13 de abril de 2008

Quinze CDs de Tom voltam avulsos e em caixa

Brasileiro é o título da caixa de discos de Tom Jobim (1927 - 1994) que a gravadora Universal Music vai pôr nas lojas a partir de 6 de maio. A caixa embala reedições remasterizadas de cinco títulos da discografia original do compositor - Caymmi Visita Tom (1964), Garota de Ipanema (1967), Matita Perê (1973), Elis & Tom (1974) e Edu & Tom - Tom & Edu (1981) - e três coletâneas inéditas (Tom Feminino, Tom Masculino e Tom pra Dois) com gravações de músicas de Jobim em vozes de vários cantores. Dos cinco álbuns originais, a trilha sonora de Garota de Ipanema - filme dirigido por Leon Hirszman em 1967 com músicas de Tom e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) - é o título mais raro. A trilha somente foi reeditada em CD em 2001 dentro da caixa de 27 discos Como Dizia o Poeta, dedicada à obra fonográfica de Vinicius, e permanece desconhecida até hoje.
Paralelamente ao lançamento da caixa Brasileiro, a Universal Music também vai pôr nas lojas em maio, em reedições avulsas, mais sete títulos que envolvem a obra de Tom Jobim. Voltarão ao mercado fonográfico nacional The Composer of Desafinado Plays (1963, primeiro disco em que Jobim gravou as próprias músicas - até então ouvidas somente em vozes alheias), Wave (1967), Tide (1970), Ella Abraça Jobim (álbum de 1981 dedicado pela cantora americana Ella Fitzgerald ao cancioneiro jobiniano), Passarim (1987, em edição remasterizada), Rio Revisited (1992, gravado ao vivo com a participação de Gal Costa e também remasterizado para a atual reedição em CD) e Antonio Carlos Jobim and Friends (álbum póstumo que registrou show feito pelo maestro soberano no Free Jazz Festival).

13 Comments:

Anonymous Anônimo said...

porque não colocaram todos os discos na caixa ao invés de ficar criando coletâneas que não tem nada a ver com a discografia d tom?

13 de abril de 2008 às 14:20  
Anonymous Anônimo said...

Todos essenciais. Wave e Tide estou sempre ouvindo. Edu & Tom é muito bonito, destaque para a interpretação de Edu em 'Luiza', onde Lobo mostra que, além de super compositor, poderia ter seguido carreira de cantor se quisesse. Gênio total. Elis & Tom é aquilo que a gente sabe.

Achei só que ficou faltando 'Stone Flower' (1970), cuja capa mostra o Tom de perfil, na penumbra, fumando uma cigarrilha. Nesse disco estão os três temas instrumentais que o compositor fez para o filme 'The Adventurers', da Paramount: Children's Games (que depois de receber letra virou 'Chovendo na Roseira'); Amparo (que recebeu letra de Chico e Vinicius e virou a clássica 'Olha, Maria') e 'God and the Devil in the Land of the Sun', que continuou instrumental.

O filme tem o elenco mais improvável do mundo: Charles Aznavour, Candice Bergen, Olivia de Havilland e a cantora lírica Anna Moffo. É mole?

13 de abril de 2008 às 14:55  
Anonymous Anônimo said...

Que DISCOGRAFIAAA malandro...
Grande Mestre!!

Bruno.

13 de abril de 2008 às 16:02  
Anonymous Anônimo said...

Luc,

Apenas dispenso o álbum "Ella Abraça Jobim", que é fraco, fraco, de marré de si...

O próprio Tom ficou muito decepcionado (de acordo com a biografia escrita pelo Sérgio Cabral pai) com o resultado desse esperadíssimo encontro entre a maior cantora norte-americana com o maior compositor brasileiro em um disco inteiro (no estilo dos clássicos songbooks que Ella gravou nos anos 50 e 60).

abração,
Denilson

13 de abril de 2008 às 17:53  
Blogger Daniel Achedjian said...

Comentei sobre a primeira caixa, lembra Mauro?, mas fica um gosto amargo na boca, com os titulos escolhidos pela segunda. Como disse o Luc, cadé "Stone Flower", "Urubu","Terra brasilis" e até a "Symfonia do Rio de Janeiro" 1956; se bem me lembro. Abraço, Daniel

13 de abril de 2008 às 19:39  
Blogger Carlos Lopes said...

POr falar em Box de cds, alguèm sabe quando está previsto sair as duas box que faltam dos 40 anos Caetanos? Deveriam ter saído em 2007, julgo eu. Tenho as duas primeiras (a "laranja" e a "verde") e gostaria muuito de ter as restantes. Help, please. Obrigado.

Carlos Lopes

14 de abril de 2008 às 09:39  
Anonymous Anônimo said...

Daniel, a boa notícia é que Urubu e Terra Brasilis deverão estar disponíveis nas lojas no fim deste mês, relançados pela Warner. A informação é da Livraria Cultura. Não está barato, mas sai mais em conta do que importar (Dirce, você que é rica, me dá de presente?).

Denilson, realmente houve uma decepção generalizada com o 'Ella abraça Jobim'. Houve um tratamento pouco jazzístico dos arranjos (pra mim, aquilo é quase pop). Agora, vou falar uma coisa baixinho, porque é sacrilégio: Ella Fitzgerald não entendeu naaaaada do samba. O suingue dela - absoluto no bebop e no jazz - não combinou com os ritmos de Jobim. Ficou parecendo rumba, uma coisa que dá nos nervos. O 'Samba de uma Nota Só' dela em Montreux tem o mesmo problema.

14 de abril de 2008 às 12:22  
Anonymous Anônimo said...

E o Matitaperê?

14 de abril de 2008 às 18:38  
Anonymous Anônimo said...

Luc,

Eu gosto muito da gravação de "Samba de Uma Nota Sò" da Ella em Montreux, mas pelo desempenho vocal dela, que acho fantástico nessa música.

Mas concordo que não tem nada a ver com a bossa nova, quiça com o samba.

abração,
Denilson

14 de abril de 2008 às 23:50  
Anonymous Anônimo said...

Edu & Tom é muito bonito, destaque para a interpretação de Edu em 'Luiza', onde Lobo mostra que, além de super compositor, poderia ter seguido carreira de cantor se quisesse. Gênio total.[2]
CONCORDO EM NÚMERO,GÊNERO E GRAU COM O CARO LUC:
E acresço que este disco, indubitavelmente é um dos trabalhos mais lindos que já ouvi,válido ressaltar que infindamente atrelada à música.
Fora a união do fundamental de 2 gerações,cerzir 2 assinaturas inconfundíveis,belíssimas,próximas e vazas', tudo transcorrendo calcado numa admiração recíproca;não há como não citar a intimidade,os ares saudáveis alegres em que este disco foi concebido,o Tom tinha pelo Edu aquela visão paternal diante do rebento e vice versa,e entremeado à toda genialidade de ambos,ainda ganha-se nesse clima absolutamente aprazível,aconchegante em que tudo trascorreu,íntimo...e divinal,o tipo de trabalho único,eu não canso de ouvir;a bela voz do Edu,cheia daquelas 'pinçadas' baritonadas,muito,muito bonitas,de uma elegância ímpar!o piano soberbo,celestial do Tom,as composições absurdamente bem selecionadas de ambos(para mim os melhores registros para duas das maiores pérolas do cancioneiro do Edu estão neste disco 'Pra dizer adeus e 'Canto triste',em versões definitivas).Chega a ser um acinte' para com os meros mortais tal encontro.Deveras, clássico de indispensável figuração,na coleção dos afincos amantes do digno,ufano cancioneiro nacional..."o resto é mar é tudo que nem sei contar..." Quero ambos os boxes!!!
Crisca

15 de abril de 2008 às 03:56  
Anonymous Anônimo said...

Luc acho que a Ella demorou muito em fazer esse tributo ao Tom .Sua voz e sua pessoa já estavam bem desgastadas pela idade e pela doença.Ella morreu diabética e de forma terrível.Basta ouvir suas gravações de músicas de Tom anteriores em uma fase mais privilegiada.Mas concordo que os arranjos também não ajudam.

15 de abril de 2008 às 07:23  
Anonymous Anônimo said...

O Ella abraça Tom. Não é um disco perfeito. Mas têm grandes instrumentistas, e grandes composições.Quando se ouve com atenção ouve-se a grande Ella ja madura mas ainda maravilhosa.Eu não dispensaria,não.

15 de abril de 2008 às 09:30  
Anonymous Anônimo said...

CAÇA-NIQUEL

16 de abril de 2008 às 21:25  

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