6 de novembro de 2006

Drexler, globalizado, reforça elo com brasileiros

Resenha de CD
Título: 12 Segundos

de Oscuridad
Artista: Jorge Drexler
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

Projetado mundialmente em 2005, ao receber o Oscar de Melhor Canção por Al Otro Lado del Río, tema do filme Diários de Motocicleta, Jorge Drexler vem reforçando o elo com artistas brasileiros desde que Moska o apresentou na cena nacional, em 2003. Não por acaso, Moska é um dos convidados deste que é o disco mais brazuca do compositor uruguaio, já globalizado por conta do Oscar. Moska adensa o coro de Quien Quiera que Seas, tema em que se observa influência do tango. Já Maria Rita - que gravou no CD Segundo a inédita Mal Intento - reforça os vocais de Soledad, a canção menos inspirada do álbum.

12 Secundos de Oscuridad apresenta repertório inédito de caráter oscilante. A obra-prima é a faixa-título, letrada por Jorge Drexler sob melodia do compositor gaúcho Vítor Ramil, dono de bom trânsito nas fronteiras da América Latina. A surpresa é a recriação em castelhano de Disneylândia - música lançada pelos Titãs em 1992, quando o grupo vivia fase de baixa popularidade por conta de discos de som pesado - com a intervenção vocal de Arnaldo Antunes, um dos autores do tema sobre a globalização de serviços e sotaques. A letra é recitada por Drexler sob base árida. Ainda na seara alheia, o artista acerta ao recriar em melódico clima acústico High and Dry, o clássico do repertório do grupo Radiohead. É, de certa forma, estratégia do compositor - que já tem engatilhadas parcerias com Ivan Lins e Fátima Guedes - para tornar a sua música (mais) universal na disneylândia fonográfica.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Maria Rita é sempre um reforço

20 de janeiro de 2009 às 11:12  

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