14 de abril de 2008

'Mulher 80' documenta explosão feminina de 79

Resenha de DVD
Título: Mulher 80
Artista: vários
Gravadora: Biscoito Fino
/ Som Livre
Cotação: * * * *

Por mais que seja datado por celebrar conquistas femininas já bem assimiladas pela sociedade machista, o programa Mulher 80 - ora lançado em DVD com o registro deste especial criado pelo diretor Daniel Filho e exibido pela Rede Globo na noite de 16 de dezembro de 1979, no rastro do sucesso da série Malu Mulher - é documento perene e ainda sedutor da explosão feminina que deu o tom da música brasileira naquele ano. Foi em 1979 que despontaram Ângela RoRo, Marina Lima e Joanna - três nomes presentes no elenco recrutado por Daniel, diretor da série e do especial - e foi também em 1979 que Gal Costa, Maria Bethânia, Rita Lee e Simone ampliaram seus públicos. Gal vivia resplandecente fase tropical. Bethânia saboreava o primeiro milhão de discos vendidos com o emblemático Álibi (1978). Rita tornava seu rock mais pop com a parceria com Roberto de Carvalho, emplacando naquele ano um dos sucessos atemporais da dupla, Mania de Você. Simone explodia em todo o Brasil com Começar de Novo, a música encomendada a Ivan Lins por Daniel para ser o tema de abertura de Malu Mulher. Como o diretor conta (sem citar nomes) na reveladora entrevista exibida nos extras do DVD, Simone não era a primeira opção para gravar a música de Ivan e Vítor Martins, oferecida originalmente (e isso Daniel não conta...) a Maria Bethânia, que, na época, nem ouviu tal canção, alegando já ter alinhavado todo o repertório de seu próximo disco (diz a lenda que ela teria se arrependido amargamente ao conhecer a música). Daniel também não cita nomes, mas as duas cantoras que não se falavam era Bethânia e Elis Regina (1945 - 1982) - e coube ao diretor omitir o estranhamento na edição do número final, em que todas as cantoras apareceram reunidas no palco do Teatro Fênix.
Foi nesse contexto favorável que Mulher 80 foi idealizado e gravado com a apresentação da atriz Regina Duarte, intérprete da socióloga que dava nome à série Malu Mulher. De acordo com Daniel Filho e com Guto Graça Mello, diretor musical do especial, a seleção das músicas e cantoras teria sido feita com base na prévia seleção feita para a trilha sonora do seriado, o que explicaria a ausência de nomes como Elba Ramalho, Fátima Guedes e Zizi Possi - também projetadas naquele fértil ano em que as mulheres dominavam a cena - e a omissão de sambistas como Beth Carvalho, também em fase de grande popularidade. E o fato é que o especial é retrato bem acabado daquele boom feminino e feminista de 1979. Somente o número coletivo, em que todas as intérpretes entoam Cantores do Rádio (Alberto Ribeiro, João de Barro e Lamartine Babo, 1936), já vale a edição do programa em DVD pela imagem histórica, que, como todas do DVD, merecia ter passado por processo de restauração, embora não apresente má qualidade técnica - assim como o áudio original, bem conservado.
Questões técnicas à parte, o acerto do especial reside também no fato de entrelaçar os números musicais com depoimentos em que as cantoras acabam se expondo. Geralmente travada, Elis se emociona ao falar da filha Maria Rita, então com dois anos, antes de aparecer cantando O Bebâdo e a Equilibrista no palco em que apresentava o show Elis, Essa Mulher, inspirado no homônimo disco de 1979 em que, a pedido da gravadora Warner Music, adotou imagem mais feminina, com os cabelos mais longos. Em cenário adornado com almofadas e velas, em clima baiano, Bethânia admite a gangorra emocional que molda seu temperamento. "Deve ser difícil conviver comigo", supõe a Abelha Rainha, antes de interpretar Álibi (Djavan) na companhia do saudoso violão de Rosinha de Valença (1941 - 2004). Simone, que abre o especial com Começar de Novo, expõe a consciência de sua força física viril. Zezé Motta - então desenvolvendo uma carreira de cantora que se tornaria espaçada a partir dos anos 80 - chora ao lembrar da morte do pai na noite em que recebeu seu primeiro prêmio. Na flor de seus 22 anos, Marina justifica seu despojamento e liberdade joviais (ainda incomuns na época) antes de apresentar Não Há Cabeça com o piano de uma contrariada Ângela RoRo, de cara amarrada por não ser ela a intérprete da própria música. Mas, como ratifica Guto Graça Mello em entrevista dos extras, Mulher 80 teria reproduzido a escalação anterior da trilha de Malu Mulher. É por isso que Feminina, música de Joyce, de teor condizente com o espírito libertário da época, não é apresentada pela autora, mas pelo Quarteto em Cy (com adição da atriz Narjara Turetta, intérprete de Elisa, a filha de Malu na série). O número, aliás, foi gravado no cenário do seriado.
Além de mostrar uma Gal Costa no auge da fase tropical arquitetada pelo empresário Guilherme Araújo (1936 - 2007), Mulher 80 flagra também cantoras que migrariam para terrenos populistas nos anos seguintes. Emoldurada por cenário regional, Fafá de Belém, grávida da filha Mariana, entoa Que me Venha Esse Homem. Joanna - novata no mercado fonográfico, com uma chama que pareceu ter se apagado ao longo dos anos - interpreta Seu Corpo, a canção de Roberto e Erasmo Carlos que ela regravara em seu primeiro LP, editado naquele ano. Enfim, por mais que esteja definitivamente atrelado a um momento e a um contexto específicos, Mulher 80 ainda cativa pela emoção atemporal que brota das falas e dos cantos daquelas vozes que o programa reuniu de maneira antológica. Nunca a música brasileira foi tão feminina.

91 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Gostei da resenha Mauro, mas essa história de trilha sonora é papo prá boi dormir. Nota-se o preconceito musical com as ditas "sambistas". As três CANTORAS de Samba (Alcione, Beth e Clara) não poderiam faltar JAMAIS! Mas explica-se pela produção musical da casa, leia-se: TV Globo, esse desrespeito com as cantoras (apesar de que o samba era vitrine com Alcione e o seu Alerta Geral). Não lembro desse seriado também (só do Denis Carvalho descendo a mamona na Regina Duarte, da Narjara Turetta e só. Mas, será que não tinha um núcleo pobre? Uma empregada doméstica? Só aí, pelo estereótipo, já justificaria uma trilha sonora com samba.(Infelizmente, realidade na nossa teledramaturgia até os dias de hoje!). O rico curte de Jobim pra cima, o pobre, de Bezerra pra baixo. Rico que curte samba no máximo um Paulinho da Viola. Espero que um dia isso MUDE!
Voltando ao dvd, como eu era criança nessa época, engraçado...o único número que me lembro, é justamente o final com Cantores do Rádio. Mas, mesmo assim já deve valer! Abração,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

14 de abril de 2008 às 10:37  
Anonymous Anônimo said...

não vamos procurar chifre em cabeça de cavalo. não comprei o dvd mas vi na casa de um amigo e sei que na entrevista daniel conta que o programa foi encomendado por um diretor da som livre, que nao me recordo o nome, porque o disco com a trilha da série não tava vendendo bem apesar do sucesso da série. portanto o programa seguiu mesmo o repertório do disco. e se a globo tivesse algo contra o samba não tinha escolhido alcione para comandar um especial em horário nobre, mais cedo que o horário em que era passada a série, se nao me falha a memória

14 de abril de 2008 às 11:04  
Anonymous Anônimo said...

É um documento importante de uma década anterior a mediocridade que produziu a Música que Faz Sucesso.
(Naquele tempo as boas músicas tocavam no rádio).
Fora a tristeza de ver Fafá, Joanna e Simone mergulhando no universo do brega romântico.
Se houvesse uma versão deste programa hoje, estariam certamente as personalidades Ivete, Claudia Leite e Perla do funk com a Kelly Key. Que time hein ! Ninguém merece.

14 de abril de 2008 às 11:14  
Anonymous Anônimo said...

Gal sempre Gal, cantando Paula e Bebeto, Maravilhosaaaaaaaaaaaaaaa!!!
Sempe leve, canta leve, canta com alegria.

14 de abril de 2008 às 11:23  
Anonymous Anônimo said...

Daniel Filho na entrevista que está nos extras falou que Simone como primeira entrevistada foi que deu o tom para as entrevistas seguintes. Bons tempos esses em que Simone falava coisa com coisa. O dvd é um primor histórico e quem fica reclamando da ausencia das sambistas é pq não sabe o contexto de Malu Mulher. Informação é precisa.

14 de abril de 2008 às 11:36  
Anonymous Anônimo said...

O dvd é um primor histórico e quem fica reclamando da ausencia das sambistas é pq não sabe o contexto de Malu Mulher".

Desculpe Mauro mas o recado foi pra mim! Grande coisa saber o contexto de Malu Mulher ao reivindicar espaço para as sambistas. Por que preciso saber de contexto de seriado que levantava bandeiras feministas e vangloriava e exaltava a mulher? E uma mulher desquitada naqueles tempos, ó que escândalo! Grandes coisa! O próprio Mauro foi favorável a reivindicação das sambistas! Sem mais.

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

14 de abril de 2008 às 11:58  
Anonymous Anônimo said...

O especial é uma maravilha. Quisera cantoras novas vissem esse especial e descobrissem o que realmente é CANTAR. O melhor time de cantoras que um programa já apresentou. Picolé de Chuchu não existia nessa época!! O buraco era mais embaixo mesmo...

14 de abril de 2008 às 12:43  
Anonymous Anônimo said...

Se o especial foi feito para alavancar o LP da trilha sonora, que não estava vendendo bem (como de fato disse Daniel Filho), entende-se que o LP foi lançado antes do especial. Então, como é possível ter na capa desse LP da trilha uma foto do próprio especial? (mostrando as cantoras reunidas, como na capa do DVD)

14 de abril de 2008 às 13:04  
Anonymous Anônimo said...

Essa gente que reclama da falta das sambistas no mulher 80, deveria saber que no programa apresentado por alcione as sextas feiras na globo e em horairo nobre, logo depois da novela das oito, também nao entrava MPB. Eram rarissimos ou inexistentes as participações de chico, ou caetano ou bethania ou elis ou gal no alerta geral da alcione.
Então era preconceito da alcione com a MPB?

14 de abril de 2008 às 13:19  
Blogger Daniel Achedjian said...

Sempre preciosos, essas réediçoes de antigos programas, mesmo duma qualidade duvidosa. Sera que vocé, Mauro, ou outro perito, pode me dizer se um dia, vao sair esses programmas "Chico & Caetano"(86?) em dvd's?. Quantos foram? Tenho 6 em VHS, mas sao copias de copias...Obrigado para quem pode me informar
Daniel.

14 de abril de 2008 às 13:54  
Anonymous Anônimo said...

COMEÇAR DE NOVO é uma canção que acho linda mas, engraçado, antes de acabar já me cansa ...


Além de também revindicar a ausência de sambistas, me pergunto porque o Quarteto em Cy NÃO deram depoimentos e mesmo participando no numero final, só aparecem na capa como ' participação especial '?( ... em situação pior ficou Angela Roro, além de tocar contrariada, nem no número final aparece ...).

Maria Bethãnia estava mais segura na entrevistas que nos números musicais. Gal Costa estava linda em PAULA E BEBETO (... pena que a música não é grande coisa ). Fafá feliz e à vontade, assim como Rita Lee.


E eu já estive mais empolgado pra adquirir esse DVD!

Um abraço a todos

14 de abril de 2008 às 14:22  
Anonymous Anônimo said...

Não tenho a trilha sonora nem esse DVD daí pergunto ao Mauro ou a quem puder me ajudar ...

Elis Regina é a única a cantar 2 músicas ? Isso está registrado onde ? No DVD ? na trilha sonora ? em ambos ?

14 de abril de 2008 às 14:25  
Anonymous Anônimo said...

É, ainda bem que eu não sou alienado. Ao menos postei antes sobre o Alerta Geral! E dane-se, tinha que ter as sambistas sim!
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

14 de abril de 2008 às 14:27  
Anonymous Anônimo said...

Abril 14, 2008 1:04 PM

O Leo está certo. Lembro que este disco foi lançado no final do ano. A capa era exatamente a foto que está no DVD.
Que eu lembre não havia um disco com a trilha de Malu Mulher.

14 de abril de 2008 às 14:59  
Anonymous Anônimo said...

Bom artigo, Mauro, mas me perdoe: essas cantoras não foram selecionadas por conta das músicas do especial. Realmente, como poderia ser, se a capa do LP tem a foto do especial?

E digo mais: a maioria dessas gravações NÃO FOI INCLUÍDA NAS CENAS DOS EPISÓDIOS DE MALU MULHER. Quem quiser que assista tais episódios e confira que só as músicas de Simone, Elis e Rita Lee é que entraram.

Zizi Possi, Fátima Guedes e Elba Ramalho (que você esqueceu, mas também estreou nesse ano) não eram prioridade naquele momento, e sim Joanna, que logo de cara já tinha vendido + de 100 mil cópias de seu LP.

Quanto às sambistas, como Joyce sempre diz (falando de Clara Nunes), os meios de comunicação no Brasil nunca dão a mesma atenção a artistas que vão muito fundo nas raízes. Ela sabe das coisas.

14 de abril de 2008 às 15:19  
Anonymous Anônimo said...

Olá Mauro,
eu fiz uma resenha sobre esse DVD também no meu blog... O blog foi feito na semana passada e, coincidentemente, o "Mulher 80" foi o primeiro DVD que resenhei...
Se vc puder dar uma olhada, ficaria muito honrado.

Queria convidar também todos os leitores desse blog (sempre com comentários tão pertinentes) para fazer uma visita rápida no meu.
Pretende atualizá-lo diariamente.

Abraço,

Luiz Felipe Carneiro

www.esquinadamusica.blogspot.com

14 de abril de 2008 às 16:21  
Anonymous Anônimo said...

vai ver que a capa do disco foi uma simples foto tirada e não uma imagem apanhada do especial transmitido na telinha.Será que nesse tempo tinha jeito de capturar imagem? 1980 faz tempo d+, é coisa do antigamente. O Mauro hoje tá mais feliz do que " pinto no lixo": adora cantoras, aí tem um dvd inteirinho com elas!!

14 de abril de 2008 às 16:40  
Anonymous Anônimo said...

Vi o DVD em uma loja e gostei. A grandiloqüência de algumas cenas soa meio datada, mesmo, além das falhas ao não incluir gente como Clara, mas, como já comentou um cidadão na nota em que Mauro anunciava o lançamento do DVD, o conteúdo "é madeira de dar em doido: registros maravilhosos de todas as cantoras".

Acho que merecem registro as performances de Narjara Turetta (por descompromissada, já que ela não é cantora profissional, ficou até, digamos, "fofinha") e Rita Lee (naquela época, exalando beleza - não estética, mas sim de personalidade. Notava-se - e nota-se - que ela mesma percebia que estava vivendo uma fase especialíssima na carreira e na vida).

Ah, para sanar mal-entendidos: Elis não canta duas músicas. Cantar, mesmo, só canta "O Bêbado e a Equilibrista": "Maria, Maria" só aparece em algumas cenas. Mais ou menos o que acontece com Gal: só canta "Paula e Bebeto", mas aparecem cenas dela cantando "Meu Nome é Gal". Não sei, então, porque a Pimenta recebeu crédito pelas duas músicas.

Ah, sim, só para atiçar: nos extras, Daniel Filho assume que, na hora de se misturarem, em "Cantoras do Rádio", duas das participantes nem se tocaram, por melindres que ele diz, hoje, "superados". As cantoras brigadas não são mencionadas.

14 de abril de 2008 às 17:03  
Blogger Flávia C. said...

"Além de também revindicar a ausência de sambistas..."

Como assim "reivindicar a ausência"?? Elas estavam ausentes, não há nada o que reivindicar!
No máximo, no máximo, reivindicar a presença delas...

14 de abril de 2008 às 17:53  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 4:40, realmente parece uma simples foto, e não uma imagem capturada. A questão é que Daniel Filho estranhamente disse que o especial foi realizado para alavancar as vendas do disco. Mas a capa desse disco tem uma foto tirada claramente durante a gravação desse especial! Sendo assim, fica claro que PRIMEIRO veio o especial, e DEPOIS saiu o disco, com a foto do especial ilustrando a capa. Acredito q Daniel Filho se enganou.

14 de abril de 2008 às 18:19  
Anonymous Anônimo said...

Só gostaria de fazer justiça aos músicos acompanhantes em algumas faixas.

Como mencionado por Mauro, as imagens de Elis são retiradas do show "Essa Mulher", que ela apresentava, então, no Anhembi, em SP. Aliás, a apresentação é a mesma do álbum póstumo "Elis Vive", de 1998.

A banda de Elis na época: Cesar Mariano (teclados), Crispim del Cistia (teclados), Ricardo Silveira (guitarra e violão), Nenê Benvenuti (baixo), Luís Moreno (bateria), Chacal (percussão) e, como participação especial, Caçulinha (acordeon).

Já com Rita, só três músicos: Roberto de Carvalho, ao piano elétrico Fender Rhodes, e o, na época, casal Naíla Skorpio (percussão) e Guto Graça Mello (violão). Rita ainda ajuda com seu violão Ovation.

Simone cantou, ao vivo, com o acompanhamento gravado do LP "Pedaços", em que estava "Começar de Novo": Gilson Peranzzetta (pianos acústico e elétrico), Ivâni Sabino (baixo), William Caram (bateria), Chico Batera (percussão), Olmir Stocker (guitarra) e Alceu Reis (violoncelo).

Com relação a Gal, confesso não ter certeza dos músicos que a acompanhavam na apresentação captada pelas câmeras, na temporada do show "Gal Tropical" no teatro Casa Grande, no Rio. Alguém ajuda?

Felipe dos Santos Souza

14 de abril de 2008 às 18:35  
Anonymous Anônimo said...

Com Gal, no show Gal Tropical e na gravação do Mulher 80, estava a BANDA TALISMÃ:
Robertinho do Recife, guitarra e violão
Perna Froes, teclados e direção musical
Juarez araujo, Sopros
Charles Chalegre, Bateria
Moacyr Albuquerque, Baixo
Sergio Boré, percussão
Zizinho e Tangerina, Ritmo e percussão
Cenario e Direção de Arte: Luciano Figueredo e Oscar Ramos
e os 3 guilhermes:
Guilherme Araujo, direção
Guilherme Guimarães, figurino
Guilherme Pereira, maquiagem

A PARTE DE GAL FOI GRAVADA AO VIVO NUMA APRESENTAÇÃO DO SHOW GAL TROPICAL NO TEATRO CASA GRANDE, RIO DE JANEIRO.

14 de abril de 2008 às 19:07  
Blogger Marcello said...

Independente de ser preconceito ou não, e nao entro nesse merito, Beth Caravalho, Clara Nunes e Alcione eram consideradas nos anos 70 e 80 cantoras de segunda classe, por mais sucesso que poderiam fazer.
Não atingiam a faixa de publico a que este programa estava destinado.

14 de abril de 2008 às 19:10  
Anonymous Anônimo said...

As sambistas citadas aqui não tinham estofo nem prestígio para figurar ao lado da nata feminina da MPB à época. Gostos a parte.
Este Especial é revestido de uma aura de emoção que sobreviveu ao tempo. E só lamento Zezé Mota não ter querido (ou conseguido) levar com afinco sua verve de cantora, seu talento maior. Tinha uma performance cênica fantástica. Comparável apenas à Bethânia, Ney e Elba. O LP onde registrou Pecado Original é obra prima.

14 de abril de 2008 às 19:22  
Anonymous Anônimo said...

Imaginem como seria um especial MULHER 2008 ????? Crédo que meda !
O faustão fazendo a chamada: Não percam o especial Mulher 2008 com as gloriosas presenças de:
Sandy, Wanessa Camargo, Pitty, Perlla, Kelly Key, Tatti Quebra Barraco, Negra Li, e Ivete Sangalo.

rs rs. Ainda bem que não fizeram !

Edu - abc

14 de abril de 2008 às 19:39  
Blogger Vladimir said...

Esses resgates históricos, que graças à Deus ainda acontecem, faz com que relembremos de uma época em que a TV brasileira dava espaço para a boa MPB. Hoje em dia, raramente se vê este tipo de especial musical, onde programas humorísticos, telenovelas, BBB's e programas de baixa qualidade dominam os horários televisivos. Já que talvez não existam mais, que resgatem outros especiais assim, que nos lembra que a MPB já teve espaço na televisão e que tinha boa aceitação do público!

Bem vindo seja então este DVD e que outros entrem na mesma trilha.

14 de abril de 2008 às 19:46  
Blogger Vladimir said...

Pena que Zizi Possi está ausente neste especial!!

14 de abril de 2008 às 20:21  
Anonymous Anônimo said...

Pelo que me lembro, ao menos Bethânia foi ao Alerta Geral da Alcione.

Flávio

14 de abril de 2008 às 23:12  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,por falar nas cantoras,já está em pré-venda na saraiva o cd da Zélia com a Simone.levante informações pra nos dar sobre o dvd.

15 de abril de 2008 às 01:52  
Anonymous Anônimo said...

Gilson Peranzzetta, Cesar Camargo Mariano, Chico Batera e até o Caçulinha, que arranjou discos tão lindos na década de 60... valeu Felipe, é bom saber que nem todo mundo vive no mundinho de mulhees que cantam.

Você foi a primeira pessoa a me animar a ver esse DVD.

15 de abril de 2008 às 03:42  
Anonymous Anônimo said...

Só pra lembrar: um dos CDs mais esperados do ano já está na pré-venda da Saraiva: Zélia Duncan e Simone - "Amigo é casa"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=2526508&ID=BD307B0D7D8040F0813010184

15 de abril de 2008 às 08:39  
Anonymous Anônimo said...

"Elis geralmente travada"?
Ser Reflexiva é ser travada, Mauro?
Me poupe!

15 de abril de 2008 às 09:24  
Blogger Flávia C. said...

"...Ainda bem que não fizeram!"

Eu diria mais, Edu: tomara que não façam! :-)

Ah, mas, Anônimo das 3:42, nem todo mundo vive no mundinho das mulheres que cantam. Acontece que o post é sobre isso...

(Também gostei do comentário do Felipe sobre os músicos participantes. É claro que valoriza ainda mais o projeto.)

15 de abril de 2008 às 09:28  
Anonymous Anônimo said...

Parei de ler as asneiras de não atingirem a determinados públicos, estofo e nem prestígio, sambistas são de segunda classe, sub-cantoras.... Quer dizer que na "hierarquia" do elitismo na MPB, Alcione, Beth e Clara estão atrás de Zezé Motta, Angela Rô Rô, Marina Lima, Joanna, Rita Lee etc? Sem comentários!
O que conforta, GRAÇAS A DEUS, é saber que muitos daqui, inclusive o dono do blog, não pensam desta forma. Daqui a um tempo veremos como serão conduzidas determinadas carreiras, serão as Angelas Marias de amanhã. Sem mais. Até porque é difícil debater com gente ignorante.

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

Perfeita a observação a respeito do Alerta Geral, Alcione já recebeu Bethânia, Gonzaguinha e outros que não são considerados sambistas.

15 de abril de 2008 às 09:36  
Anonymous Anônimo said...

Turma da Nana Caymmi em meados daqueles tempos:João Donato,piano.Toninho Horta/Helio Delmiro,violão,guitarra.Novelli/Luiz Alves,contrabaixo.Robertinho Silva,bateria.Dori,violão,arranjos e direção.Quer dizer....Nada a dizer.

15 de abril de 2008 às 09:42  
Anonymous Anônimo said...

Flávia, agradeço tua correção e meus parabéns a Felipe e Marcelo pelos comentários.

15 de abril de 2008 às 09:59  
Anonymous Anônimo said...

Abração Diogo e apareça no msn.

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

15 de abril de 2008 às 10:42  
Anonymous Anônimo said...

A ausência de Nana Caymmi é imperdoável também, porque foi de meados aos fins dos 70 que Nana fez seus melhores discos, com 'a turma' de craques citada acima.

15 de abril de 2008 às 11:10  
Anonymous Anônimo said...

Quando se ouve os discos da Nana daquela época tem-se a impressão que eles acabaram de ser elaborados.De um a riqueza,uma competência e genialidade absurdas.Como a Ella bem lembrada no post abaixo,Nana exibe sua melhor forma com os jazzistas.Conseguem deslocá-la do universo do bolero com um respeito,uma lógica que tornam a sonoridade daqueles discos,única em toda nossa música.Ainda bem que todos estão vivos e ainda esperamos o retorno desta configuração na carreira da Nana.

15 de abril de 2008 às 12:07  
Anonymous Anônimo said...

MARAVILHOSA REEDIÇÃO DESSE DVD "MALU MULHER" ;
REALMENTE UMA PÉROLA PRA SE TER E GUARDAR O QUE É REALMENTE UMA BOA MÚSICA.
SIMONE MARAVILHOSA NA ÉPOCA E HOJE RETOMANDO A MESMA SIMONE DAQUELES TEMPOS, MUITO LINDO REVER.
SIMONE HOJE ESTÁ COMO VINHO, NÃO SÓ NA APARÊNCIA, MAS NO CANTAR, GRAÇAS QUE ELA VEM APRESENTANDO ÓTIMOS TRABALHOS NOS ULTIMOS 5 ANOS, RESGATANDO A SIMONE QUE ELA DEIXOU LÁ ATRÁS.
SALVE A CIGARRA!

15 de abril de 2008 às 13:00  
Anonymous Anônimo said...

"Independente de ser preconceito ou não, e nao entro nesse merito, Beth Caravalho, Clara Nunes e Alcione eram consideradas nos anos 70 e 80 cantoras de segunda classe, por mais sucesso que poderiam fazer.
Não atingiam a faixa de publico a que este programa estava destinado." Tomj está certo. Clara Nunes, por exemplo, tem hoje um prestígio que nunca teve em vida. E convenhamos, Beth Carvalho cantando "ô coisinha tão bonitinha do pai" não combinava com aquele programa.

15 de abril de 2008 às 13:11  
Anonymous Anônimo said...

Prefiro ouvir ô coisinha tão bonitinha do pai a ouvir então é Natal! Comércio puro!

15 de abril de 2008 às 13:17  
Anonymous Anônimo said...

Realmente, Beth cantando Coisinha do Pai não combinaria, mas ela poderia muito bem cantar Passarinho, Obrigado pelas Flores, O Mundo é um Moinho, As Rosas não falam e tantos sambas lindos e dolentes que gravou na década de 70, alguns MUITO SUPERIORES a certas pérolas, por sinal "conhecidíssimas" (frisar nas aspas) incluídas no repertório desse dvd. Clara com Que seja bem feliz, Obsessão, Outro recado, Fado Tropical etc e Alcione num tempo em que cantava músicas de qualidade como Gostoso Veneno, Ilha de Maré, Vendaval da Vida etc

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

15 de abril de 2008 às 13:31  
Anonymous Anônimo said...

Diogo, só algumas interpretes salvam esse encontro pois a trilha sonora mesmo tendo Roberto, Caetano,Ivan ... é uma lástima! Salvo João, seu bêbado e sua equilibrista !

15 de abril de 2008 às 13:33  
Anonymous Anônimo said...

Prefiro ouvir ô coisinha tão bonitinha do pai a ouvir então É o amor! Comércio puro!

15 de abril de 2008 às 14:39  
Anonymous Anônimo said...

Com Simone, Gal Costa, Maria Bethânia, Marina Lima, Angela Roro e Joanna e o Mauro diz que " Nunca a música brasileira foi tão feminina " Me poupe !!

15 de abril de 2008 às 16:24  
Anonymous Anônimo said...

4:24, a professora falou para não misturar gênero com orientação.

15 de abril de 2008 às 17:47  
Anonymous Anônimo said...

Prefiro ouvir ô coisinha tão bonitinha do pai a ouvir então É o amor! Comércio puro! (2)

15 de abril de 2008 às 17:47  
Anonymous Anônimo said...

Achei bem fofo este DVD. Embora Joanna, talvez mal escalada, tenha se revelado aquém do prometido, a maioria destas cantoras já desfrutava de muito prestígio na época. Grandes divas como as baianas e Elis. Rita Lee em seu melhor, Zezé exalando talento e sensualidade, Marina elegantemente cool...
Quanto a Nana, tb nada a ver. Esta sempre foi atemporal. Paira há décadas sobre tudo e todas. No Brasil, uma cantora sem paralelos.
Billie, Piaf, Amália. E Nana.

15 de abril de 2008 às 22:13  
Anonymous Anônimo said...

PREFIRO OUVIR: ÁLIBI e MILHARES DA SIMONE E DAS OUTRAS.

15 de abril de 2008 às 22:15  
Anonymous Anônimo said...

Prefiro ouvir: MILHARES DA SIMONE
Luca

16 de abril de 2008 às 07:54  
Anonymous Anônimo said...

1:33 eu concordo em alguns pontos com você pois gosto de ( quase )todas as interpretes mas poucas músicas da trilha sonora me agradam ... Eu ouvi comentários semelhantes ao feito pelo leitor das 4:24.


" Elis não canta duas músicas. Cantar, mesmo, só canta "O Bêbado e a Equilibrista": "Maria, Maria" só aparece em algumas cenas. Mais ou menos o que acontece com Gal: só canta "Paula e Bebeto", mas aparecem cenas dela cantando "Meu Nome é Gal". Não sei, então, porque a Pimenta recebeu crédito pelas duas músicas. " (2)

16 de abril de 2008 às 09:13  
Anonymous Anônimo said...

"Maria Maria" aparece praticamente emendada em "O Bêbado e a Equilibrista". Acho que seria um erro não dar crédito à música. A falha foi não ter citado "Meu Nome é Gal".

16 de abril de 2008 às 10:52  
Anonymous Anônimo said...

Realmente, as músicas do projeto, excetuando O Bêbado e o Equilibrista do João, na voz magnífica da Elis, demonstram o nível de repertório desse projeto, de parco para fraco. É até um alento não terem as sambistas citadas pelo Marcelo e os clássicos que as três já revelaram para a MPB. Até porque das cantoras de primeiro escalão listadas, muito poucas nos derão verdadeiros clássicos da MPB. Por acaso está no inconsciente coletivo ou alguém cantarola Paula e Bebeto ("clássico" da MPB)? O mesmo não podemos dizer sobre As rosas não falam, ninguém conhece, só os especialistas do blog.

16 de abril de 2008 às 10:59  
Anonymous Anônimo said...

"Billie, Piaf, Amália. E Nana" (2)

Concordo!

16 de abril de 2008 às 11:20  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

Correção: deram.

16 de abril de 2008 às 11:41  
Anonymous Anônimo said...

"Billie,Piaf,Amália.E Nana"(3)

16 de abril de 2008 às 14:25  
Anonymous Anônimo said...

A verdade é que a trilha sonora do seriado MALU MULHER contava ainda com a interpretação de Maysa para ' Dois Meninos '.

Maysa morreu em 1977 e como disse o Mauro na resenha o especial foi exibido em dezembro de 1979.

16 de abril de 2008 às 14:45  
Anonymous Anônimo said...

A grande questão é que Alcione e Clara sempre foram superiores a maioria das cantoras de MPB. Se estivessem escolhido este caminho seriam tão respeitadas quanto Bethânia, Gal e Zizi. Já Beth Carvalho sempre foi uma cantora menor, que era muito interessante, hoje nem isso. Aliás, tirando Bethânia, nenhuma delas são mais alguma coisa.

16 de abril de 2008 às 19:40  
Anonymous Anônimo said...

até agora não entendi por que Quarteto em Cy em vez da Joyce...

e um Mulher 2008?
quem canta as artistas que seriam escolhidas pela Rede Globo?

17 de abril de 2008 às 00:03  
Anonymous Anônimo said...

Estava refletindo no que o anônimo das 10:59 postou e agora com a opinião (que deve ser respeitada do colega da Lapa). Beth Carvalho é uma cantora menor? Quem nos dera caso as cantoras ditas "maiores" (coitadas!) terem descoberto e lançado alguns clássicos da MPB como: Andança, As Rosas Não Falam, O mundo é um Moinho, Folhas Secas. Acho que somente Elis nos deu tantos clássicos como Beth. Me aponte um clássico da MPB lançado por exemplo pela Zizi Possi (nada contra esta)?
Com essa falta de resposta eu me calo e continuo VENERANDO a maior Cantora de Samba desse país.
De acordo total com Clara Nunes que era uma grande cantora e sabia variar e escolher muito bem seu repertório (na minha opinião engolia Elis, Bethânia, Gal) e quanto à Alcione, grande cantora, belíssima voz, porém, destoa por não saber escolher músicas. E Beth Carvalho está pra nascer uma com a coerência na escolha do seu repertório. Me desculpem as outras, mas Samba, quer queiram ou não, é a maior autoridade nesse país, entende de música, dá palpite nos arranjos, músicos etc e canta maravilhosamente bem. Salve a liberdade de democracia!

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

Ouça-me bem amor preste atenção o mundo é um Moinho (Moinho? Tô fora! Só mesmo O Mundo é um Moinho, de Cartola!) Salve a Lapa dos grandes, eternos e dos novos sambistas!

17 de abril de 2008 às 08:37  
Anonymous Anônimo said...

rs Salve a Democracia, Mauro! Ia postar Salve a liberdade de expressão também! Abraço forte e tem notícias dos projetos que citei no e-mail?

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

17 de abril de 2008 às 09:10  
Anonymous Anônimo said...

MILHARES DA SIMONE (3)

17 de abril de 2008 às 09:15  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

Por favor retifique: tivessem descoberto e nos dado. Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

17 de abril de 2008 às 09:27  
Anonymous Anônimo said...

Zizi lançou Papel machê, A paz, Pedaço de mim, O circo místico e tornou seus clássicos Luz e mistério, Nunca, Mais simples, Sobre todas as coisas e Valsa brasileira. Essas últimas 2 só se tornaram clássicos da mpb depois que Zizi as regravou.

17 de abril de 2008 às 12:27  
Anonymous Anônimo said...

Ah, Fátima! Por favor! Comparar essas músicas a Cartola e Nelson? E o Nunca que você se refere é o do Lupicínio Rodrigues? Até parece que virou clássico na voz da Zizi. Vem de antes com Linda Batista e Jamelão.
A paz é aquela que invadiu o meu coração? Na boa, a música é excelente, a Zizi é linda, mas não se enquadra nos clássicos da MPB. Não é nenhum Canta Brasil, Nunca, Fascinação, O bêbado e o equilibrista, Carcará, Aquarela do Brasil, A flor e o espinho, Feitiço da Vila etc Um beijo,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

17 de abril de 2008 às 13:19  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo: Abril 17, 2008 12:03 AM

felizmente:
Adriana Calcanhotto
Marisa Monte
Roberta Sá
Vanessa da Mata
Chicas

infelizmente:
Sandy
Ivete Sangalo
Pitty
Cláudia Leitte

17 de abril de 2008 às 17:35  
Anonymous Anônimo said...

MARCELO, OK QUE VC VENERE BETH CARVALHO MAS QUERER ELEVÁ-LA A CATEGORIA DE DIVA É MALHAR EM FERRO FRIO. NEM ELA MESMA ACREDITARIA NISSO.
CANTORA COERENTE, OPORTUNA, FAZ BEM SEU TRABALHO. NÃO É A ÚNICA. E NÃO TEM A CENTELHA QUE DIFERENCIA UMA BOA PROFISSIONAL DE UMA GRANDE ESTRELA. VAI DEVAGAR...
QUANTO AO DVD ACHEI MUITO INTERESSANTE. SIMONE ESTAVA FANTÁSTICA, MARINA LIMA IDEM, GAL TODA ENERGIA, E BETHÂNIA JÁ ENTIDADE. FAFÁ, AINDA ESPONTANEAMENTE SENSUAL, ZEZÉ, UM TROÇO, RITA, PURA MATURIDADE E SAÚDE, E ELIS, A GRANDE CANTORA DO PAÍS.
FALTOU APENAS ZIZI.

17 de abril de 2008 às 18:18  
Anonymous Anônimo said...

Caro Jay,

Aceito o que você quis dizer, mas sinceramente, por que não? Venero e sempre venerarei e a considerarei uma das grandes divas da MPB. Voz, nem sempre é TUDO! Coerência e bom gosto também elevam um artista nos seus trabalhos. Já imaginou se todas fossem Elis? Que cada um siga os seus gostos e exaltem (com toda razão Bethânia, Gal, Elis etc), tudo bem, não entro nesse mérito! Mas, rebaixar uma artista e transformá-la em menor, isso eu não permitirei. Cada um aqui faz a média de acordo com as suas predileções. Sigam as suas escolhas, as minhas eu faço sempre e não vejo mal em manifestá-las. Uma coisa eu sei, nunca fui atrás de modismos, o sentimento é outro. Beth será sempre diva, bem como Clara, Alcione e tantas outras que admiro (inclusive, outras cantoras fora do Samba). E o repertório da Beth, NA MINHA OPINIÃO A CREDENCIA sim, na lista das GRANDES CANTORAS. Questão de ótica, saiba respeitar! E não desejo arrebanhar nenhuma ovelha para que siga os meus credos, só não permito sub-classificação e principalmente, diminuição de talentos. E por que não é ou não pode ser? Gostaria imensamente que os entendidos me explicassem! Por que algumas são endeusadas e outras são deixadas de lado. Quais os critérios? Técnicas vocais? Agudos? Pra que servem? Tem tantos aí, maravilhosos e esquecidos, em final de carreira,infelizmente, que as gravadoras não querem saber. E tem muitas que vocês exaltam, que sinceramente EU nunca vi nada demais. Como escrevo sempre, vai da sensiblidade e do gosto de cada um. Eu já apurei os meus. Sem mais e taí os clássicos citados que uma SAMBISTA "menor" (na ótica dos entendidos) já contribuiu (e muito) para o legado da MPB. No mínimo, serve para refletir. Um abração,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

17 de abril de 2008 às 20:10  
Anonymous Anônimo said...

Quando ouvi "Nome Sagrado", CD em que Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho senti uma emoção tão forte que percebi o quanto a cantora estava sendo sincera ali naquela homenagem. Beth não é somente grande sambista. É isso e muito mais. Uma das melhores cantoras deste país!

17 de abril de 2008 às 20:31  
Anonymous Anônimo said...

Ô, Lauro! Captou a mesma coisa que senti. Fiquei feliz com esse teu comentário agora! Aliás, que instrumental nesse disco! Simplesmente maravilhoso! Forte abraço e ganhei o dia com suas palavras,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

17 de abril de 2008 às 21:22  
Anonymous Anônimo said...

Mulher 2008:
SIMONE entre altos e baixos desceu das botas e tá difícil encontrar novamente o passo.
GAL COSTA se acomodou no papel de matrona-mor da MPB.
FAFÁ DE BELÉM entoou o samba-d0-criolo-doido e dele não se separou desde então.
JOANNA...alguém sabe que fim levou???
QUARTETO EM CY sem comentários.
ZEZÉ MOTA não conseguiu manter a carreira de cantora e tem cumprido uma medíocre trajetória de atriz.
MARINA LIMA evoluiu muito desde os 80 mas, infortunadamente, está com um fio de voz.
MARIA BETHÂNIA cresceu como cantora e se tornou dona absoluta de seu passe.
RITA LEE veio tropeçando, claudicando, se arrastando, mas veio.
ELIS REGINA voltou (mal) repaginada pela filha mas continua imbatível no posto de maior cantora da sul américa.

17 de abril de 2008 às 22:23  
Anonymous Anônimo said...

Pra mim, a discussão encerraria aqui: "NÃO TEM A CENTELHA QUE DIFERENCIA UMA BOA PROFISSIONAL DE UMA GRANDE ESTRELA". Jay disse tudo.Além de não ter a voz, Beth (com todo o respeito pelo seu trabalho em defesa do samba), não tem essa "centelha", sob nenhum aspecto pode ser comparada à Gal, Bethânia, Elis, Dalva, Ângela. E quanto aos clássicos: Folhetim, Força estranha, Luz do sol, Dom de iludir, Vapor barato, Modinha para Gabriela, Baby (Gal), Olhos nos olhos, Terezinha, Anos dourados, Tá combinado, Explode coração, Grito de alerta (Bethânia) não são clássicos? Sem falar nas regravações que se tornaram clássicas na voz de Gal: Canta Brasil, Aquarela do Brasil, Balancê, Só louco, Vatapá, No tabuleiro da Baiana, Olhos verdes, Dindi. Beth está a anos luz dessas divas, não dá para forçar a barra. É uma ótima sambista. E só.

17 de abril de 2008 às 22:40  
Anonymous Anônimo said...

Encerro da minha parte essa discussão (boba) com esses grandes clássicos citados pelo anônimo das 10:40, nenhum deles chega nos "pés das notas musicais" dos que foram citados. Algumas superiores somente a Andança, e só. E quanto à centelha, deixa pra lá. Veremos até onde chegarão algumas das sessentonas aclamadas daqui a 15 anos. (Tirando Bethânia, claro) Marisa, Ana, Roberta e tantas outras se encarregarão de jogá-las no limbo, pois seguem a mesma risca das futuras vovós da MPB e entre o novo e o velho, o brasileiro é ingrato e as deixarão de lado, o público de determinados artistas nem sempre se renovam. Salvem os selos! Pois se dependesse das gravadoras não sobraria nenhuma pra contar história, nem a minha. Taí a diferença!

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

18 de abril de 2008 às 08:30  
Anonymous Anônimo said...

Bravo 10:23!

18 de abril de 2008 às 08:45  
Anonymous Anônimo said...

É isso aí Marcelo, gostei do " Encerro da minha parte essa discussão (boba) ... ".

Outra coisa, acho que "Nome Sagrado", CD em que Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho é o melhor da carreira dela.( O cd - ode a Cartola também é bom mas está mais pra coletânea pois é um apanhado de gravações em anos anteriores )

18 de abril de 2008 às 10:53  
Anonymous Anônimo said...

Abraço meu amigo Diogo! E o Nome Sagrado é um discaço! Ainda por cima feito numa gravadora pequena com poucos recursos, a Jam Music, da nossa Jane Duboc, por sinal, maravilhosa também! E quanto ao BC Canta Cartola, é uma coletânea idealizada pelo Rodrigo Faour, outro jornalista que admiro, mas que é um apanhado das várias músicas do Cartola que a Beth registrou. Ainda por cima um projeto bem sucedido, o povo também gosta do que é bom (vide Ney canta Cartola). Se fosse a Beth lançaria um disco de inéditas somente com Cartola e ela tem muitas pérolas do grande mestre da verde e rosa no seu baú.

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

18 de abril de 2008 às 11:08  
Anonymous Anônimo said...

Bravo, 10:23 ! (2)

Sintetizou tudo em poucas palavras e jogou na cara da gente. Adorei!

18 de abril de 2008 às 18:16  
Anonymous Anônimo said...

10.23, vc foi pontualíssimo (a). Parabéns!

Quanto à Beth, anos-luz de qualquer centelha de brilho ou genialidade. Neste quesito, Alcione com um repertório bem mediano, tem muito mais carisma. E Clara Nunes deveu muito de seu sucesso a uma impressionante empatia com o público. Além de uma voz poderosa, evidente.
Beth Carvalho tem seu valor como sambista. Apenas.
E, diferente do que alguém citou acima, ela SE ACHA, sim, uma grande diva da MPB. Deixa, né?

18 de abril de 2008 às 18:53  
Anonymous Anônimo said...

Dizer que Beth Carvalho é uma cantora menor ou de segunda classe é um desrespeito a Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Monarco, Ivone Lara...

Enfim, é um desrespeito à música brasileira.

18 de abril de 2008 às 23:35  
Anonymous Anônimo said...

Concordo, Marcelo, essas sessentonas com certeza estarão no limbo daqui a menos de 15 anos(inclusive Bethânia). A única que continuará reinando será Beth
Carvalho!

19 de abril de 2008 às 01:36  
Anonymous Anônimo said...

10:23, impressionante...matou a pau. E eu que já assisti show da ZEZE tb lamento ela ter preterido os palcos. Lamento igualmente o problema de voz da Marina e o rumo enlouquecido que Fafá deu a sua carreira.
Gal se acomodou mesmo, Simone realmente dá uma no ferro outra na ferradura, Rita sobreviveu, e Bethania é a única que bebeu da fonte da juventude (de alma).

19 de abril de 2008 às 09:49  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com o comentário de JAY lá pra cima.
EX: Maria Bethânia, apesar de um belo timbre, é uma cantora mediana. Semitona à beça, desafina (ainda, sim senhor), não alcança notas importantes (e culpa a banda), atropela a banda, inclusive. Mora longe da técnica de uma Zizi e da sensibilidade genuína de uma Nana.
Bethânia é arquetípica. Interpreta a emoção antes de senti-la. Diria que ela 'vai atrás da emoção' e não a espera vir naturalmente. Elis, Nana, são cantoras que, ao contrário, se deixam guiar pela emoção.
Apesar de tudo isso, MB tem a tal centelha a que Jay se refere. Seu carismo é absurdo, sua performance cênica é sedutora e sua palavra tem autoridade. Beth Carvalho, por ex, não abriga um só destes valores. Bate bem o seu cartão, quem duvida?! mas minha tia Linda tb é excelente profissional em sua atividade. Infelizmente, porém, minha tia não foi agraciada com a egrégora que nos faz confundir simples mortais com deuses do Olimpo.
A senhora baiana de Santo Amaro ocupa este lugar. Outras poucas. Pouquíssimas.

19 de abril de 2008 às 10:06  
Anonymous Anônimo said...

Esse comentário do 06:53 são de fãs da Clara e da Alcione. Essa gente que se omite em prol de duas e malhando a outra tenho que ignorar. Coitados!
11:35 Concordo em gênero, número e grau! Abraço.
E 01:36 o tempo será o Senhor da razão, veremos como se portarão as atuais vovós da MPB. Aproveitem o tempo de sobrevida! Capaz de inventarem um meio para lançarem os respectivos cd's de samba, sabe como é, velha guarda, ainda tem público para comprar, quem sabe?
Abraços,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

19 de abril de 2008 às 10:24  
Anonymous Anônimo said...

Deus ajuda os justos e os bons mesmo os que são excelentes profissionais! Talvez a falta de humildade tenha atrapalhado certas carreiras. Deve ser por isso que existem os bem sucedidos e os frustrados. Sem mais!

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

19 de abril de 2008 às 20:55  
Anonymous Anônimo said...

Assisti o DVD e achei jurássico. Cenários torpes.
Nada a ver Narjara cantando com o Quarteto. Joana completamente inexpressiva. Gal parecendo caricatura de si mesma. Fafá, linda, e já dando sinais do 'dengo de vittrine' que viria a colar em todas as suas interpretações a partir dali.
Zezé, magnífica, cavalo de raça. Elis, a mais expressiva e sensível. Rita, molecaça, maravilhosa, faz o melhor número do musical. E Bethania melhorou muito desde ali.

20 de abril de 2008 às 12:58  
Anonymous Anônimo said...

Achei legal ver algumas destas cantoras quando jovem, principalmente Marina Lima. Bethânia continua igual (parece que bethania nunca foi jovem na vida), tem sempre um porte amadurecido. Gal, achei patética, mas a cara dos 70: cor e exagero. E Rita é sublime fazendo seus 'tipos'. Simone já estava linda mas ficou ainda mais com a idade.

20 de abril de 2008 às 13:40  
Anonymous Anônimo said...

Só gostei da RITA LEE e da ELIS REGINA

20 de abril de 2008 às 13:48  
Anonymous Anônimo said...

anonimo da 1:40
se Simone fosse menos linda talvez não tivesse feito tantos discos ruins dos anos 80 época em que ela se preocupou em vender mais a imagem do que a voz. Vai ver que ganhou popularidade dos milhões de discos vendidos mas perdeu prestígio e respeito do seu público de bom gosto. Hoje sobrou na sua platéia gente que adora Separação, Tudo por Amor, Água na Boca e outros etc.. que nem vale lembrar. Para esquecer se ela e a gente puder.

20 de abril de 2008 às 15:38  
Anonymous Anônimo said...

Simone e o Rio de Janeiro continuam lindos.
Avariados, saqueados, meio despersonalizados, pouco confiáveis, mas..............continuam lindos.
Simone é bonita no dia a dia e maravilhosa no palco. Esguia, retilínea, doce, vibrante, agressiva, enfim.....multifacetada. Zélia deveria se mirar neste espelho. Zélia é dura demais, pesada de mais, suada demais.
Bethânia sempre lidou muito bem com sua feminilidade. Super fêmea. Sensual sem pretensões a sê-lo, charmosíssima, delicada sem perder a pegada. Um mulherão, a Bethânia.
Marina, andrógina, sempre esteve meio em cima do muro. Em todos os sentidos. Vez ou outra desceu e fez coisas incríveis. Tipo Fullgás e Virgem.
Zezé Mota, quê que é aquilo???!!! animalésima. MA-RA-VI-LHO-SA.
Elis meio assexuadona, não?! Apesar de sua verve Elis me parecia um pouco rainha do lar demais.
Rita é aquele amigão que todo mundo merece ter.
Gal já exibia aquele tanquinho muito antes desta alusão à lavagem da roupa (limpa).
E Regininha Duarte, meu Deus, que graça!
Por quê essas fêmeas procriadoras não conseguem passar adiante seus gens fantásticos? Me digam quem é mais valorosa:
Regina Duarte ou Gabriela?!
Fafá de Belém ou Mariana?¹
Elis ou Maria Rita?!
Beth Carvalho ou Luana?!
Exceção: Zizi e Luíza. Ambas são ótimas, tem personalidade e estilo próprios.

20 de abril de 2008 às 17:13  
Blogger Samuel Frison said...

Não sei de onde tiraram esta história que a Joanna e a Fafá se apagaram. Continuam com muitos shows e fãs, estão menos expostas a mídia, mas ambas têm público fiel aqui e principalmente em Portugal.

28 de maio de 2008 às 10:17  

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