16 de março de 2007

Berimbrown se irmana com groove black do Rio

Resenha de CD
Título:
Irmandade
Artista:
Berimbrown
Gravadora: Conexão

Black / Distribuidora
Independente
Cotação: * * *

Já com dez anos de estrada, o grupo mineiro Berimbrown é conhecido por transitar pela universo do soul sem esquecer de louvar a origem afro da música negra. No álbum Irmandade, a banda se aproxima dos grooves do movimento Black Rio, que movimentou a cena carioca nos já longínquos anos 70 no embalo da revolução funkeira liderada por James Brown. Não por acaso, o brother Gerson King Combo foi convocado para se juntar ao Berimbrown em A Massa Quer Som, destaque deste bom disco que saúda os bailes das periferias em Brilho da Cera, põe rap no compasso de samba-enredo clássico (Heróis da Liberdade, defendido pelo Império Serrano em 1963), recria antenada música de Gilberto Gil (Parabolicamará, 1992), passeia pelo reggae (Carumbé), afia os tambores na releitura de Fé Cega, Faca Amolada (com a adesão do autor, Milton Nascimento) e volta às raízes ao cantar o tema Djebola em dialeto africano. Ao se irmanar com as variadas conexões nacionais da música negra, o Berimbrown mostra o fôlego e a originalidade da esquina mineira.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

deu vontade de ouvir. a capa é expressiva.

16 de março de 2007 às 10:27  

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