30 de dezembro de 2007

Retrô 2007 - Biografias revivem grandes vozes

Morta precocemente, em 2 de abril de 1983, Clara Nunes (em foto de Wilton Montenegro) foi revivida em biografia que revelou fatos até então desconhecidos por seus fãs - como o assassinato de um namorado da cantora por um dos irmãos de Clara. Guerreira da Utopia, livro de Vagner Fernandes, foi um dos destaques do ano no campo da literatura musical. Os trinta anos da morte de Maysa (1936 -1977) motivaram edições de duas biografias simultâneas. Se Meu Mundo Caiu, de Eduardo Logullo, se revelou quase um ensaio poético sobre a artista, Só numa Multidão de Amores, de Lira Neto, se mostrou uma biografia mais formal. Amigo de Tim Maia (1942 - 1998), Nelson Motta reuniu casos e causos deliciosos do Síndico em Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia. 10!

Testemunha da própria obra, Moraes Moreira usou a estrutura do cordel para recontar A História dos Novos Baianos e Outros Versos com o clima dos anos 70 que viu nascer a obra musical de Paulo Coelho, reconstituída por Hérica Marmo em A Canção do Mago. Já o RPM teve suas idas e voltas retratadas pelo jornalista Marcelo Leite de Moraes na biografia Revelações por Minuto. Ainda na seara do rock brasileiro, Ezequiel Neves, Rodrigo Pinto e Guto Goffi narraram a bela saga do Barão Vermelho em Por que a Gente É Assim? - a biografia oficial da banda que revelou Cazuza nos anos 80. Ícone da década de 90, Marcelo D2 teve a radiografia tirada por Bruno Levinson em Vamos Fazer Barulho! - seleta coletânea de entrevistas e depoimentos sobre o rapper-sambista.

Na seara internacional, Eric Clapton reviveu amores e dores em A Autobiografia. Ashley Khan dissecou em dois livros - indicados mais para jazzistas e jazzófilos - a criação de álbuns antológicos de Miles Davis (A Kind of Blue, 1959) e de John Coltrane (A Love Supreme, 1964). Enfim, o mercado editorial se afinou em 2007.

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

e o livro sobre a bethânia? não tinha um cara escrevendo?

30 de dezembro de 2007 às 15:36  
Anonymous Anônimo said...

A Biografia de Clara foi a biografia do ano! A do Tim tambem muito boa, mas a de Clara revelou toda sensibilidade, apuro, força e alguns percalços dessa grande estrela da MPB. Salve Clara Nunes! Deve ser reverenciada sempre!

30 de dezembro de 2007 às 20:58  
Anonymous Anônimo said...

Novos Baianos é a melhor banda do Brasil de todos os tempos!
Pra quem gosta da banda, lá no youtube tem vídeos maravilhos em preto e branco, vale a pena conferir!

PS: A Nação Zumbi tá chegando perto. :>)

Jose Henrique

31 de dezembro de 2007 às 01:58  
Anonymous Anônimo said...

No campo musical, ficaram nos devendo um Dvd oficial de Clara Nunes!!!!!!!

31 de dezembro de 2007 às 10:53  
Anonymous Anônimo said...

A biografia de Clara foi um grande trabalho jornalístico. Consistente, coesa, informativa, que sirva de exemplo para outros 'biógrafos' que surjam por aí.

Para escrever sobre a Bethânia, ela seria a mais indicada pois ninguém vende seu peixe melhor do que a própria. Creio que não daria um grande livro uma vez que ela fala e faz as mesmas coisas há 40 anos e seus 'bastidores' são trancafiados a sete chaves.
Apesar de ser uma das mais expressivas artistas do país, não creio que seu temperamento contraditório e seu estilo 'quem come do meu pirão apanha do meu cinturão', vá além de um conto sem grandes surpresas.

31 de dezembro de 2007 às 10:57  
Anonymous Anônimo said...

desculpa aí Mauro mas o livro do Logullo sobre a Maísa é algo assim que nem dá para explicar de tão ruim que é. sem dúvida, o Lira Netto deu banho em toda essa gente metida a escritor. A obra dele é primorosa. A bio da Clara é uma série de revistas Contigo e TitiTi encadernadas. Pura fofoca. Grande ano prá MAURO FERREIRA, muitos bons shows para nós todos.

1 de janeiro de 2008 às 11:43  

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