17 de abril de 2008

Gil faz disco com reflexões e malícia nordestina

Gilberto Gil vai oscilar entre as reflexões existenciais e a malícia nordestina em seu primeiro disco de repertório inédito e autoral desde Quanta, álbum duplo editado em 1997. Previsto para junho e inicialmente intitulado Cordel Banda Larga, em alusão à turnê Banda Larga que o cantor vem apresentando pelo Brasil e pelo exterior, o novo CD de Gil (em foto de Priscila Casaes Franco, extraída do site oficial do artista) vai trazer no repertório músicas como Gueixa no Tatame, Olho Mágico e Canô - esta composta em tributo ao centenário de Dona Canô, mãe de seu parceiro e amigo Caetano Veloso. Gil fez o disco no Rio de Janeiro.
As reflexões existenciais estarão presentes sobretudo na faixa Não Tenho Medo da Morte, em que Gil compara a morte ao fim de um mandato político, entre outras imagens poéticas. Já a malícia nordestina será evocada em músicas como o xote Despedida de Solteira e Não Grude, Não. Esta foi composta para a trilha do filme O Homem que Desafiou o Diabo e tem versos de duplo sentido típicos dos temas nordestinos mais apimentados. O repertório inclui ainda duas recentes parcerias de Gil com Jorge Mautner, Os Pais e Outros Viram, já gravadas por Mautner no CD Revirão, editado em 2006 pelo selo Geléia Geral, do próprio Gil. Já A Faca e o Queijo é música criada pelo compositor em tributo à sua mulher, Flora Gil, já homenageada em outros temas do artista.
Em fina sintonia com os tempos cibernéticos, Gil pretende disponibilizar em seu canal no Youtube trechos das gravações do álbum. A propósito, uma das músicas do novo disco, O Oco do Mundo, já pode ser conferida em registro ao vivo captado em show no Circo Voador (RJ). A música tem letra quilométrica de alta voltagem poética, sinalizando que a intensa agenda de Gilberto Gil na função de Ministro da Cultura do Governo Lula não dissipou a inspiração do compositor, que, desde Quanta, dividiu disco com Milton Nascimento, lançou registros de shows e prestou tributos aos repertórios de Luiz Gonzaga e de Bob Marley.

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Gil tem uma musicalidade tão aflorada que faz discos de autor mesmo quando canta Marley ou Gonzaga.
Beatriz, Floripa (SC)

17 de abril de 2008 às 20:00  
Blogger valtertonha said...

O disco cancelou um show na Europa por problemas de garganta. Li no Folha Online.

17 de abril de 2008 às 20:16  
Anonymous Anônimo said...

Gil, embora sazonal, ainda é Gil.
Um dos grandes pilares da música brasileira.

17 de abril de 2008 às 21:57  
Anonymous Anônimo said...

acho gil barroco até quando informatizado. uma preguiça...

18 de abril de 2008 às 20:08  
Anonymous Anônimo said...

J�pa tava no tempo de Gil fazer algo autoral. A MPB n�o pode ficar no rebeixamento, tendo os uriuvis dpo breganejo e Calypso por cima e nem o pessoal do ax�.S� espero que a fonte de inspira�o desse tropicalista n�o esteja bloqueada por conta da mazela pol�tica em que se meteu.Sim, o Minist�rio dele apareceu bem na ficha, mas.... VIva Gil

19 de abril de 2008 às 20:58  
Anonymous Anônimo said...

GIL E MARINA LIMA TÊM PROBLEMAS SÉRIOS COM A VOZ, SÓ QUE O GIL TEM SÍNDROME DE MARIAH CAREY ADORA FICAR AFINANDO A VOZ E GRITANDO EM SEUS SHOWS, O QUE TORNA TUDO MUITO CANSATIVO!!

É O MINISTRO DA CULTURA NÉ?

WHAT FOR?

19 de abril de 2008 às 21:38  

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