto a crítica, achei que o autor também caiu na armadilha da comparação, mas respeito a opinião, pois ele mostrou pelo menos que acompanhou atentamente o CD para criticá-lo.

16 de julho de 2008 às 03:04  
Anonymous Anônimo said...

vc é d + adorei!tudo que vc disse é a mais pura verdade,parabens mesmo,claudia leitte so sabe imitar ivete sangalo

16 de julho de 2008 às 03:15  
Anonymous Anônimo said...

A capa está linda!!!

16 de julho de 2008 às 05:07  
Blogger Grasielle Feliz said...

Infelizmente existem pessoas no mundo que não podem ver o sucesso de outros que isso logo incomoda...Bom Cláudia Leitte é uma cantora de grande talento além do mais ela é linda,tem uma voz inconfundivel apesar de falarem que ela imita Ivete,ela simplismente merece todo respeito e carinho das pessoas pois ela chegou aonde chagou porque merece, Deus nós da o que merecemos e sinceramente o que ninguém merece são essas criticas idiotas de quem não tem o que fazer e fica inrritado com a felicidade de alguém!!! mais de qualquer forma vou olhar as suas críticas pelo lado bom todos lembram que ela existe isso é a prova que ela têm seus valores!!! CLÁUDIAAAAAAAAAA LEITTEEEEEEEEE EXTTRAVASEEEEEEE !!!

17 de julho de 2008 às 19:31  
Blogger Jorge Reis said...

"Quem fala mal não conhece a carreira " ACORDA !!! PESSOA !!!
Qual carreira ?
Só se for no campo da Filosofia ou Física Quantica, explicar o que ainda, e provavelmente, não vai acontecer explicar a carreira da Pseudo diva.

18 de julho de 2008 às 16:35  
Anonymous Anônimo said...

Alguém aí disse que o autor caiu na armadilha da comparação... concordo plenamente. Comparar as duas cantoras parece um recurso um tanto desnecessário para julgar o trabalho de Leitte. Na minha opinião, o que as duas têm em comum é o que também 90% das cantoras baianas têm em comum, fato devido à forte cultura da Bahia (cultura esta que, assim como qualquer coisa que venha do Nordeste, ainda é vítima de preconceito no resto do país).

Apesar do recorrente tema das micaretas, apresentado na maioria das inéditas, deve-se observar que os arranjos deram, sim, uma cara nova à música de Claudia Leitte; mesmo nas regravações, sente-se a mistura do ritmo intenso do axé com a sonoridade pop. Apesar de o CD não ser, nem de longe, o mais brilhante de todos os tempos, não se deve ignorar a carreira solo de Leitte, principalmente por tal carreira solo nem ter começado de fato: ainda está em transição, começando agora a se distanciar do Babado Novo. Como o autor da crítica disse, somente um próximo álbum de estúdio definirá se Claudia Leitte seguirá novos rumos (o que não é nem um pouco improvável, já que a cantora escolheu "Pássaros", que de axé não tem nada, para ser a primeira música de trabalho solo).

30 de julho de 2008 às 09:06  
Anonymous Anônimo said...

ENTRE CLAUDINHA E IVETE, PREFIRO NENHUMA DAS DUAS, MAIS IVETE PELO MENOS É ORIGINAL, NÃO IMITOU DANIELA E QUANDO A MERCURY PROJETOU SUA CARREIRA PARA O EXTERIOR, E INVESTIU EM NOVA ROUPAGEM PARA SUA MUSICA, IVETE FOI PEÇA FUNDAMENTAL PARA A CONTINUAÇÃO DA PRENOMINANCIA DA AXÉ MUSIC, MESMO QUE DE FORMA MARQUETEIRA E PURAMENTE COMERCIAL, IVETE GANHA PELA SIMPATIA E TALENTO QUE INFELISMENTE NÃO É TAO BEM EXPLORADO.

13 de outubro de 2008 às 17:42  

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