3 de abril de 2007

DVD historia legado luminoso da Sun Records

Resenha de DVD
Título: Good Rockin' Tonight

- The Legacy of Sun Records
Artista: Vários
Gravadora:
Coqueiro Verde

Records
Cotação:
* * * *

Pequena gravadora que entrou para a história do rock por ter feito brilhar a luz de Elvis Presley, a Sun Records tem a sua heróica trajetória (re)contada pelo fundador Sam Philips em documentário apresentado em DVD editado no Brasil - com texto escrito por Erasmo Carlos na contracapa. Devidamente legendado em português pela Coqueiro Verde Records, o vídeo deverá tocar o coração dos velhos roqueiros com narrativa embebida em forte nostalgia dos tempos da brilhantina e, sim, "da fábrica de sonhos que deu melodia, ritmo e voz aos eternos jovens do mundo", como define o Tremendão no emotivo texto feito para promover o DVD.

Em 3 de janeiro de 1950, com o slogan "Gravamos qualquer coisa em qualquer lugar em qualquer hora", a Sun Records abriu suas portas em Memphis (EUA). Na época, artistas negros não tinham oportunidade de gravar disco. E foi gravando feras como B.B. King e Howlin' Wolf que a Sun sobreviveu até 1954 - o ano em que estes artistas, já com cacife no mercado, passaram a migrar para outras companhias. Até que, em 5 de junho de 1954, entrou na gravadora um branco que cantava como negro. Era Elvis Aaron Presley, cujo primeiro sucesso na Sun, That's All Right Mama, é revivido para o filme em gravação de Paul McCartney, para mostrar que o elenco da Sun Records também iluminou o caminho inicial dos Beatles.

No rastro de Elvis Presley, alvo da histeria feminina como atestam imagens incluídas no documentário, apareceram roqueiros como Carl Perkins - mostrado no filme em raro take de apresentação na TV. "Queimavam os discos de Elvis em praça pública. Era música do diabo", recorda D.J. Fontana, o baterista que tocava com Elvis. Em reunião com músicos da época, o bluesman Rufus Thomas é taxativo: "Sam Philips nada inovou. O rock'n'roll não nasceu em Memphis. Foi o blues que construiu Memphis...", puxa a sardinha.

Logo depois da chegada de Johnny Cash na Sun ("Vá para casa e cometa alguns pecados", teria dito Sam ao conhecer Cash), a RCA ofereceu 35 mil dólares pelo passe de Presley. "Foi a decisão mais difícil da minha vida", relembra Sam Philips. Só que os problemas financeiros enfrentados pela Sun na época ajudaram seu fundador a se decidir logo pela venda do passe de Elvis, que - revela o filme - poderia ter ido para o cast da então nascente Atlantic Records se esta tivesse dinheiro suficiente em caixa (sua perda é lamentada).

Sem Elvis Presley, a Sun foi sobrevivendo com nomes como Roy Orbinson, Billy Lee Riley e Jerry Lee Lewis, contratado em 1957 para mostrar ao mundo que se podia tocar rock no piano. "Elvis me disse que, se tocasse piano como Jerry Lewis, ela desistiria de cantar", revela Sam Philips. Mais tarde, em 1960, com o rock já produzido em escala industrial, a pequena Sun começou a sumir no horizonte. Mas ainda brilha em qualquer livro ou filme que se disponha a recontar a história do rock'n'roll, a "fábrica de sonhos".

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

elvis seria elvis em qualquer gravadora. foi na sun, mas poderia ter sido em qualquer outra que o sucesso seria o mesmo

3 de abril de 2007 às 07:55  
Anonymous Anônimo said...

Elvis Presley é o maior caretão da historia do rock, é um otário com sorte.
Quem inventou o rock'n'roll foi Chuck Berry.

Jose Henrique

3 de abril de 2007 às 14:10  

Postar um comentário

<< Home