21 de julho de 2007

Filho clica o jardim solo e pop de George Israel

Trabalhada no departamento de arte da gravadora Som Livre para ganhar um tom psicodélico, a imagem acima estará na contracapa do segundo CD solo do saxofonista George Israel, Distorções do meu Jardim, nas lojas ainda em julho. A foto foi tirada pelo filho do músico do Kid Abelha, Leo Israel. O garoto tem 13 anos e toca bateria na faixa Sob o Céu que nos Protege, parceria de Israel com Guto Goffi e Dadi. Marcelo Camelo fez a letra de Chão de Jardim.

Enrique adere ao rap e dá sono em 'Insomniac'

Resenha de CD
Título: Insomniac
Artista: Enrique Iglesias
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * 1/2

Em seu sétimo (revigorante) álbum, 7, editado em 2003, Enrique Iglesias provou que tem cacife para encarnar no mundo fonográfico mais do que um latin lover à moda de seu pai, Julio. Mas 7 não obteve o sucesso esperado e, nos últimos quatro anos, Enrique tem sido notícia mais pela sua vida afetiva do que por sua música. E esta nunca se mostrou tão insossa quanto em Insomniac, oitavo álbum do cantor latino (o quarto em inglês). Enrique adere ao rap (em Push, que traz Lil' Wayne), à eletrônica e aos grooves pop latinos contemporâneos em disco que dá sono. O primeiro single - Do You Know? (The Ping Pong Song) - exibe até azeitada pegada pop que o credencia para as paradas. Mas pouco se salva no CD - e nem mesmo baladas como Little Girl se igualam às canções deste gênero gravadas por Enrique em seus primeiros discos. O artista conseguiu diluir a aura brega criada em torno de seu repertório, só que Insomniac é passo atrás em relação a 7...

Sony reedita CD de Fábio Jr. com faixa-bônus

Primeiro disco de intérprete de Fábio Jr., Minhas Canções saiu em 2006 e não surtiu o efeito comercial esperado pela Sony BMG. Mas a gravadora ainda deposita esperanças no álbum, que está sendo reeditado neste mês de julho com faixa-bônus, Anjo, o sucesso do grupo Roupa Nova que Fábio regravou para a trilha sonora da novela Sete Pecados. No repertório, hits de Ivete Sangalo, de Titãs e - sim - Juca Chaves (A Cúmplice).

Afiado 'power' trio não salva repertório de Ozzy

Resenha de CD
Título: Black Rain
Artista: Ozzy Osbourne
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * *

Já lá se vão seis anos desde o último CD de estúdio de Ozzy Osbourne, Down to Earth, trabalho mediano, de cunho burocrático. Infelizmente, a nuvem negra da falta de inspiração ainda paira sobre o artista em Black Rain. Produzido por Ozzy em parceria com Kevin Churko, o álbum patina na irregularidade do repertório. A seu favor, há o poderoso trio de baixo (Blasko), guitarra (Zakk Wylde) e bateria (Mike Bordin) que toca no disco. Só que nem o entrosamento da banda ameniza o caráter insosso das músicas, assinadas por Ozzy em parceria com Wylde e o co-produtor Churko. Sim, há letras bem escritas sobre os lados negros da vida (incluindo as drogas, abordadas em 11 Silver) que reiteram a clara intenção de Ozzy de evocar discos dos áureos tempos. Mas apenas fãs - e tão somente eles - vão detectar lampejos de criatividade neste CD Black Rain.

20 de julho de 2007

Taviani diz sim em álbum que reúne 11 inéditas

Colar de Estrelas, Iguais, Sinal de Adeus, Letra sem Melodia e Outro Mar são algumas das onze músicas inéditas da lavra intensa de Isabella Taviani que estão no terceiro CD da cantora, Diga Sim, nas lojas ainda em julho, via Universal Music. Há, além das inéditas, regravações de sucessos de Wanderléa (Ternura) e de Gilberto Gil (Viramundo, registrada para a trilha da minissérie Amazônia). Eis as 13 músicas do disco, produzido por Torcuato Mariano, piloto dos dois CDs anteriores da cantora e compositora:

1. Luxúria - Tema da novela Sete Pecados
2. Diga Sim pra mim
3. Letra sem Melodia
4. Colar de Estrelas
5. O Último Anjo
6. Iguais
7. Sinal de Adeus
8. La Luna
9. Outro Mar
10. Milagres Acontecem por Aí
11. Ternura
12. Quero Mais É te Perder
13. Viramundo

DVD 'Squibnocket' flagra Taylor na intimidade

Editado em 1992 em VHS e na forma de laserdisc, o vídeo Squibnocket chega ao DVD via Sony BMG com o registro de show íntimo e pessoal de James Taylor. No roteiro de 15 números, há músicas como Traffic Jam, You've Got a Friend, Fire & Rain, Sweet Baby James, México e Country Road. O DVD - que ainda traz entrevista com o cantor - foi editado em 2006 nos Estados Unidos. Vale conferir.

Monique adorna com requinte 'quartos' de Ana

Resenha de Show
Título: Dois Quartos
Artista: Ana Carolina (em foto de Lu Yoshikawa)
Local: Canecão-Petrobrás (RJ)
Data: 19 de julho de 2007
Cotação: * * 1/2

Sem a aura de ousadia libidinosa alimentada por parte do público que assistiu à estréia, em Belo Horizonte (MG), em junho, o novo show de Ana Carolina, Dois Quartos, chegou ao Rio de Janeiro na noite de quinta-feira, 19 de julho, com baixo teor de erotismo. E o público que abarrotou o Canecão não deu sinais de incômodo com as inocentes cenas de amor lésbico vistas nos vídeos de Bettie Page projetados enquanto a cantora apresentou o tema Eu Comi a Madona. O primeiro número, Cantinho, que incorpora músicas gravadas por Madonna (Fever) e Moreno + 2 (Eu Sou Melhor que Você), prenunciou show quente, mas o calor veio, sobretudo, da platéia que idolatra Ana e faz coro em seus versos confessionais. Dois Quartos reafirma a sintonia entre a artista e o seu público.

O que se viu foi um show dirigido com sofisticação por Monique Gardenberg, com luxuoso cenário (um mix de cortinas e painéis espelhados) e iluminação arrasadora. Se há algum problema na decoração dos quartos, é no repertório que fica irregular quando Ana lança mão das músicas contidas no álbum duplo que batiza o espetáculo. E, no confronto com as músicas de CDs mais antigos (Trancado, Confesso, Uma Louca Tempestade), as novas perdem. Com exceções de Carvão, Ruas de Outono, Vai e algumas poucas outras. O set político - com Nada te Faltará e O Cristo de Madeira - resulta pouco impactante, apesar da projeção de imagens fortes.

Bloco por bloco, soa mais sedutor o que emenda Eu que Não Sei Quase Nada do Mar (a canção feita por Ana e Jorge Vercilo para Maria Bethânia), Trancado, Pra Rua me Levar (outra música dada para a Abelha Rainha) e Encostar na Tua. São momentos em que a cumplicidade com a platéia é maior. E Ana tem seu público na sua mão. A ponto de se arriscar no piano em É Isso Aí, de recitar (mal) um texto e de fazer uma infeliz incursão pelo repertório de Marina Lima. A letra de Três pedia uma leveza que Ana não tem em cena. Ao contrário, ela se porta como uma Leoa - como bem já a definiu certa vez a própria Bethânia - que engole o palco com voracidade.

O set de sambas tem repertório irregular, mas destaca uma música que Ana ainda não gravou: Cabide, cantada pela autora com um naipe de pandeiristas à frente. Um momento que se prolonga com o duelo de pandeiros travado por Ana (que se garante muito bem no instrumento) em pé de igualdade com o exímio percussionista Leonardo Reis. Terminado o espetáculo, paira a sensação de que Dois Quartos não é tão sedutor quanto o anterior Estampado. Mas Ana prima por não repetir fórmulas. Ela apresenta realmente um novo show, com outra estética e com outra linguagem. Ganha ponto por isso. E - nisso - reside o maior mérito de seu espetáculo.

Futuro do Pato Fu inclui dueto com colombiana

O criativo grupo Pato Fu (em foto de divulgação de Nino Andrés) lança esta semana seu nono CD, Daqui pro Futuro. O repertório inclui 11 inéditas e o cover de Cities in Dust, tema de Siouxsie and the Banshees. Entre as novidades do álbum, produzido por John Ulhoa (guitarrista e compositor da banda), há 30.000 Pés, Mamã Papá (dedicada à filha recém-nascida de Fernanda Takai e John Ulhoa), A Hora da Estrela, A Verdade sobre o Tempo, Vagalume, Quem Não Sou, Nada Original, Woo! e Espero. Andrea Echeverri - do grupo colombiano Aterciopelados - é co-autora e convidada da canção Tudo Vai Ficar Bem. O disco fecha com 1000 Guilhotinas.

19 de julho de 2007

Quarto CD ao vivo do Boca Livre chega às lojas

Já está chegando às lojas o quarto disco ao vivo do Boca Livre. O CD Boca Livre e ao Vivo (capa acima) precede o DVD que será lançado em agosto, com o registro do show filmado no Auditório Ibirapuera (SP), em fevereiro de 2007. Eis as (14) faixas do álbum:
1. O Trenzinho do Caipira
2. Correnteza

3. Caravana
4. Feito Mistério (com Rodrigo Maranhão)

5. Al Otro Lado del Río
6. Cruzada (com Renato Braz)

7. Mistérios
8. Quando Ela Fala

9. First Circle
10. Diana (com Fred Martins)

11. Todo Mundo Quer um Bem
12. Desenredo (com Roberta Sá)

13. Eu no Futuro
14. Toada (com MPB-4)

EMI contrata Moinho e prevê CD para setembro

A foto à direita é um flagrante da assinatura de contrato do grupo carioca Moinho com a gravadora EMI. A major prevê para setembro o lançamento do primeiro CD do novato trio formado pela percussionista Lan Lan (sentada à esquerda), a cantora Emanuelle Araújo e o guitarrista Toni Costa. O grupo prioriza o samba no repertório. Esnoba, de Márcio Mello, é a música que vem se destacando nos shows. O nome Moinho foi inspirado em livro de Dorival Caymmi.

Voz de Maria brota da 'senhora raiz' de Roberta

Amiga de Roberta Miranda, Maria Bethânia é a convidada especial do 19º disco da cantora sertaneja, Senhora Raiz, produzido por Luiz Carlos Maluly. Bethânia - com Roberta Miranda na foto de Beti Niemeyer - participa da faixa Guacyra, bela canção de Hekel Tavares e Joracy Camargo, lançada em 1933. Em Senhora Raiz, Roberta volta às origens sertanejas e regrava clássicos da música interiorana. Entre eles, a guarânia Meu Primeiro Amor, Colcha de Retalhos (Raul Torres) e Chalana (Mario Zan e Arlindo Pinto). A cantora regravou também seu maior sucesso autoral no gênero: A Majestade, o Sabiá - hit de Jair Rodrigues e Chitãozinho & Xororó.

Yahoo chega ao DVD com Dylon, Tânia e Menna

Projetado na década de 80 com o hit Mordida de Amor, o grupo Yahoo não conseguiu construir sólida carreira fonográfica, mas virou grife na produção de artistas populares. Alguns deles - como Felipe Dylon, Marcus Menna (vocalista do extinto LS Jack) e Tânia Mara - vão participar da gravação do primeiro DVD do grupo em show agendado para esta quinta-feira, 19 de julho, na casa Garden Hall (RJ). No roteiro, há pot-pourri de hits de bandas como Skank e Jota Quest - além das músicas do último CD do Yahoo, Versões.

18 de julho de 2007

Beastie Boys se renovam em disco instrumental

Resenha de CD
Título: The Mix-Up
Artista: Beastie Boys
Gravadora: Capitol
 / EMI Music
Cotação: * * * *

De bestas, os garotos, a rigor, nunca tiveram nada. Foi assim desde que, na década de 80, os boys fizeram (bem) a transição da cena hardcore de Nova York (EUA) para o universo do hip hop sem perseguir as receitas e expectativas de ambos os gêneros. Foi assim quando - após o estouro do álbum Licensed to Ill (1986) - eles subverteram sua própria fórmula no disco Paul's Boutique (1989), recentemente reeditado no Brasil pela EMI Music. E, por fim, está sendo assim com o lançamento do renovador The Mix-Up, o primeiro disco inteiramente instrumental do (afiado) grupo.
Sem vocais e sem samples, porém com muitos efeitos e climas, a julgar por faixas como The Gala Event, The Mix-Up não descarta obviamente o rock e o rap - as matrizes do som dos Beastie Boys - mas adota grooves negros que oscilam entre o funk (a exemplo do tema de abertura, B for my Name) e o dub. A boa surpresa é Suco de Tangerina, a faixa cuja batida evoca o suingue da velha bossa brasileira, turbinada com alguma psicodelia. A inusitada música foi inspirada pelo sabor da fruta que está no título do tema e que foi experimentada pelo trio no Brasil. A propósito, The Mix-Up ostenta caráter experimental que ratifica a inquietude do grupo.

'Songbook' do amor cresce quando menos óbvio

Resenha de CD
Título: O Amor de Uns
Tempos pra Cá
Artista: Andréa Dutra
e Marcus Nabuco
Gravadora: Sala de Som
Records / Brazilmúsica!
Cotação: * * *


Cantora carioca que transita por funk e samba (é integrante da atual formação do grupo Arranco de Varsóvia), Andréa Dutra volta ao mercado fonográfico com songbook de canções de amor, gravado em duo com o guitarrista Marcus Nabuco. O CD O Amor de Uns Tempos pra Cá tenta dar um recorte atual ao tema, que, afinal, é o mais batido possível. Foram selecionadas onze músicas compostas a partir da década de 70, com abrangência que dilui o conceito do disco. O duo nada acrescenta a canções como Paixão (hit de Kleiton & Kledir) e Flash Back (marco inicial da carreira de Dalto, em 1974). O songbook cresce justamente quando fica mais recente e menos óbvio, como nas incursões pelos repertórios de Fred Martins (Raro e Comum, destaque da obra do compositor), Frejat (Segredos) e Moska (Não Deveria se Chamar Amor). Pérola de Flávio Venturini, Nascente se sobressai pela adição do violino de Nicolas Krassik. Mas, a rigor, a interpretação mais pungente de Andréa é a de Esperando Aviões, uma das melhores canções de Vander Lee. Enfim, um disco simples e - até por isso... - agradável.

'Seus Passos' gera clipe feito pelo Skank em BH

O Skank está lançando o clipe da música Seus Passos. A parceria de Samuel Rosa com César Maurício é o terceiro single do álbum Carrossel, lançado em agosto do ano passado. Filmado em Belo Horizonte (MG), com direção de Conrado Almada, o clipe mostra o vocalista Samuel Rosa passeando pela capital mineira, grafitada pelo artista plástico André Gonzaga - como pode ser visto acima na foto (de Rafael Caminha e Caroline Monteiro) feita na gravação.

Sá e Maranhão fazem sua história no Canecão

Resenha de show
Título: Roberta Sá e Rodrigo Maranhão
Artistas: Roberta Sá e Rodrigo Maranhão
Local: Canecão-Petrobrás (RJ)
Data: 17 de julho de 2007
Cotação: * * * *

"O que a gente está fazendo aqui hoje é história", se empolgou um pouco Rodrigo Maranhão ao fim do show que marcou sua estréia no palco do Canecão - a mais tradicional casa de espetáculos do Rio, espécie de atestado que confirma a ascensão de um artista - em noite dividida com Roberta Sá. Apesar do exagero desculpável pela ocasião festiva, a frase de Maranhão não deixa de fazer certo sentido. O compositor (dos melhores surgidos nos últimos anos) e a cantora (a melhor dentre as projetadas na atual década) fizeram sua história no palco carioca, por si só histórico. E ela, a história, se fez pelo fato de serem dois artistas que transitam na contramão da banalidade imperante nas rádios e que, diante de um Canecão praticamente lotado, receberam a justa ovação por seus trabalhos voltados para a melhor música brasileira - tradicional e moderna.

Maranhão abriu a noite. Mesmo com sua voz pouco talhada para o canto, ele foi seduzindo o público, aos poucos, por conta da beleza de suas composições. Em Bordado, faixa-título de seu primeiro CD solo, o artista já conduzia as palmas da vasta platéia. Em Noites do Irã, canção de beleza pungente, ela - a platéia - já estava nas mãos de Maranhão. E ele, mais solto e com discurso até bem-humorado, já tinha até contado histórias ao apresentar músicas como Três Marias, antes de sair consagrado ao som de Caminho das Águas.

Antes mesmo de entrar em cena, com Eu Sambo Mesmo, espécie de cartão de visitas que anuncia seu gosto pelo ritmo mais popular do Brasil, Roberta Sá já mostrou, no vídeo que abriu o show, que contava com produção à altura do palco que pisava pela primeira vez. E a cantora surpreendeu ao fazer o melhor show de sua ainda curta trajetória. Dirigida por Bianca Ramoneda e por Pedro Luís, Roberta se apresentou com desenvoltura, dançou pelo palco do Canecão e mostrou que, sim, está evoluindo em cena, deixando para trás a intérprete insegura e tímida de seus primeiros shows.

O roteiro foi urdido com mix de músicas do CD Braseiro com as novidades do segundo disco da cantora, Que Belo e Estranho Dia para se Ter Alegria, nas lojas em agosto. A letra de Alô Fevereiro - samba de Sidney Miller - permitiu a rápida interação da cantora com sua banda, que destacou o percussionista Jovi Joviano. Interessa foi acompanhada com palmas pela platéia e reafirmou a leveza da intérprete ao cantar sambas. Já Janeiros marcou a estréia da artista como compositora, em parceria com Pedro Luís. E a canção Mais Alguém - aliás, um dos temas mais bonitos do disco - valorizou a emissão límpida da voz de Roberta.

Ao sambar e rodopiar pelo palco em Pelas Tabelas, Roberta Sá sinalizou que o palco já não lhe mete medo. E Laranjeira, samba do novo disco, garantiu a animação do fim do show. No bis, houve o encontro da cantora com Rodrigo Maranhão em Samba de um Minuto (outra música do próximo disco) e em Girando na Renda (com a adesão dos vocais de Pedro Luís). Enfim, dois belos shows de dois artistas em ascensão que vieram, sim, para fazer história...

17 de julho de 2007

Paula Toller autografa segundo CD solo no Rio

Paula Toller (bela à esquerda, em foto de Christian Gaul) vai autografar seu segundo ótimo disco solo, SóNós, no Rio de Janeiro. A noite de autógrafos vai acontecer na loja Fnac, da Barra da Tijuca, a partir das 19h desta quinta-feira, 19 de julho. O recém-lançado CD da Abelha Rainha foi muito bem recebido com o seu refinado repertório autoral de atmosfera cool.

Travolta, Latifah e Efron no disco de 'Hairspray'

A trilha sonora do remake de Hairspray - filme que tem estréia programada para 7 de setembro nos cinemas brasileiros - vai ser lançada em CD pela Universal Music antes da entrada do musical em cartaz. A trilha apresenta canções criadas especialmente para o remake da história, já contada em espetáculo da Broadway e em cultuado filme de John Waters. Entre as novas músicas, New Girl in Town, Come so Far e Ladies Choice. Inclui faixas cantadas por John Travolta, Queen Latifah e Zac Efron (revelação da produção teen High School Musical). Detalhe: a música Mama, I'm a Big Girl Now reúne na mesma gravação vozes das três intérpretes da personagem Tracy Turnblad: Marissa Jaret Winokur (a Tracy da montagem teatral), Ricki Lake (atriz do primeiro filme) e, por fim, Nikki Blonsky (a intérprete do remake deste clássico cult de 1988).

Chega ao Brasil DVD com show antigo de Liza

Ainda no embalo da (recente) vinda da diva Liza Minnelli ao Brasil, a Sony BMG lança no mercado nacional o DVD Liza Live - From Radio City Music Hall, editado em 2006 nos Estados Unidos. Na realidade, trata-se do registro de um show antigo da artista - originalmente lançado em VHS em 1992. Dividido em dois atos, o espetáculo reedita o tom performático típico de Liza. Entre os 19 números, há So What, There Is a Time, Quiet Love, Imagine e - claro - Theme from New York, New York.

Arantes antecipa CD de inéditas para fã-clubes

Guilherme Arantes já fabricou uma tiragem especial de pré-lançamento de seu álbum de inéditas - Lótus - que vai chegar às lojas nas próximas semanas com distribuição da global Som Livre. O mimo foi direcionado aos atuantes fã-clubes do artista. O sucessor de Aprendiz (2003) conta com 12 faixas - incluindo o remix de Verão de 59. Eis o repertório (todo autoral) do trabalho:
1. Um Grão de Amor (Guilherme Arantes)
2. Por Todo Canto (Guilherme Arantes)
3. Cena de Cinema (Guilherme Arantes)
4. Carta de Gratidão (Guilherme Arantes)
5. Verão de 59 (Guilherme Arantes e Nelson Motta)
6. Disque Sim! (Guilherme Arantes e Max Viana)
7. Salvador Primavera e Outono (Guilherme Arantes)
8. Blue Moon para Sempre (Guilherme Arantes)
9. Vai Vem (Amor de Carnaval) (Guilherme Arantes e Nelson Motta)
10. Tributo (Cena de Cinema) (Guilherme Arantes)
11. Verão de 59 (remix) (Guilherme Arantes e Nelson Motta)
12. North Shore (instrumental) (Guilherme Arantes)

16 de julho de 2007

Camelo assina letra no CD solo de George Israel

Com o recesso por tempo indeterminado do grupo Los Hermanos, Marcelo Camelo (foto) começa a abrir seu leque de parceiros. Ele assina a letra de Chão de Jardim, música do segundo disco solo de George Israel, Distorções do meu Jardim, nas lojas neste mês de julho, pela Som Livre. Chão de Jardim tem um tom psicodélico.

Show 'Carioca' volta em CD duplo com 28 faixas

Visto por mais de 185 mil pessoas, entre o Brasil e a Europa, o show Carioca, de Chico Buarque, ganha registro integral em CD (capa à direita) e DVD. Gravado no Canecão (RJ), na lotada temporada realizada entre janeiro e fevereiro deste ano, o CD - duplo - contabiliza 28 faixas. A Biscoito Fino já programou o lançamento para 30 de julho. Eis o repertório (quase todo autoral) do disco duplo Carioca ao Vivo:
CD 1:
1. Voltei a Cantar (Lamartine Babo) /
Mambembe
(Chico Buarque) / Dura na Queda (Chico Buarque)
2. O Futebol (Chico Buarque)
3. Morena de Angola (Chico Buarque)

4. Renata Maria (Ivan Lins e Chico Buarque)
5. Outros Sonhos (Chico Buarque)
6. Imagina (Tom Jobim e Chico Buarque)
7. Porque Era Ela, Porque Era Eu (Chico Buarque)
8. Sempre (Chico Buarque)
9. Mil Perdões (Chico Buarque)
10. A História de Lily Braun (Edu Lobo e Chico Buarque)
11. A Bela e a Fera (Edu Lobo e Chico Buarque)
12. Ela É Dançarina (Chico Buarque)
13. As Atrizes (Chico Buarque)
14. Ela Faz Cinema (Chico Buarque)
15. Eu te Amo (Tom Jobim e Chico Buarque)
CD 2:
1) Palavra de Mulher (Chico Buarque)
2) Leve (Carlinhos Vergueiro e Chico Buarque)
3) Bolero Blues (Jorge Helder e Chico Buarque)
4) As Vitrines (Chico Buarque)
5) Subúrbio (Chico Buarque)
6) Morro Dois Irmãos (Chico Buarque)
7) Futuros Amantes (Chico Buarque)
8) Bye-Bye Brasil (Roberto Menescal e Chico Buarque) / Cantando

no Toró (Chico Buarque) / Grande Hotel (Wilson das Neves e
Chico Buarque)
9) Ode aos Ratos (Edu Lobo e Chico Buarque)
10) Na Carreira (Edu Lobo e Chico Buarque)
11) Sem Compromisso (Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro)

/ Deixe a Menina (Chico Buarque)
12) Quem te Viu, Quem te Vê (Chico Buarque)
13) João e Maria (Sivuca e Chico Buarque)

Melodia cai no samba em trabalho de intérprete

Em seu primeiro disco como intérprete, Estação Melodia, à venda já a partir de 30 de julho, pela Biscoito Fino, Luiz Melodia cai no samba cantado nos anos 30, 40 e 50. O CD traz apenas uma faixa autoral, a inédita Nós Dois, parceria de Melodia com Renato Piau. Eis as músicas de Estação Melodia, primeiro álbum do cantor na Biscoito Fino:
1. Tive Sim (Cartola)
2. Não me Quebro à Toa (Oswaldo Melodia)
3. Dama Ideal (Alcebíades Nogueira e Arnaldo Passos)
4. Papelão (Geraldo das Neves)
5. Rei do Samba (Miguel Lima e Arino Nunes)
6. Chegou a Bonitona (Geraldo Pereira e José Batista)
7. Cabritada Mal-Sucedida (Geraldo Pereira)
8. Recado que a Maria Mandou (Haroldo Silva e Wilson Batista)
9. Nós Dois (Luiz Melodia e Renato Piau)
10. Choro de Passarinho (Renato Piau, Euclides Amaral e Rubens Cardoso)
11. Contrastes (Ismael Silva)
12. Eu Agora Sou Feliz (Jamelão e Mestre Gato)
13. O Neguinho e a Senhorita (Noel Rosa e Abelardo da Silva)
14. Linda Tereza (Oswaldo Melodia)

Queens of Stone Age capta a tensão de sua era

Resenha de CD
Título: Era Vulgaris
Artista: Queens of
the Stone Age

Gravadora: Interscope
Records / Universal Music
Cotação: * * * *

Era Vulgaris é termo latino que significa "tempos atuais", e não "era vulgar", como parece. É também um título adequado para este ótimo álbum do Queens of the Stone Age. O grupo reaparece em sua melhor forma com CD de batidas secas e pesadas que aborda a tensão corrente nos dias de hoje. "Minha geração não confia em ninguém", brada o vocalista e guitarrista Josh Homme em I'm a Designer, destaque de um disco que soa até diferente dos trabalhos anteriores do grupo. Sim, Era Vulgaris exala descrença no mundo atual e certa melancolia (em Running Joke, faixa excluída da seleção final, mas encontrável na internet) - ainda que, cinicamente, soe até meio pop na funkeada Make It Wit Chu. Julian Casablancas, vocalista do Strokes, marca presença em Sick, Sick, Sick. Enfim, um belo disco da era do rock...

15 de julho de 2007

Amor Blue reafirma a grandeza da arte de Sueli

Resenha de CD
Título: Amor Blue
Artista: Sueli Costa
Gravadora: Independente
Cotação: * * * *

Já há 40 anos, Sueli Costa era gravada pela primeira vez. No caso, por Nara Leão e o grupo Manifesto, intérpretes de Por Exemplo: Você. Ganhava seu registro inicial, naquele já distante 1967, a linda obra de uma das maiores compositoras do Brasil - dona de melodias urdidas com refinamento jobiniano. Por isso mesmo, um álbum de inéditas de Sueli Costa é uma benção em tempos marcados por muito ritmo e pouca melodia. Produção independente, levantada pela própria compositora com um patrocínio da Funalfa, Amor Blue reafirma a grandeza da arte da autora de Alma. É o sétimo título de enxuta discografia iniciada em 1975 com álbum recém-editado pela EMI.

Compositora e pianista de limitados recursos vocais, Sueli Costa arregimentou intérpretes em sintonia com sua música para cantar seis das 12 músicas do CD. Estão em Amor Blue, por exemplo, Maria Bethânia, Nana Caymmi e Simone - as três vozes que mais tem gravado as músicas da autora de Coração Ateu, sucesso com Bethânia em 1975. Mas estão lá também Celso Fonseca (cuja voz e violão evocam a suavidade da velha bossa na faixa-título), Daniel Gonzaga (voz na canção Calma, numa ponte afetiva que remete a Gonzaguinha, produtor do primeiro LP de Sueli) e sua sobrinha e cantora Fernanda Cunha, produtora executiva do CD e intérprete (segura) da faixa Luz da Esperança. Time antenado com a autora.

Se a voz da compositora soa pequena em um samba como Elizeth, feito em tributo a Elizeth Cardoso (1920 - 1990), sua inspiração continua grande. Sueli Costa apresenta alentada safra de inéditas, com grande destaque para Bem-Vindo, pérola letrada por Paulo Mendonça. Permeia o disco Amor Blue aquele clima romântico e poético (de eventual melancolia...) que caracteriza o cancioneiro sensível de Sueli - porto seguro para as vozes de Bethânia, Nana e Simone. Se Bethânia interpreta Sim, Sei Bem (poema de Fernando Pessoa musicado por Sueli), Nana Caymmi solta a voz derramada na abolerada Cantiga do Vento. Já Simone - que registrou obras-primas da compositora como Jura Secreta (1977) e Alma (1982) - confirma seu ótimo momento ao interpretar a intensa Porque te Amo, parceria de Sueli com Paulo Emílio. São as vozes da autora.

Amor Blue evoca o clima esfumaçado de boate, de piano-bar. É nessa atmosfera noturna que salta aos ouvidos a beleza melódica e poética do samba-canção Outra Vez, Nunca Mais. A parceria da artista com Abel Silva é, a rigor, a única música não-inédita, posto que composta para a trilha do filme Apolônio Brasil. Aliás, Sueli Costa sempre soube se cercar de parceiros poetas - criadores de versos sensíveis que se ajustam com perfeição às suas não menos sensíveis melodias. Do time de craques do disco, constam Fausto Nilo (Meu Gato que Ri), Ana Terra (Quem Ama Sabe), Paulo César Pinheiro (Calma) e - surpresa - a jornalista Ana Maria Bahiana, que não destoa dos colegas veteranos com os versos de Sem Mistério.

Enfim, há um CD de Sueli Costa no mercado (à venda pelo site da compositora -
http://www.suelicosta.com.br/ - e em poucas lojas como a carioca Modern Sound). E a existência de Amor Blue já é por si só motivo de alegria para fãs dessa carioca de alma mineira, hábil já há quatro décadas na arte de criar a bela canção brasileira.

MTV realça similaridades da nova geração pop

Resenha de CD / DVD
Título: MTV ao Vivo
- 5 Bandas de Rock
Artistas: Forfun, Fresno,
Hateen, Moptop e NX Zero
Gravadora: Arsenal Music
/ Universal Music
Cotação: * *

É inegável que, propagada pela internet, uma nova geração de bandas cresceu e apareceu na cena pop. Este projeto da série MTV ao Vivo reúne em CD e DVD (capa à direita) cinco representantes dessa turma, sob a produção de Rick Bonadio. São 20 números - quatro para cada banda. E, das 20 músicas, 10 são inéditas para tirar o mofo típico de projetos revisionistas do gênero. Até porque, dos cinco grupos, somente o Hateen teria material para fazer retrospecto de carreira , que, no caso, já dura 13 anos e cinco CDs (a gravação ao vivo da MTV é o sexto registro fonográfico da banda paulistana).

Com satisfatório áudio 5.1, o DVD realça as similaridades estéticas entre as bandas. Somente o Moptop parece um estranho no ninho com seu rock à moda dos Strokes. Não por acaso, o grupo carioca é recebido com empolgação bem menor pela galera jovem que se aglomerou na casa Via Funchal, em São Paulo (SP), em 13 e 14 de fevereiro de 2007. A mesma massa que faz espontâneo coro com o gaúcho Fresno nas músicas Quebre as Correntes e Onde Está. O som ecoa na forma de um hardcore melódico que parece servir também de molde para o rock de Hateen e NX Zero, por exemplo.

Para o público, pouco parece importar o parentesco estético que uniformiza bandas e sons. A comunicação se faz quase instantânea entre palco e platéia. E fica ainda mais forte quando um vocalista carismático, como Rodrigo Koala, do Hateen estabelece imediata empatia com sua tribo, que o acompanha no rock Quem Já Perdeu um Sonho Aqui? e aplaude uma power balada como Minha Melhor Invenção. É a prova de essas bandas falam a língua de seu público.

A impressão que fica é a de que uma música de determinado grupo poderia ser cantada por um outro que não se notaria a diferença. Ainda que o Forfun faça um rock um pouco mais nervoso, elétrico e adolescente. Com direito até a um mix de rap e reggae em Gruvi Quântico. O público gosta. Como gosta também quando o NX Zero entra em cena para apresentar Além de mim, outro número, aliás, acompanhado em coro pela galera. É, para o bem ou para o mal, a nova geração do pop rock nacional. E - não por acaso - aqui selada com o carimbo uniforme da MTV. E durma-se com barulho desses.

Eis o repertório do CD e DVD MTV ao Vivo 5 Bandas de Rock:
1) Uma Chance - Moptop
2) Tempos Depois - Moptop
3) 2046 - Moptop
4) O Rock Acabou - Moptop
5) Quebre as Correntes - Fresno
6) Contas Vencidas - Fresno
7) Polo - Fresno
8) Onde Está - Fresno
9) Quem Já Perdeu um Sonho Aqui? - Hateen
10) Minha Melhor Invenção - Hateen
11) Sozinho a Dois - Hateen
12) 1997 - Hateen
13) Hidropônica - Forfun
14) Gruvi Quântico - Forfun
15) Sigo o Som - Forfun
16) Good Trip - Forfun
17) Além de mim - NX Zero
18) Mais e Mais - NX Zero
19) Algo que Não Sou - NX Zero
20) Apenas um Olhar - NX Zero

Documentário sobre jongo tem narrativa frouxa

Resenha de DVD
Título: O Jongo na Serrinha
- Um Tributo a Mestre Darcy
Gravadora: Rob Digital
Cotação: * *

A idéia de fazer um documentário sobre o jongo - o ritmo seminal que ajudou a gerar o samba - é da maior importância. Mas, infelizmente, Beatriz Paiva, diretora e roteirista de O Jongo na Serrinha - Um Tributo a Mestre Darcy, perdeu a oportunidade de assinar um filme fundamental para a compreensão das origens do ritmo (samba) que caracteriza o Brasil aos olhos e ouvidos estrangeiros.

A roteirista tentou historiar o legado do jongo a partir do grupo Jongo da Serrinha, criado em 2002 na comunidade da Serrinha (RJ) para preservar e difundir o gênero. É fato que o DVD presta grande serviço ao registrar 12 músicas (cinco inéditas) compostas segundo as tradições do jongo. Só que, na ausência de um fio que costure a narrativa, as músicas e as ralas informações se perdem num documentário frouxo. Os entrevistados (todos identificados somente com seus nomes, sem sua função no grupo ou na própria comunidade) empilham declarações inconsistentes. Não por culpa deles, mas por uma provável inércia na condução das entrevistas.

De certa forma, o documentário é - como explicita seu subtítulo - um tributo a Mestre Darcy (1932 - 2001), o cantor, compositor e percussionista que deu início a um processo de revalorização do jongo. Filho de Maria Joana Monteiro, aliás a Vovó Maria Joana Rezadeira, ele fundou no fim dos anos 60 o Grupo Cultural Jongo da Serrinha, introduzindo instrumentos harmônicos no jongo e atraindo os jovens para um ritmo que era já tido como coisa da antiga. Um personagem lendário que pode ser visto no curta de cinco minutos Quem Quase Sabe meu Nome..., dirigido por Guilherme Fernandez em 2002 e apresentado nos extras (o curta é melhor do que o documentário, inclusive no que diz respeito à captação do som - muito abafado no filme de Beatriz Azevedo...).

O documentário patina na superficialidade, desperdiçando idéias e encontros como o que reuniu, em roda na Serrinha, nomes como Beth Carvalho e Sandra de Sá. Beth canta (e dança) Pra que Lavar a Roupa e Mamãe Foi pro Jongo. A propósito, os ótimos números musicais salvam o filme. Ao registrar com imagens músicas como Bendito, Galo Macuco, Preta Velha Jongueira e Saracura (e com direito às letras e a um glossário de termos bantos nos extras), o DVD dá contribuição que poderia ter sido (bem) maior se tivesse havido uma mão firme na estruturação (e condução) da narrativa.

50 Cent agrega Blige, Akon e Justin em 'Curtis'

Programado inicialmente para ter sido editado em junho, o novo álbum do rapper americano 50 Cent, Curtis, tem atualmente seu lançamento agendado para 11 de setembro. O sucessor do CD The Massacre (2005) tem produção dividida entre pesos-pesados do hip hop como Dr. Dre, Eminem e Timbaland. Entre os convidados, há nomes como Justin Timberlake, Mary J. Blige, Akon e o próprio Eminem. Três músicas - Amusement Park, Straight to the Bank e I Get Money - já foram lançadas como singles nos Estados Unidos. E os três singles obtiveram repercussão menor do que o esperado...