8 de julho de 2007

Com Arismar, Jane exibe CD à altura de sua voz

Resenha de CD
Título: Uma Porção de Marias
Artista: Jane Duboc e
Arismar do Espírito Santo
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Jane Duboc é grande cantora que poucas vezes gravou discos à altura de sua voz. Uma Porção de Marias é um deles. A idéia - de reunir músicas que falam de mulheres nas letras - nem é tão original... A diferença vem do toque (levemente) jazzístico que a entrosada dupla dá a sambas e sambas-canções lançados, em sua maioria, nos anos 30 e 40. Em sintonia com o violão de Arismar, estupendo neste disco, a cantora embala temas como Emília (de Wilson Batista e Haroldo Lobo) e Maracangalha (Dorival Caymmi) com scats singings. Só que, como ressalta Sérgio Cabral no texto escrito para apresentar o álbum, as leituras de Jane e Arismar são respeitosas. A ligeira abordagem jazzística do belo repertório não altera o sabor de músicas e letras. E o que sobressai é a ginga com que a dupla encara sambas como Rosa Morena, de Caymmi. Até a Maria Moita, criada por Carlos Lyra e Vinicius de Moraes na fase mais engajada da Bossa Nova, entra no tom suingante do álbum. Enfim, uma grande cantora, um grande instrumentista e, sim, um grande repertório (Último Desejo, Pra Machucar meu Coração, Ai que Saudade da Amélia! e Marina) somente poderiam resultar em grande CD. Uma Porção de Marias honra a voz de Jane Duboc.

11 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Jane tem uma das vozes mais bonitas da MPB, seu grande problema é o excesso de doçura. Se ela soltasse a voz que tem , seria A MAIOR. Um pouco de agressividade , nesse caso, faria muito bem.

8 de julho de 2007 às 17:03  
Anonymous Anônimo said...

Isso me encomoda Mauro, sobre o cd da Vanessa da Mata você faz vários paragrafos. Em outros dá primeiro a capa e o repertório e quando se trata de uma respeitosa Jane Duboc(orgulho do Estado do Pará) faz uma resenha econômica.

9 de julho de 2007 às 03:24  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, o Arismar do Espírito Santo é sempre estupendo, em qualquer lugar em que toque, seja em casas de shows ou em sessões improvisadas de músicas pelas ruas de São Paulo.Que bom que a Jane Duboc deu um lugar de destaque para o incrível multi-instrumentista que ele é.

9 de julho de 2007 às 10:04  
Anonymous Anônimo said...

SE O DISCO ESTÁ A ALTURA DE SUA VOZ, COM CERTEZA É UM DISCO FRAQUÍSSIMO.

9 de julho de 2007 às 14:12  
Anonymous Anônimo said...

O CARA DE CIMA DEVE SER FÃ DE VICENTE CELESTINO ,JANE TEM UMA VOZ DE OURO ,SE FOSSE MAIS AGRESSIVA SERIA IDEAL.
MAS NO GERAL É UMA SENHORA CANTORA ,RECENTEMENTE TIVE O PRIVILÉGIO DE OUVI-LA NA COMPANIA DO ARISMAR,E PUDE COMPROVAR SUA BELISSÍMA VOZ.
CRIA JUIZO CRIATURA!

9 de julho de 2007 às 20:40  
Anonymous Anônimo said...

Vozeirão!

10 de julho de 2007 às 08:36  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com o primeiro post. A voz de Jane é linda, ela é uma cantora muito acima da média, mas sua dicção é cheia de "us" e "is" apertadinhos, digamos, meigos demais. Aliás, um defeito que atingiu a Zizi Possi numa fase de sua carreira também, mas em menor escala. Lógico que isso não faz de Jane uma cantora menor, mas faz com que seu canto, em certos momentos, seja enjoativo.

10 de julho de 2007 às 09:19  
Anonymous Anônimo said...

A Jane é uma dessas cantoras maravilhosas que não pecam por modismos, e nunca fez algo que pudesse se envergonhar, em música.Nem acredito que a Biscoito contratou essa dupla marvilhosa! É bom demais,um presente ter o Arismar e a Jane em mais um cd.

10 de julho de 2007 às 17:46  
Anonymous Anônimo said...

Muito bom o CD! A Jane canta muiiiiiito bem, mas o sotaque está americanizado, parece cantora Americana tentando cantar em Português. Pra quê isso?

14 de julho de 2007 às 19:00  
Blogger Fernanda Cunha said...

maravilhosooooooo

17 de julho de 2007 às 01:31  
Anonymous Anônimo said...

Jane Duboc é cantora. Espetacular cantora. Muitas vezes tímida, por um Brasil injusto na maneira de tratar suas verdadeiras estrelas. Muitas vezes conversei com ela sobre o porque de se afastar tanto da cena.. da tal cena suja que hoje a gente vê, ouve e não aguenta. Do tal mercado que mataria uma alma como a dela. Náo cedeu, disse náos e faz música, para ela e para o mundo que quer ouvi la.
Multi instrumentista, inteligente e elegante demais, tem outro faro. Passeia por outros lugares. Pena que parou de gravar suas próprias músicas (um erro), parou de tocar piano ao vivo(toca lindamente).Hoje faz ioga, natação e tem sorriso largo. A voz é cada dia melhor e a musicalidade voa mais do que muitos podem perceber, o que faz a ignorância reinante na cultura brasileira náo percebê-la a altura. É chic. Como disse Sergio Cabral no segundo disco dela, "com Jane Duboc a beleza está de volta". É brava!

24 de julho de 2007 às 02:21  

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