1 de maio de 2007

Kaiser Chiefs soa mais (Brit)pop no segundo CD

Resenha de CD
Título: Yours Truly,
Angry Mob
Artista: Kaiser Chiefs
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * * 1/2

Depois de Bloc Party e Arctic Monkeys, outro grupo inglês já encara a prova do segundo disco depois de ter sido alçado à condição de "divindade" do rock no primeiro álbum. No caso deste quinteto de Leeds, o resultado é decepcionante. O sucessor de Employment (2005) até começa muito bem - com Ruby (o belo primeiro single) e The Angry Mob - e termina muito bem com Retirement, uma das melhores músicas do repertório. Só que o recheio é bastante irregular. O grupo soa radiofônico além da conta. Faixas como Heat Dies Down cortejam demais as paradas e esvaziam um CD que soa bem mais (Brit)pop do que seu antecessor. Basta ouvir uma balada trivial do naipe de Love's Not a Competition (But I'm Winning) para constatar que a aura hype construída em torno do Kaiser Chiefs vai se dissolver progressivamente a partir deste álbum, ainda que ele angarie fãs...

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

quem constrói 'aura hype' são os críticos, sempre volúveis, não os fãs.

1 de maio de 2007 às 14:13  
Anonymous Anônimo said...

Sem falar essa cara amarrada na capa. Como os Killers, resolveram "impor respeito"? Mas sera q alguem precisa de um revival do britpop? Bem faz Damon Albarn ao explorar novos caminhos.

1 de maio de 2007 às 15:21  
Anonymous Anônimo said...

não ouvi esse. portanto, não posso falar. mas killers impondo respeito? acho que não.

aliás, o 2o do killers é um dos melhores álbuns dos últimos tempos. mas difícil de ouvir e gostar de primeira. paciência com ele. tenho certeza que no futuro entrará nas listas de melhores dos anos 2000.

2 de maio de 2007 às 16:48  
Anonymous Anônimo said...

KChiefs-Revisto [to:Mauro Ferreira, O Dia]

Caro colunista,

Costumo ler suas resenhas n’O Dia e as acho bem coerentes. Creio que não seja uma tarefa fácil resenhar sobre vários estilos musicais, digo, ter uma opinião focada em vários estilos musicais, e dar estrelas baseadas no senso, no tato, ainda que na imparcialidade. Ter esse dom de captar o que há de sincero, acima de tudo, nessa maravilhosa arte chamada música.
Não me lembro exatamente quando — foi lá pro primeiro semestre desse ano —, você havia comentado sobre o álbum “Yours Truly, Angry Mob”, do Kaiser Chiefs. Sabendo que você tem crédito, fiquei meio chateado com o que li. Como uma banda que havia lançado o ótimo “Employment”, pegajoso no bom sentido, cairia de qualidade tão de repente? Passados alguns meses, recomendo a você uma nova audição.
Eu não sei ao certo, mas esse pessoal do Reino Unido tem algum problema sério que eles só conseguem resolver através da música. São amantes inveterados da boa música. Simplistas, oportunistas e de cabeças abertas. Vivem mal-humorados, de ironia, MAS são ótimos músicos. Condição sine qua non?? Vai explicar isso, Mauro??
Desde os Beatles, eles nos legam isso — ficou no sangue a alma trovadora.
Escute a veloz “Everything Is Average Nowadays” e sinta o timbre do vocal se encontrando com a linha cortante da guitarra. Ou então a balada Beatles+Jam “Love’s Not A Competition...”, com suas cordas de aço, seus incansáveis e bem-vindos acordes simples, uma discreta batida marcial, a admissão da derrota passional cantando vitória — coisa de nós homens. Melhor ainda é a épica “The Angry Mob”, meio sisuda, séria, acima de tudo grudenta, que vem criticando as rixas fúteis de sociedade. O final vem em forma de hino, guiado pelo contrabaixo, sendo uma música à parte. O clipe dá arrepios, de tão expressivo e bom que é, e eu te recomendo, Mauro.
Outras bandas recomendadas, de mesmo naipe? Novas, maduras e antigas: Bloc Party, Depeche Mode, Franz Ferdinand, Blur, New Order, Arctic Monkeys, Interpol, Cabaret Voltaire, The Jam, Buzzcocks, Bad Religion, Offspring, The Clash, The Police, Joe Strummer And The Mescaleros, Nervoso, Autoramas, Green Day antigo, Canastra, Cascadura, Los Hermanos (faz falta no cenário atual), Devo, Duran Duran, Les Rita Mitsouko, Atari Teenage Riot, Asian Dub Foundation, Prodigy, Matisyahu, Kings Of Leon, Kraftwerk, The Rapture, The Pixies, The Strokes, Talking Heads, The Pixies, Ramones, Bauhaus, Beatles.... (essa penca de artistas pré, durante e pós-punk).
Agora anota aí, Mauro: The Cribs.
É uma pena que o Brasil esteja passando por um recesso quando tratamos de novas bandas decentes de rock. Seria a panelinha que acha que rock é coisa de filhinho de papai?? E dá poderes aos mesmos?? Antigamente não era assim. E tem tanta coisa boa acontecendo lá fora, que me desculpem os ufanistas...
Valeu, Mauro. À noite arranho meu violão.

Aran Rofé Pereira,
melomaníaco do Estácio, RJ.

26 de novembro de 2007 às 16:44  

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