28 de abril de 2007

'Discoteca MTV' revive caos moderno da Nação

Resenha de programa de TV
Título: Discoteca MTV
- Da Lama ao Caos (Nação Zumbi, 1994)
Exibição: MTV
Data: 27 de abril (com reprise em 28 de abril, às 15h30m)
Cotação: * * *

Com sua antena parabólica fincada na lama do mangue recifense, a Nação Zumbi captou informações cosmopolitas que, mixadas com os ritmos e tambores de sua terra, geraram em 1994 um disco que ajudou a definir o som da década de 90. Da Lama ao Caos foi o CD enfocado no segundo dos doze episódios da série Discoteca MTV. “Nem a gente entendia o que estava fazendo ali”, confessou o baixista da Nação, Dengue, sinalizando que o grupo liderado por Chico Science não tinha real idéia da aura revolucionária que teria o álbum. “Foi o primeiro toque de bola do jogo”, definiu, bem mais metafórico, e com razão, Lúcio Maia, guitarrista da Nação Zumbi.

Morto prematuramente em 1997, Chico Science foi representado no especial por números de show de 1993 e por sua entrevista ao programa MTV no Ar, em 1995. Contudo, são os depoimentos de pessoas de fora do Mangue Beat – colhidos pela produção da série - que dimensionam a real importância do álbum. “Foi uma tapa na cara”, contextualizou Marcelo D2. “O disco mudou o meu modo de pensar em relação ao que se fazia e ao que poderia ser feito”, disse, sério, o geralmente inquieto Chorão. Nada estranho naquele ninho pernambucano, no qual integrava o grupo Mundo Livre S/A, Otto é bem direto: “Da Lama ao Caos é o grande disco da década!!!”.

Costurado pelos depoimentos dos músicos da Nação Zumbi, como o atual vocalista Jorge Du Peixe (foto), o programa revelou que a faixa Salustiano Song foi toda composta no estúdio e – bem mais importante – que houve descompasso inicial entre os músicos da Nação e o produtor Liminha, escalado pela gravadora Sony BMG para pilotar o clássico disco. “Eles entraram de um jeito e saíram de outro”, recordou Liminha. Mas, na saída, houve certa decepção com o som ouvido no álbum. É como se a força dos tambores não tivesse sido captada em sua plenitude. Decepção dissipada com a chegada do CD ao mercado e o progressivo reconhecimento de ali estar a semente que daria o tom (miscigenado...) da década de 90.

10 Comments:

Anonymous Anônimo said...

respeito a nação, só naõ entendo esse culto da banda. mistura por mistura, a do skank é melhor. é o skank que dá o tom da década,numa boa.

28 de abril de 2007 às 13:49  
Anonymous Anônimo said...

ahahahahah Vânia, me despulpe, mas só rindo. Vc tá ouvindo muito rádio menina, deixe disso, faz mal a saúde mental.
Tô com Otto, Chico Science e Nação Zumbi é a banda da década.
E se brincar a Nação Zumbi até melhorou sem Chico.
Dá gosto ver e ouvir uma banda dessa.
É o tipo de banda que vai ficar como referência, que o som não envelhece, como os Mutantes.
Skank? vá lá, é bonzinho.

Jose Henrique

28 de abril de 2007 às 14:48  
Anonymous Anônimo said...

Chico Science, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Lenine, Lula Queiroga, Otto e muitos outros
Viva Pernambuco Viva !

28 de abril de 2007 às 19:43  
Anonymous Anônimo said...

Recife eh nossa Seattle, nossa Manchester. Ainda quero conhecer tudo isso mais de perto.

29 de abril de 2007 às 04:56  
Anonymous Anônimo said...

Este disco é muito bom! Aliás a Nação é a banda.

Acácio Costa

30 de abril de 2007 às 09:39  
Anonymous Anônimo said...

skank dá o som da década? skank dá o som do rolou nas rádio durante a década e olhe lá! a banda é ok, mas só de um tempo pra cá tem feito discos realmente bons e, digamos, diferentes, maduros.

CSNZ já começou revolucionando. ninguém entendeu nada e duvido mto que "a procura da batida perfeita" iria existir do jeito que existe se o D2 não tivésse ouvido "da lama..." ou "afrociberdelia". e isso não é, de maneira alguma, demérito ao D2. só acho qeu um é conseqüência do outro assim como rolou pet sounds/sgt peppers.

ah! e jose henrique, não sei se dá pra falar que a nação é melhor sem o chico. acho que é uma banda totalmente diferente. tão boa qto. não?

priscila

30 de abril de 2007 às 17:37  
Anonymous Anônimo said...

Muito bom comentario dona Priscila.
É mesmo pau a pau, mas ainda gosto mais um pouco sem o grande Chico Science.
Gosto muito da voz cavernosa de Du Peixe.

Jose Henrique

1 de maio de 2007 às 16:01  
Anonymous Anônimo said...

Parabéns ao esforço criativo de Chico & Nação Zumbi, mas quem fez um disco inovador e repletos de hits foi o Skank com "O Samba Poconé" - basta ver a programação dos principais festivais europeus.
Aliás, as vendagens do Skank bancaram vários lançamentos da Sony como Planet Hemp, Nação Zumbi e, até mesmo, Jota Quest. Saia na rua perguntando quem conhece Nação Zumbi. O resultado da pesquisa mostra quem, realmente, reafirmou o Pop Rock no país conciliando sucesso de público e crítica.
Sinto muito mangue beat, vocês são OK, mas o Skank é dinamite pura!!!

1 de maio de 2007 às 17:42  
Anonymous Anônimo said...

"ahahahahah Vânia, me despulpe, mas só rindo. Vc tá ouvindo muito rádio menina"...
Só aqui mesmo pra alguém criticar uma banda por tocar no rádio... Rock franciscano, com culpa católica, só no Brasil mesmo!!!

1 de maio de 2007 às 17:45  
Anonymous Anônimo said...

O que diabos tem a ver boas vendagens e popularidade com qualidade?
Podem andar juntas, claro, mas cada vez mais andam separadas.
Do jeito que o esquemão foi se montando, elas foram se separando, separando até virarem quase que inimigas.
Que culpa católica o que rapá! Nem disso eu gosto.
Quis dizer que o gosto da mocinha Vânia era muito simplório, deduzi que ela tivesse adquirido tal gosto pelos rádios da vida.
Enfim, sugeri que ela abrisse a cabeça, coisas diferentes de duas estrofes e um refrão, sacou?
O som da Nação Zumbi é instigante demais pra tocar no rádio.
Problema do rádio!

Jose Henrique

2 de maio de 2007 às 00:43  

Postar um comentário

<< Home